Nosso domingo foi de papos intensos com Cristian contando tudo o que aconteceu com ele durante o cativeiro. Vez ou outra eu observava a forma que ele e Tony se olhavam, mas não me envolvi, fiquei em silêncio total, isso eu sabia fazer muito bem.
A conversa estava fluindo muito bem, mesmo Tony um pouco sério e Cristian arredio. Eu acreditava que a essa altura Cristian já tinha sacado que eu e Tony estávamos tendo um relacionamento além do profissional, realmente eu não estava muito a fim de explicar tudo para o cara que fez uma declaração de amor e me pediu em namoro na frente de toda a turma do ensino médio.
A cena me veio na cabeça e eu não pude deixar de lembrar como ele era lindo e cobiçado na época e o quanto fiquei empolgada com o pedido de namoro dele, principalmente porque foi na frente da garota insuportável da escola. Revirei os olhos ao me lembrar dela e bloqueei imediatamente meu pensamento quando me lembrei que Carmen me disse da traição de Cristian com a
Não foi fácil lidar com um Cristian depressivo sem poder contactar ninguém da sua família nem com amigos, então éramos nós lidando com nossos próprios problemas.Passamos uma semana como se fôssemos babás dele, mas não podíamos ser motivos de gatilhos para ele, precisávamos entender que ele tinha passado pelos piores momentos da sua vida, enquanto esteve em cativeiro. Eu passei por isso e sei o quanto é apavorante ficar sob ameaça e sem poder ver ninguém que conhecemos.Eu e Tony combinamos de ficarmos afastados enquanto Cristian se recuperava para não causar mais conflitos e problemas já que nesse momento era o que menos queríamos.No entanto Bárbara aproveitou para se aproximar dele e deixá-lo mais a vontade, minha amiga realmente estava fazendo a sua parte em nos ajudar.Uma semana se passou sem que Cristian
Depois do episódio com Cristian tudo ficou muito tenso dentro do apartamento, mas Bárbara se aproximou dele e acabaram fazendo amizade. Eu gostei, porque assim ficaria mais fácil ele aceitar meu relacionamento com Tony.Eu já estava perdendo a paciência de ter que ficar isolados em um apartamento com Tony querendo carinho e Cristian me perseguindo, seria bom se tudo isso acabasse logo e voltássemos uma vida normal, cada um na sua casa. Ainda não sabíamos como iríamos lidar com o mundo lá fora, porque Báh provavelmente não teria mais o sustento do pai e Cristian, todos já tinham dado como perdido.Mesmo estando quase no final da faculdade eu não iria parar de estudar, meu foco era ser muito mais e ir além. Mas para isso eu precisava de um trabalho que fosse possível conciliar com os estudos que me absorvia totalmente o tempo e as energias. Por isso ultimamente
Me surpreendeu que Cristian já estava mais calmo. Eu poderia atendê-lo em uma consulta formal, porém, o nosso passado poderia influenciar e talvez ele confundisse as coisas. Bárbara estava fazendo um ótimo trabalho como amiga e companheira dele, afinal os dois estavam na mesma situação. Talvez rolasse até algo entre os dois, isso me faria muito feliz, pois, meus amigos ficariam felizes e eu os teria ao meu lado.Acordamos na segunda-feira tão felizes que parecia que todos tinham transado. Eu sabia que eu tinha, mas Cristian, Bárbara e dona Sueli eu não teria tanta certeza, mas o clima gostoso que estava poderia perdurar por todo nosso tempo junto, assim, nosso problema lá fora ficaria pequeno em vista da nossa amizade e alegria. Um café da manhã com sorrisos e piadas, me lembrou tanto minha família que me fez ficar perdida em pensamentos.― Suzan? Está aqui am
Eu já estava pronta para o que Bárbara tinha a me dizer, pois eu já sabia que ela estava ficando com Cristian, então, o que para ela, parecia difícil, para mim, seria só ouvir da boca dela.Sentei-me ao seu lado, segurei suas mãos acariciando-as e fazendo-a se sentir segura. A olhei nos olhos com carinho para que minha amiga não tivesse medo de falar o que quer que fosse.— Você sabe que, seja lá o que tiver que falar eu ficarei do seu lado e te apoiarei em tudo, não é? — Transpareci minha calma e paciência.— Eu não sei como começar. — Báh, franze o cenho e me deixa preocupada, pois seus olhos se inundam de lágrimas. Abracei minha amiga e confortei-a em meus braços.— Calma. Primeiro, respira fundo. Se acalme e comece do início. Ok? — ela assentiu e abaixando os olhos e disse em poucas pala
Sentamos todos em volta da mesa de jantar para ouvir a novidade que Tony tinha a dizer. Meu coração estava aflito, pois eu esperava sinceramente que fosse notícias boas e não só mais um passo da investigação. Eu queria que tudo terminasse.— Bom. Gente… — Tony inicia o que parecia ser um longo discurso. — O delegado Spencer me ligou e falou o que esperávamos ouvir a muito tempo.— Ah. Tony, para de rodeios e fala logo. — Báh, sem paciência como sempre, interrompeu o discurso.— Ok… — Tony respondeu e abaixou a cabeça nos deixando aflitos por alguns segundos. — ESTAMOS LIVRES! — dessa vez ele gritou saltitante como uma criança.Todos nós nos levantamos e nos abraçamos como uma grande família feliz e depois da euforia, ele chamou nossa atenção novamente.— Por&e
Bárbara e eu, estávamos no quarto se arrumando, pois tínhamos sidos chamados na delegacia, e discutindo sobre sua gravidez. Ela estava realmente muito aflita e confusa e precisava de amparo nesse momento. Eu não era especialista em gravidez inesperada como não era também em enfrentar advogado corrupto, mas a vida nos mostra o quanto podemos enfrentar as situações, pois somos capazes de qualquer coisa. Ouvir minha amiga reclamando e desabafando me fez ter várias ideias, fora o aborto, esse seria em último caso. Mas eu precisava saber como abordar as ideias sem que ela me visse como inimiga.— Amiga. — Parei na frente do guarda-roupa vestindo minha blusa branca de manga longa e gola alta. Olhei para ela e falei. — O Cristian parece te amar de verdade e pelo que eu conheço dele, independente de quem for o pai desse bebê, ele vai aceitar. Você dizendo que é dele tamb&
Eu esperava encontrar Bárbara chorando, ou feliz. Não me importava, eu só queria saber que ela tivesse conversado com Cristian e resolvido a situação dos dois. Os problemas deviam terminar definitivamente, eu queria isso e torcia muito para que acontecesse. Se dependesse de mim, a paz reinaria, eu faria o que fosse necessário.Tony entrou sério em casa. Eu já fui logo procurando o casal em todos os cômodos da casa, já que no ambiente principal não tinha ninguém, nem dona Sueli que provavelmente estava cuidando de alguma tarefa de casa. Fui até a varanda do apartamento e lá estava, Bárbara sentada no colo de Cristian com a cabeça jogada no seu ombro, com uma das mãos acariciando os fios bagunçados do seu cabelo na nuca. Em silêncio observando a paisagem que não era de tudo ruim. Mesmo sendo só prédios, eram edifícios exu
Os preparativos do casamento estavam me deixando quase louca, tomando todo meu tempo. Eu estava ficando irritada com tudo e quase desistindo. Tony me deu a ideia de trazer Carmen para me ajudar, eu não tinha me decidido ainda, pois nem para isso eu tinha tempo.Estava no final do curso de psicologia, fazendo o bendito TCC e o professor ainda pediu vários trabalhos em grupo. Eu não era muito fã de trabalhos em grupo, gostava de fazer as coisas sozinha. Não me sentia melhor que ninguém, mas eu achava que as pessoas se distraíam demais com coisas fúteis e supérfluas e acabavam perdendo o foco. Eu estava me esforçando mais que o normal para concluir essas atividades, mas tinha certeza que passando essa fase longa, que para mim estava demorando mais que o normal, eu estaria apta á qualquer paciente problemático que viesse no meu futuro consultório.A despedida de Báh e Cristian