45. Confusão é bom

Ragnar

Ver Cam saindo do quarto foi como garras enfiadas na minha mente. Apertei as mãos em punhos, resistindo à vontade de segui-la. Meu desejo por ela tomou uma proporção que eu não imaginava, e nem mesmo o amor que senti por Amanda foi capaz de freá-lo. Pela primeira vez, entendi que, por mais que Amanda tivesse um enorme significado em minha vida, ela não estava aqui. Cam estava, e ela me excitava, me fazia sentir vivo, me desafiava a coisas novas. Cam representava vida, e ela havia retribuído meu beijo com fervor.

Olhei para o quadro de Amanda e, pela primeira vez, senti que estava deixando minha vida passar sem aproveitar o que ela realmente significava. Infelizmente, minha primeira Luna tinha partido e aquilo destruiu meu coração, porém até quando eu a colocaria como um obstáculo para o novo que se apresentava para mim?

Cansado de pensar, fui até o quarto de Cameron e me encostei no batente da porta. A visão dela deitada de barriga para baixo, com o rosto enterrado no travessei
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