50. Um milagre pós queda

Cameron

Enquanto Eron desenhava em meu gesso, observei com atenção cada traço que ele fazia. "Está ficando muito bonito, Eron," elogiei, vendo-o sorrir brevemente. "Você deveria desenhar mais." No entanto, algo na expressão dele me dizia que havia mais por trás daquele sorriso.

"Está tudo bem?" perguntei, tentando manter minha voz suave e reconfortante.

Ele hesitou por um momento, mas depois respondeu com um "sim" pouco convincente. Chamei-o mais perto, estendendo a mão.

"Eron, você sabe que pode contar comigo para qualquer coisa, não sabe?"

Ele ficou encabulado, mordendo o lábio, mas finalmente falou. "Meu pai perguntou se eu... se eu tinha derrubado você da escada por alguma pegadinha." Seus olhos se encheram de tristeza. "Mas eu não fiz nada, tia Cam."

Minha expressão suavizou, e estendi os braços, chamando-o para

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