Cameron
Celine chamou as crianças para brincar em outro lugar, levando-as para dentro e as deixando com a babá. Voltou logo em seguida, acompanhada de Elara, que carregava uma bandeja com chá fumegante.
"Você age tão facilmente como Luna, mãe. Como consegue?" comentei, observando-a com admiração enquanto ela servia o chá.
Celine sorriu, um sorriso cheio de sabedoria e ternura. "São muitos anos de prática, minha querida. Com o tempo, você também vai aprender."
Mallory, impaciente, interrompeu. "Pare de enrolar, Cam! Conte logo o que Tayrus fez e porque você ainda está sem celular. Há dias quero falar com você. Graças à Deusa que você quebrou a perna, ou eu ficaria louca de curiosidade." comecei a gargalhar, e minha mãe repreendeu minha irmã.
"Você é louca, mas eu te amo." A abracei, reunind
RagnarEu estava na sede, acompanhado de Jordan, o pai de Cameron. O lobo mais velho observava tudo ao seu redor, analisando cada detalhe e atento a cada movimento meu. Convidei-o para a reunião, e ele aceitou."Enquanto seus lobos não chegam, podemos conversar um pouco, Supremo?" sua voz era séria, e concordei, sabendo que ele não tinha se prontificado a vir comigo para a sede à toa."Claro, sente-se," falei, indicando a cadeira à frente da minha mesa."Como estão as coisas entre você e Cameron?" Jordan começou, sua voz firme, mas calma. "Sei que minha filha não é fácil e que ela sempre faz as coisas à sua maneira, o que pode ser difícil de engolir. Mas quero ter certeza de que nada de mal acontecerá a ela.""Estamos bem," respondi, mantendo minha postura de Alfa. "Estamos tentando nos entender melhor conforme nossa convivência aumenta." M
RagnarEntramos na sala de reuniões, a tensão ainda presente no ar. Jordan se sentou ao meu lado, seu olhar atento a cada movimento meu."Senhores," comecei, tentando dissipar a tensão. "Estamos aqui para discutir a presença dos três lobos errantes em nosso território. Max, o que descobriu?"
CameronEu estava no jardim, observando Eron e Libby correrem enquanto Mallory os acompanhava, todos brincando de pega-pega. As risadas das crianças enchiam o ar, trazendo um sorriso ao meu rosto. Mas, mesmo assim, sentada na cadeira, eu sentia o tédio me consumir. Queria fazer mais, participar mais.Levantei-me, ignorando o peso incômodo do gesso na minha perna, e caminhei até eles. Mallory me viu se aproximando e franziu a testa. "Cam, você não deve se esforçar.""Não estou sentindo dor," respondi, tentando tranquilizá-la. "E esse gesso já está me incomodando. Preciso me mexer um pouco."Ela bufou, mas não insistiu. Comecei a me movimentar com cuidado, brincando com minhas irmãs e com Eron, tentando esquecer a conversa séria que tivera com minha mãe. As crianças riam, correndo ao meu redor, e Mallory também entrou na brincadeira, puxando-me
CameronSaí de seu quarto com o corpo ainda tremendo e minha loba choramingando pela briga com Ragnar. Sabia que tinha passado do ponto, mas não conseguia admitir que estava errada em querer fazer minhas coisas e ser tratada daquela maneira me irritava profundamente.
RagnarOlhei para o pé dela posicionado na minha coxa e a encarei, esperando que ela tivesse uma resposta para aquilo. "Onde está o gesso, Cameron?" perguntei, tentando não gritar na frente de sua família."Eu não consegui tomar banho direito e estava me incomodando," respondeu ela, sua voz desafiadora. CameronFiquei atordoada com as palavras de Ragnar, encarando a porta fechada. Suas palavras tinham despertado uma sensação nova em mim. Eu sabia que ele me queria, mas também percebia que não queria abrir mão do controle ao qual estava acostumado.Ragnar precisava do controle para se sentir seguro, mas ele também precisava entender que eu era forte e precisava liderar para acalmar minha loba e a revolução que vivia dentro de mim. A luta interna entre submissão e liderança era exaustiva, e eu precisava encontrar um equilíbrio.Comecei a rir, lembrando de suas palavras, e joguei a cabeça para trás, sentindo meu corpo se aquecer de vergonha. O tapa que ele havia me dado mais cedo tinha um misto de desejo e ira, que me fazia suspirar.Quando o médico voltou, ele sorriu, trazendo minhas muletas. "Desculpe a demora, Luna." Neguei com a cabeça. "Você nã61. Ignorada pelo Alfa
CameronO dia mal se levantava e eu já estava na base da escada, esperando que Ragnar aparecesse. Sabia que ele poderia simplesmente não vir treinar, mas era um risco que estava disposta a correr. O ar fresco da manhã era revigorante, mas não o suficiente para acalmar minha ansiedade. Eu precisava mostrar a ele minha determinação, precisava provar que sou forte e capaz. Que não era um simples tombo que me tiraria do meu foco.Finalmente, seu cheiro invadiu o
RagnarMeu lobo estava à beira da loucura, consumido pelo desejo por Cameron. A interferência de Mallory me irritava, mas sabia que, se ela não tivesse aparecido, eu não teria conseguido me segurar. A proximidade de Cameron, seu cheiro, a força que emanava dela, tudo me levava ao limite.Enquanto caminhávamos de volta para casa, percebi o esforço que ela fazia para andar com as muletas. A cada passo, ela franzia ligeiramente a testa, e eu podia ver que aquilo a machucava. "Essas muletas machucam um pouco minhas axilas," ela reclamou, irritada."Deixe-me pegá-la no colo," propus, sentindo a necessidade de cuidar dela."Não precisa, Ragnar," ela respondeu, teimosa como sempre."Insisto," disse, parando para encará-la."De que adianta nossa conversa se você continua querendo fazer as coisas por mim?" ela retrucou, a frustração evidente em sua voz.Parei na entrada