Capítulo Cento e vinte e nove
Isabella Duarte Ricci

Os olhos de Aurora continuavam fixos nos nossos pais, confusos, incertos, como se buscassem uma conexão perdida em um passado que sua mente não conseguia alcançar.

Meu coração apertou.

O baque foi visível em minha mãe. Ela levou uma mão ao peito, tentando conter as lágrimas. Eu conhecia aquele olhar. Era dor. Era culpa.

Mas meu pai permaneceu calmo. Ele sempre fora assim.

— Isso não importa agora — disse ele, sua voz grave e reconfortante. — Estamos aqui. E nunca mais vamos nos separar.

Um silêncio carregado pairou no ar antes que Aurora se movesse, hesitante. Lentamente, ela se aproximou. Meu pai abriu os braços e, por um segundo, temi que ela recuasse. Mas então, sem aviso, Aurora se lançou contra ele, seus braços se fechando ao redor do corpo de nosso pai.

Minha mãe soluçou, abraçando-as, e eu os envolvi também.

Depois de quatro anos de separação. Depois de ter que fingir que nossos pais estavam mortos.Nós estávamos juntos de novo.

Nos
Continue lendo no Buenovela
Digitalize o código para baixar o App

Capítulos relacionados

Último capítulo

Digitalize o código para ler no App