Isabella Duarte Ricci No dia seguinte ao meu aniversário, Aurora viajou para finalmente iniciar seu curso em Harvard e eu decidi aproveitar a Espanha, conheci alguns lugares, fiz algumas compras e já era noite quando após jantar com meus pais e avós, decidi sair. Com uma das mulheres que trabalhavam para Tom e eram seguranças de minha mãe, dirigi pelas estradas espanholas. O motor ronronava como uma fera sob meu controle. Mas então, virei em uma rua que parecia deserta. Ou quase. Carros de luxo estavam estacionados por toda parte. Alguns, modificados para corridas. O som dos motores rugindo no fundo me fez sorrir. — É uma corrida clandestina? — perguntei, parando o carro. A Luara ao meu lado que era uma mulher de vinte e cinco anos, conhecia a Espanha e logo me respondeu: — Sim, mas é uma corrida fechada. Uma gangue contra uns ricaços. Meus olhos brilharam com curiosidade. — Interessante. Estou ansiosa para ver o quanto esse carro corre. Ela se virou para
Dimitri Carter Amor. Uma palavra que muitos veneram, mas que para mim soa vazia, desprovida de significado real. Não suporto sequer mencioná-la. O que realmente me move é o desejo, a sensação de controle absoluto, o poder que exerço sobre tudo e tudo que desejo. Sou Dimitri Carter, tenho vinte e nove anos, sou CEO de uma empresa multimilionária no ramo de telecomunicação e vendas de produtos tecnológicos na Itália. Minha vida é uma sequência de conquistas, tanto nos negócios quanto em meus prazeres pessoais. Minha natureza dominadora me levou a explorar o mundo do BDSM, onde encontro satisfação em práticas que muitos não compreenderiam. Escolho minhas submissas com extremo cuidado, garantindo que cada uma entenda e aceite os limites estabelecidos. discrição é fundamental; não suporto expor minha vida pessoal para o mundo exterior, sou apenas um empresário bem-sucedido, já fui modelo e ator, costumo ser sempre reservado. Meus pensamentos ainda se voltavam para Isabella, a c
Isabella Duarte Ricci Eu nunca gostei de ser subestimada. Talvez tenha sido esse o maior erro de Dimitri Carter ao achar que poderia simplesmente me convocar ao seu escritório e me dar ordens. Ele queria a foto? Ótimo. Eu poderia entregá-la. Mas não sem antes me divertir um pouco com isso. Sentei na poltrona e cruzei as pernas lentamente, observando-o do outro lado da mesa. Ele sustentava meu olhar, mas havia algo ali, algo que poucos homens tinham ao me encarar. Dimitri não parecia intimidado. Não parecia se impressionar facilmente. E isso, de alguma forma, me intrigava. —Se quer tanto sua foto de volta, Dimitri, há um preço. Ele arqueou uma sobrancelha, encostando-se na poltrona de couro com um meio sorriso. —Um preço? Inclinei-me levemente para frente, apoiando os cotovelos na mesa entre nós. —Me convide para jantar. Por um breve momento, o silêncio se instalou no escritório, denso como fumaça. Dimitri manteve o rosto impassível, os olhos frios e calculistas analisan
Isabella Duarte Ricci Me sentei no banco de couro do carro,observando a cidade pela janela enquanto pensava no que acabou de acontecer. Eu sabia que Dimitri viria atrás de mim por causa daquela foto. Estava esperando por isso desde o momento em que vi o choque em seu rosto ao perceber que eu não entregaria facilmente.A verdade é que eu nunca me senti assim por nenhum homem, e não tinha experiências amorosas, sem contar que ele deveria ser mais velho, talvez ter dez anos a mais que eu.Só que isso não importava para mim, apesar de importar para ele, toda vez que ele abria aquela boca que eu desejava meus lábios tocar, para me chamar de garota, eu sentia uma pontada de dor no meu coração, eu queria que ele me visse como eu o via, como alguém que ele poderia conhecer e se interessar. Mas o que me intrigava de verdade era a história por trás daquela imagem. O garoto ao lado de Dimitri na foto tinha um olhar familiar. Não sabia seu nome, não sabia nada sobre ele, mas algo naquilo m
Dimitri Carter Eu não deveria estar aqui. Definitivamente, eu não deveria estar aqui. Mas aqui estava eu, sentado à minha própria mesa, comendo um almoço que ela trouxe para mim. Como se isso fosse normal. Como se eu não tivesse passado os últimos dias tentando convencê-la e a mim mesmo de que não haveria nós. — Está gostando? — Isabella perguntou, sorrindo enquanto girava o vinho na taça. — O prato é bom. — Dei de ombros, levando mais um pedaço à boca. — Mas você ainda é irritante. Ela riu. — E você ainda age como se eu fosse uma pedra no seu sapato. — Porque você é. Ela inclinou a cabeça, apoiando o cotovelo na mesa e me observando como se estivesse tentando desvendar um mistério. — Você se apega rápido demais, Isabella. Isso não é viável para alguém como eu. Seus olhos brilharam com desafio. — Não me apego rápido. Só sei o que quero. E eu quero você. Engoli um gole de vinho e me recostei na cadeira, sorrindo. — O que você quer é um conto de fad
Isabella Duarte Ricci A raiva ainda fervia em minhas veias quando entrei em casa, jogando a bolsa no sofá com mais força do que o necessário. O cheiro de café fresco e madeira polida me envolveu, mas nem isso foi suficiente para acalmar a tempestade dentro de mim. Lorenzo, meu pai, estava sentado em sua poltrona de couro, lendo um livro. O jornal do dia estava dobrado ao lado da xícara de café. Quando me viu, ergueu os olhos perspicazes, que sempre pareciam enxergar além do óbvio. — O que está acontecendo, Bella? Soltei um suspiro pesado e afundei no sofá, cruzando os braços. Não queria falar sobre Dimitri Carter. Não queria admitir que aquele homem estava começando a mexer comigo mais do que deveria. Mas Lorenzo era meu pai. Meu porto seguro. Ele sempre soube quando algo me incomodava, mesmo quando eu tentava esconder. — Eu… estou gostando de alguém. — murmurei, sentindo minha garganta secar. Meu pai fechou o livro lentamente e se inclinou para frente, apoiando os cotov
Isabella Duarte Ricci A noite estava fria, mas eu não sentia nada além da tempestade dentro de mim. Peguei as chaves do meu Bugatti, um dos carros mais caros e potentes do mundo. Meu pai me ensinou que poder não era apenas dinheiro, mas presença. E a minha presença sempre precisava ser marcante. O motor W16 com quatro turbo rugiu quando liguei o carro. O ronco grave ecoou pela garagem, vibrando nas paredes como uma fera despertando. O interior de couro preto com costuras vermelhas se moldava ao meu corpo, enquanto o painel digital brilhava com os detalhes prateados, exibindo a potência absurda daquele monstro sobre rodas. Acelerei, sentindo o volante esportivo se encaixar perfeitamente em minhas mãos. A estrada se abriu à minha frente como um convite à velocidade. A cada troca de marcha, o motor respondia com precisão, e a cidade se tornava apenas um borrão de luzes enquanto eu cruzava as ruas escuras da Itália. Meu destino? A mansão de Dimitri Carter.Ele era um mistério. Um
Isabella Duarte Ricci Saí da mansão de Dimitri sem olhar para trás. Meus passos eram firmes, mas dentro de mim tudo parecia desmoronar As palavras dele ecoavam na minha mente como facas cravadas na pele. "Você não vai me ter e não te desejo nem como uma submissa.” A raiva se queimava dentro de mim como fogo. Eu nunca fui de aceitar menos do que merecia.E naquele momento, eu percebi que merecia algo muito melhor do que Dimitri Carter. A noite estava fria quando cheguei ao meu carro. As luzes dos postes projetavam sombras longas no asfalto, e o motor do Bugatti rugiu quando eu o liguei. Mas, antes que pudesse acelerar, uma mão forte segurou meu braço. — Isabella.— Reconheci o toque antes mesmo de olhar. Era ele. Dimitri estava ali, os olhos tempestuosos, o maxilar travado, os punhos cerrados ao lado do meu corpo. — Tire as mãos de mim.— Minha voz saiu cortante, fria como o metal da minha arma. Mas ele não soltou. — Você atirou dentro da minha casa. Você destruiu um m