As duas pequenas estavam tão empolgadas que mal conseguiam conter a excitação, falando ao mesmo tempo sobre as atividades do dia.Ivana, com os olhos brilhando de expectativa, apontou para os prêmios no pódio.— Papai, olha! Tem prêmios! — Disse ela, entusiasmada.Daniel, confiante, perguntou:— E aí, princesa, já escolheu qual prêmio você quer? Me fala!— Tem certeza? A gente vai ganhar um prêmio?Ivana olhou para Daniel, desconfiada.Daniel assentiu com firmeza e, com um tom de autoridade, afirmou:— Eu nunca perdi!O rosto de Ivana se iluminou imediatamente, e ela apontou para o maior dos bonecos de pelúcia:— Papai, eu quero aquele golfinho! A Jenny disse que quer o ursinho!— Fechado! Cada uma com seu prêmio! Vamos dar o nosso melhor! Estão confiantes? — Perguntou ele.As duas gritaram ao mesmo tempo:— Sim! O entusiasmo delas contagiava a todos ao redor.Eu me senti extremamente orgulhosa. Embora Jenny tivesse vindo para fazer companhia a Ivana, com o tempo ela se tornou como se
Eu não pude evitar balançar a cabeça enquanto olhava para Daniel e, com um suspiro, disse:— Meu Deus, nós éramos assim quando éramos crianças?Daniel, com uma expressão séria, respondeu:— Naquela época, você era minha sombra, não desgrudava de mim nem por um segundo!Senti como se a vida tivesse perdido o sentido naquele momento, sem palavras para responder.Sentada ao lado de Daniel, observei nossa filha exibindo aquele ar de superioridade, e não pude deixar de sorrir disfarçadamente enquanto dizia:— Olha só como nossa filha está se achando! Ela está perdendo toda a compostura!Daniel, com um olhar orgulhoso, respondeu:— E não é para se orgulhar? Afinal, os pais dela não são dignos de admiração?Ah, lá estava ele, ainda mais convencido! Fiquei me perguntando como nossa filha poderia se parecer tanto com ele, sendo que ela não tinha os genes dele.Ele esticou o braço e colocou ao redor dos meus ombros, dizendo:— Você não acha que somos o casal mais bonito, harmonioso e apaixonado
Das mais de vinte famílias que participaram da corrida, metade já havia caído, com as mais variadas poses.Algumas ainda estavam tentando correr, mas de forma desajeitada e tropeçando. As que caíram tentavam se levantar, mas como não estavam coordenadas, uma pessoa levantava e logo a outra a derrubava de novo. Teve até dois casais que mal deram alguns passos antes de caírem no chão e ainda estavam lutando para sair da linha de partida.Felizmente, a pista era de borracha, então as quedas não eram tão dolorosas.Quando olhei para trás e vi a confusão, ri tanto que mal conseguia me controlar. Ivana não tirava os olhos do rosto de Daniel e perguntou ansiosa:— Papai, fomos os primeiros?Logo atrás de nós, outro casal havia cruzado a linha de chegada e, assim como nós, também olhava para trás rindo bastante.Ivana estava incerta se realmente tínhamos sido os primeiros a chegar.Daniel beijou o rostinho de Ivana com orgulho e respondeu:— Claro que sim! Nós fomos os primeiros!Ivana ficou e
Daniel me carregou de volta para o quarto, me colocou na cama e, com um olhar sério, disse:— Vou te ajudar a dormir melhor, assim você vai descansar direitinho!Eu sabia muito bem o que ele queria dizer com "ajudar a dormir", mas antes que eu pudesse protestar, ele me beijou, e logo estávamos no meio de um momento de carinho.No final, eu nem sabia como havia adormecido.Na manhã seguinte, apesar de ter me lembrado de acordar cedo, acabei me atrasando. Quando acordei, Daniel já tinha ido para a empresa.Eu, mordendo os lábios de frustração, xinguei aquele "malandro". Como ele podia ter tanta energia? Claramente, nossos corpos funcionavam de maneiras diferentes. Toda vez que ele e eu ficávamos íntimos, ele parecia revigorado, enquanto eu ficava com o corpo todo dolorido.Comecei a me perguntar se eu estava ficando velha.Depois de me arrumar rapidamente, desci as escadas, tremendo nas pernas, e tomei um café da manhã reforçado. Peguei minha bolsa e saí correndo para o trabalho.Mesmo a
Amanda saiu e, pouco tempo depois, voltou discretamente. Aproximou-se de mim e, em voz baixa, disse:— Parece que o gerente ainda não chegou. Ouvi a secretária ligando para ele.Fiquei um pouco irritada. Como assim o horário estava marcado e a pessoa ainda não tinha chegado? Isso é muito pouco profissional!Sophia, também em voz baixa, me informou:— Dizem que o filho do dono acabou de assumir a empresa, porque o pai está doente.Eu então orientei Sophia:— Prepare logo as informações da Tina Portão. Quero um dossiê completo. Precisamos ter um plano B.— Pode deixar! — Respondeu ela, rápida.Terminei de tomar meu café e, finalmente, a porta da sala do gerente foi aberta.Um jovem entrou, vestido de terno, com um ar desleixado. Ele mal levantou o olhar para nos ver, caminhou direto até sua mesa e se jogou na cadeira.Parecia meio sonolento, com olheiras enormes, sendo claramente resultado de uma noite mal dormida. Estava longe de estar totalmente acordado.A secretária entrou em seguida
Eu observei a cena à minha frente como se estivesse assistindo a uma peça de teatro. Aquele jovem empresário realmente encarnava o típico "filhinho de papai".A rapidez com que ele mudou de expressão me deixou boquiaberta. Foi impressionante a transformação! Sua voz, que agora ouvíamos, soava suave, quase como o som grave de um violoncelo, tão aveludada que poderia até causar suspiros.— Como é que você lembrou de mim? — Disse ele com um sorriso tão bajulador que quase atravessava a tela. Eu me perguntava quem seria essa garota do outro lado da linha.A expressão da secretária era de puro desconforto. Ela forçava um sorriso na minha direção, claramente sem saber o que fazer. Dava para ver que estava presa em uma situação sem saída, a secretária que só podia engolir a frustração:— Srta. Luiza, desculpe pela demora! Mil perdões, Sr. Domingos estava finalizando um contrato muito tarde ontem. Então, hoje...A própria secretária parecia ter dificuldade para continuar com a desculpa.Enquan
Amanda, que estava atrás de mim, já havia perdido a paciência há muito tempo. Ela não conseguia mais conter a raiva que crescia dentro dela e, sem pensar duas vezes, pegou o contrato que eu havia lhe entregado e o rasgou em mil pedaços.— Vocês... — Começou a falar Domingos, ao mesmo tempo que sua secretária também tentava intervir.— Srta. Luiza... — Disse a secretária, nervosa, tentando segurar a situação.Ela correu em minha direção, tentando me acalmar:— Srta. Luiza, por favor, mantenha a calma!Mas Domingos bateu o celular com força na mesa, com uma expressão de fúria:— Vocês têm muita coragem de virem no meu escritório e fazerem esse tipo de cena! Não querem mais trabalhar comigo?Olhei diretamente nos olhos de Domingos, que ostentava uma postura arrogante, e sem hesitar, respondi com firmeza:— Sim! A partir de hoje, a Empresa de Construção DX encerra todas as parcerias com a Gamek Portas.— Srta. Luiza... não faça isso! — A secretária, que até então estava se mantendo em silê
Eu não pude deixar de reconhecer mentalmente o quão impressionada estava. Conhecia bem as pessoas que trabalhavam no mercado, e sabia que muitos eram preguiçosos, mas de alguma forma, Sophia havia conseguido motivá-los de uma maneira que eu jamais imaginaria. Isso demonstrava que ela tinha um controle firme e era uma pessoa que realmente fazia as coisas acontecerem.Outro detalhe era que ela havia reformado a loja sem pedir um centavo de adicional. Eu já tinha analisado seus relatórios financeiros mensais, e eram todos claros e bem organizados, sem deixar dúvidas. Estava óbvio que ela tinha anos de experiência no mercado, enfrentando os desafios diários e adquirindo sabedoria prática.Sem sombra de dúvidas, Sophia era uma excelente e madura gestora de mercado. Eu havia, sem querer, encontrado um verdadeiro talento. A Empresa YX definitivamente perdeu uma joia rara!Foi então que me lembrei da questão com a Empresa YX. Antes de eu ir para Cidade A, Sophia me mencionou que o representant