Sr. Costa não respondeu diretamente à pergunta de Bryan e continuou a me questionar:— Garota, desde que você começou a ter essas dores de cabeça, você também está tendo problemas para dormir?— Sim! Antes eu nunca tinha insônia, mas desde que a dor de cabeça começou, não consigo mais dormir direito. E quando tenho insônia, aparecem umas memórias meio borradas, mas não consigo ver claramente. Esses sonhos me assustam, e quanto mais eu fico assim, mais difícil é dormir. Na verdade, eu fico com medo, não consigo pegar no sono! — Descrevi com detalhes.Sr. Costa acenou com a cabeça, pensativo.— E como foi que a dor de cabeça começou? — Ele perguntou novamente.Fiquei em silêncio, tentando lembrar como tudo tinha começado, até que me veio uma lembrança.— Alguém colocou um tipo de incenso no meu carro. Disseram que esse tipo de aroma é uma toxina lenta, que mexe com o sistema nervoso. Depois que fui exposta, foi quando a dor de cabeça apareceu! E desde então, você começou a ter esses sint
Fiquei um pouco sem graça e perguntei a Marcelo:— Pai, não deveríamos levá-los para casa?— Eles moram perto, podem ir andando. — Respondeu Marcelo com naturalidade.Não insisti no assunto.No carro, Marcelo me perguntou:— Seu voo é amanhã de manhã, certo?— Sim. Ainda tenho muitas coisas para resolver quando chegar. Marquei uma reunião com alguns fornecedores, vamos discutir os materiais do projeto. Não posso relaxar com isso. Mas... Pai, você acha que o Sr. Costa vai encontrar uma solução para o meu problema?— Filha, não se preocupe tanto. Se não conseguir lembrar, não faz mal. O que importa é que você tenha uma vida tranquila e feliz daqui para frente. O resto é coisa do destino. — Ele disse, claramente tentando me consolar.— Quando terminar seus compromissos, volte à Cidade A para que ele possa fazer a acupuntura. Isso vai aliviar suas dores de cabeça. — Ele recomendou. — Não brinque com sua saúde, é algo sério. E quanto à medicina do Sr. Costa, você pode confiar.— Confio, sim
Eu não sabia mais em quem confiar, e naquele momento, parecia que só Daniel, que me abraçava fortemente, era a única pessoa em quem eu podia depositar minha confiança. Mas eu queria entender o que havia acontecido comigo no passado. Só que tudo isso parecia tão difícil...Eu não conseguia entender por que apagaram minhas memórias. Quem quer que fossem, não tinham o direito de me privar de saber a verdade! Após um longo tempo, consegui acalmar a tempestade de emoções dentro de mim e saí dos braços de Daniel.Olhei para ele, tentando parecer descontraída, e disse:— Não foi nada, só estava com saudade de você. Vamos para casa, tá?Ele se inclinou para me olhar nos olhos, avaliando cada traço do meu rosto, e respondeu suavemente:— Tem certeza que está tudo bem? Se houver algo, me diz, eu vou resolver.— E se eu nunca mais lembrar de nada do que aconteceu antes? — Não consegui segurar a pergunta. — Então não lembre. — Ele disse com firmeza.— Mas eu queria lembrar do tempo que passamos j
Quando ele me beijou, e só quando o beijo terminou, eu voltei a mim. Ele já tinha me envolvido com força.— Meu amor, você é a garota mais linda de roupa esportiva! — Ele me olhou com um sorriso malicioso. — Como pode uma roupa dessas te deixar parecendo uma fada? Você é uma fada disfarçada?— Você me deixou chocada! Por que você é tão bonito? — Respondi sem pensar.Com um olhar sério, ele disse:— Foi mal! Eu não deveria ser tão bonito, tá te preocupando!Eu ri tanto com aquilo que me joguei em seus braços, ainda sorrindo.— Nós dois somos ótimos em nos elogiar, né?Ele me beijou mais um pouco antes de me soltar, com certa relutância. Aproximando-se do meu ouvido, murmurou suavemente:— Hoje à noite, eu vou te encher de beijos…De repente, ele me pegou no colo e, sem aviso, começou a andar em direção à saída com passos largos.— Se não formos agora, vamos nos atrasar, e nossa princesa vai brigar com a gente! — Ele riu.Eu bati em suas costas, tentando conter o riso:— Me coloca no chã
As duas pequenas estavam tão empolgadas que mal conseguiam conter a excitação, falando ao mesmo tempo sobre as atividades do dia.Ivana, com os olhos brilhando de expectativa, apontou para os prêmios no pódio.— Papai, olha! Tem prêmios! — Disse ela, entusiasmada.Daniel, confiante, perguntou:— E aí, princesa, já escolheu qual prêmio você quer? Me fala!— Tem certeza? A gente vai ganhar um prêmio?Ivana olhou para Daniel, desconfiada.Daniel assentiu com firmeza e, com um tom de autoridade, afirmou:— Eu nunca perdi!O rosto de Ivana se iluminou imediatamente, e ela apontou para o maior dos bonecos de pelúcia:— Papai, eu quero aquele golfinho! A Jenny disse que quer o ursinho!— Fechado! Cada uma com seu prêmio! Vamos dar o nosso melhor! Estão confiantes? — Perguntou ele.As duas gritaram ao mesmo tempo:— Sim! O entusiasmo delas contagiava a todos ao redor.Eu me senti extremamente orgulhosa. Embora Jenny tivesse vindo para fazer companhia a Ivana, com o tempo ela se tornou como se
Eu não pude evitar balançar a cabeça enquanto olhava para Daniel e, com um suspiro, disse:— Meu Deus, nós éramos assim quando éramos crianças?Daniel, com uma expressão séria, respondeu:— Naquela época, você era minha sombra, não desgrudava de mim nem por um segundo!Senti como se a vida tivesse perdido o sentido naquele momento, sem palavras para responder.Sentada ao lado de Daniel, observei nossa filha exibindo aquele ar de superioridade, e não pude deixar de sorrir disfarçadamente enquanto dizia:— Olha só como nossa filha está se achando! Ela está perdendo toda a compostura!Daniel, com um olhar orgulhoso, respondeu:— E não é para se orgulhar? Afinal, os pais dela não são dignos de admiração?Ah, lá estava ele, ainda mais convencido! Fiquei me perguntando como nossa filha poderia se parecer tanto com ele, sendo que ela não tinha os genes dele.Ele esticou o braço e colocou ao redor dos meus ombros, dizendo:— Você não acha que somos o casal mais bonito, harmonioso e apaixonado
Das mais de vinte famílias que participaram da corrida, metade já havia caído, com as mais variadas poses.Algumas ainda estavam tentando correr, mas de forma desajeitada e tropeçando. As que caíram tentavam se levantar, mas como não estavam coordenadas, uma pessoa levantava e logo a outra a derrubava de novo. Teve até dois casais que mal deram alguns passos antes de caírem no chão e ainda estavam lutando para sair da linha de partida.Felizmente, a pista era de borracha, então as quedas não eram tão dolorosas.Quando olhei para trás e vi a confusão, ri tanto que mal conseguia me controlar. Ivana não tirava os olhos do rosto de Daniel e perguntou ansiosa:— Papai, fomos os primeiros?Logo atrás de nós, outro casal havia cruzado a linha de chegada e, assim como nós, também olhava para trás rindo bastante.Ivana estava incerta se realmente tínhamos sido os primeiros a chegar.Daniel beijou o rostinho de Ivana com orgulho e respondeu:— Claro que sim! Nós fomos os primeiros!Ivana ficou e
Daniel me carregou de volta para o quarto, me colocou na cama e, com um olhar sério, disse:— Vou te ajudar a dormir melhor, assim você vai descansar direitinho!Eu sabia muito bem o que ele queria dizer com "ajudar a dormir", mas antes que eu pudesse protestar, ele me beijou, e logo estávamos no meio de um momento de carinho.No final, eu nem sabia como havia adormecido.Na manhã seguinte, apesar de ter me lembrado de acordar cedo, acabei me atrasando. Quando acordei, Daniel já tinha ido para a empresa.Eu, mordendo os lábios de frustração, xinguei aquele "malandro". Como ele podia ter tanta energia? Claramente, nossos corpos funcionavam de maneiras diferentes. Toda vez que ele e eu ficávamos íntimos, ele parecia revigorado, enquanto eu ficava com o corpo todo dolorido.Comecei a me perguntar se eu estava ficando velha.Depois de me arrumar rapidamente, desci as escadas, tremendo nas pernas, e tomei um café da manhã reforçado. Peguei minha bolsa e saí correndo para o trabalho.Mesmo a