Ao entrarmos no pátio, percebi o quão grande e elegante era o lugar. De fora, parecia apenas uma casa simples, mas por dentro, era como um verdadeiro palácio, com um jardim interno e tudo mais!Sussurrei para Bryan:— Que lugar lindo, parece um castelo!Seus olhos brilharam ao olhar para mim:— Você é muito esperta. Este lugar foi mesmo um castelo. Depois, foi comprado por uma pessoa que o mantém como patrimônio, investindo uma fortuna anualmente para preservá-lo.— Eu sabia que tinha algo especial! Tudo aqui é tão bem preservado! — Exclamei, admirada.Bryan riu:— E você ainda achou que, se eu te desse o endereço, você conseguiria achar?Sorri sem graça:— Realmente, não daria! É muito escondido!— Pois é! Esse lugar não é aberto ao público. Pouquíssimas pessoas conseguem entrar aqui! Ele afirmou com seriedade.Isso me fez ficar ainda mais atenta aos detalhes ao meu redor, já que talvez eu nunca mais tivesse a chance de voltar ali.Bryan me conduziu até uma área interna, cujas decora
Sr. Costa acenou para mim, sem dizer muito, indicando que eu me sentasse ao seu lado.— Posso verificar seu pulso? — Sr. Costa olhou para mim e perguntou, pedindo minha permissão.Eu o encarei, confusa, mas ele acenou com a cabeça de forma insistente, apontando para a cadeira à minha frente, determinado a me ajudar.Roberto se apressou em dizer:— Sr. Costa é um médico extraordinário! Você deveria deixá-lo examinar você logo. Ele raramente atende, e quando o faz, é quando já se desistiu de qualquer outra solução. Menina, você tem sorte! Até o Sr. Costa está cuidando de você!Com a introdução de Roberto, percebi que o Sr. Costa era um médico. Se Roberto o chamava de “extraordinário”, então sua habilidade devia ser realmente excepcional.Obviamente, eu não podia recusar a oferta do Sr. Costa, então sentei-me na frente dele com confiança, colocando minha mão sobre a mesa.Sem dizer uma palavra, Sr. Costa estendeu a mão, e seus dedos pousaram suavemente no meu pulso. Em silêncio, ele me ob
Essa era exatamente a pergunta que eu queria fazer. Olhei para o Sr. Costa, ansiosa pela resposta.Sr. Costa pensou por um momento e então balançou a cabeça lentamente:— Não posso desbloquear suas memórias, mas posso tentar aliviar a pressão nos seus nervos, reduzir as dores de cabeça... Mas isso vai exigir acupuntura.Eu, ansiosa, perguntei:— E se eu fizer a acupuntura, isso me ajudará a recuperar alguma lembrança? Ou há algo que eu possa fazer para recuperar minhas memórias?Todos os outros também olharam para o Sr. Costa, esperando por sua resposta.— A acupuntura só vai aliviar a tensão nos seus nervos, reduzir a frequência e a intensidade das dores de cabeça. Suas memórias foram bloqueadas por uma hipnose seletiva! É por isso que você perdeu apenas as memórias da sua infância. — Respondeu Sr. Costa.Eu fiquei confusa e perguntei:— Hipnose seletiva? O senhor está dizendo que fui hipnotizada para esquecer uma parte da minha vida?O Sr. Costa assentiu com certeza. Essa revelação
Sr. Costa não respondeu diretamente à pergunta de Bryan e continuou a me questionar:— Garota, desde que você começou a ter essas dores de cabeça, você também está tendo problemas para dormir?— Sim! Antes eu nunca tinha insônia, mas desde que a dor de cabeça começou, não consigo mais dormir direito. E quando tenho insônia, aparecem umas memórias meio borradas, mas não consigo ver claramente. Esses sonhos me assustam, e quanto mais eu fico assim, mais difícil é dormir. Na verdade, eu fico com medo, não consigo pegar no sono! — Descrevi com detalhes.Sr. Costa acenou com a cabeça, pensativo.— E como foi que a dor de cabeça começou? — Ele perguntou novamente.Fiquei em silêncio, tentando lembrar como tudo tinha começado, até que me veio uma lembrança.— Alguém colocou um tipo de incenso no meu carro. Disseram que esse tipo de aroma é uma toxina lenta, que mexe com o sistema nervoso. Depois que fui exposta, foi quando a dor de cabeça apareceu! E desde então, você começou a ter esses sint
Fiquei um pouco sem graça e perguntei a Marcelo:— Pai, não deveríamos levá-los para casa?— Eles moram perto, podem ir andando. — Respondeu Marcelo com naturalidade.Não insisti no assunto.No carro, Marcelo me perguntou:— Seu voo é amanhã de manhã, certo?— Sim. Ainda tenho muitas coisas para resolver quando chegar. Marquei uma reunião com alguns fornecedores, vamos discutir os materiais do projeto. Não posso relaxar com isso. Mas... Pai, você acha que o Sr. Costa vai encontrar uma solução para o meu problema?— Filha, não se preocupe tanto. Se não conseguir lembrar, não faz mal. O que importa é que você tenha uma vida tranquila e feliz daqui para frente. O resto é coisa do destino. — Ele disse, claramente tentando me consolar.— Quando terminar seus compromissos, volte à Cidade A para que ele possa fazer a acupuntura. Isso vai aliviar suas dores de cabeça. — Ele recomendou. — Não brinque com sua saúde, é algo sério. E quanto à medicina do Sr. Costa, você pode confiar.— Confio, sim
Eu não sabia mais em quem confiar, e naquele momento, parecia que só Daniel, que me abraçava fortemente, era a única pessoa em quem eu podia depositar minha confiança. Mas eu queria entender o que havia acontecido comigo no passado. Só que tudo isso parecia tão difícil...Eu não conseguia entender por que apagaram minhas memórias. Quem quer que fossem, não tinham o direito de me privar de saber a verdade! Após um longo tempo, consegui acalmar a tempestade de emoções dentro de mim e saí dos braços de Daniel.Olhei para ele, tentando parecer descontraída, e disse:— Não foi nada, só estava com saudade de você. Vamos para casa, tá?Ele se inclinou para me olhar nos olhos, avaliando cada traço do meu rosto, e respondeu suavemente:— Tem certeza que está tudo bem? Se houver algo, me diz, eu vou resolver.— E se eu nunca mais lembrar de nada do que aconteceu antes? — Não consegui segurar a pergunta. — Então não lembre. — Ele disse com firmeza.— Mas eu queria lembrar do tempo que passamos j
Quando ele me beijou, e só quando o beijo terminou, eu voltei a mim. Ele já tinha me envolvido com força.— Meu amor, você é a garota mais linda de roupa esportiva! — Ele me olhou com um sorriso malicioso. — Como pode uma roupa dessas te deixar parecendo uma fada? Você é uma fada disfarçada?— Você me deixou chocada! Por que você é tão bonito? — Respondi sem pensar.Com um olhar sério, ele disse:— Foi mal! Eu não deveria ser tão bonito, tá te preocupando!Eu ri tanto com aquilo que me joguei em seus braços, ainda sorrindo.— Nós dois somos ótimos em nos elogiar, né?Ele me beijou mais um pouco antes de me soltar, com certa relutância. Aproximando-se do meu ouvido, murmurou suavemente:— Hoje à noite, eu vou te encher de beijos…De repente, ele me pegou no colo e, sem aviso, começou a andar em direção à saída com passos largos.— Se não formos agora, vamos nos atrasar, e nossa princesa vai brigar com a gente! — Ele riu.Eu bati em suas costas, tentando conter o riso:— Me coloca no chã
As duas pequenas estavam tão empolgadas que mal conseguiam conter a excitação, falando ao mesmo tempo sobre as atividades do dia.Ivana, com os olhos brilhando de expectativa, apontou para os prêmios no pódio.— Papai, olha! Tem prêmios! — Disse ela, entusiasmada.Daniel, confiante, perguntou:— E aí, princesa, já escolheu qual prêmio você quer? Me fala!— Tem certeza? A gente vai ganhar um prêmio?Ivana olhou para Daniel, desconfiada.Daniel assentiu com firmeza e, com um tom de autoridade, afirmou:— Eu nunca perdi!O rosto de Ivana se iluminou imediatamente, e ela apontou para o maior dos bonecos de pelúcia:— Papai, eu quero aquele golfinho! A Jenny disse que quer o ursinho!— Fechado! Cada uma com seu prêmio! Vamos dar o nosso melhor! Estão confiantes? — Perguntou ele.As duas gritaram ao mesmo tempo:— Sim! O entusiasmo delas contagiava a todos ao redor.Eu me senti extremamente orgulhosa. Embora Jenny tivesse vindo para fazer companhia a Ivana, com o tempo ela se tornou como se