— Então, como eu devo o chamar? Cunhado? Eu não me atreveria! Daniel? Mas isso é exclusivo para você! Vamos lá, me diz, como devo o chamar? — Eunice protestou, estalando os dedos rapidamente.Daniel levantou levemente os lábios, dizendo calmamente: — Daniel não é um nome exclusivo dela. Marido é que é exclusivo dela!Ao ouvir isso, Liz e Eunice começaram imediatamente a festejar.Pareciam crianças, fazendo alvoroço.Isaac, por sua vez, olhou para Daniel sem demonstrar muita emoção e perguntou gentilmente: — Então, você já a pediu em casamento? Estão prontos para pegar a certidão?Daniel, com um semblante orgulhoso, respondeu: — Sim, já pedi, e minha querida aceitou. Amanhã vamos pegar a certidão e nos casar.— Uau! Sério?As duas exclamaram novamente, cheias de surpresa.Eu me senti especialmente irritada. Se a casa não tivesse mais um andar, o telhado teria sido arrancado por elas duas.Eunice rapidamente perguntou: — Então, amanhã vamos ter um grande jantar, certo? Algo tão impor
Embora, do ponto de vista do casamento, eu realmente esperasse que Eunice e Isaac tivessem um desfecho positivo, ao pensar em Isabela, percebi que essa barreira não seria fácil de superar. Talvez esse fosse o motivo de termos escolhido jantar em casa hoje. Além disso, agora Isabela e eu éramos irmãs, e me encontrava no meio dessa situação sem saber como lidar com essa relação. Especialmente porque sentia que Isabela amava Isaac. Parecia que eu precisava encontrar uma oportunidade para conversar com Isabela sobre ele. Liz rapidamente organizou todos para se sentarem, e eu também me concentrei. Eunice, sabendo até onde podia ir, não continuou com o assunto de Isaac, mas era evidente que, após ouvir as palavras dele, seu humor melhorou muito, e ela olhava para ele com olhos cheios de carinho. Tinha que admitir: mulheres apaixonadas eram tolas e encantadoras! De nós três, apenas Liz estava solteira. Pensando no Luís que vi na porta do hospital, senti muita pena dele. Eles eram um ca
Daniel respondeu despreocupadamente à minha fala: — Mas todos somos adultos, e isso é algo que precisamos enfrentar no nosso mundo.— Mas você também viu a situação atual. Quem terá que enfrentar isso será Isabela, e no mundo dela, não há espaço para a palavra perder.Embora eu concordasse com sua teoria, a realidade era diferente para cada pessoa.— Por isso, estou mais preocupada. Você sabe, elas são minhas irmãs, e não quero que nenhuma delas se machuque ou machuque a outra. — Insisti. — Tenho mais medo de que ambas saiam feridas.— Talvez você esteja complicando demais as coisas. Para Isabela, mesmo que ela se machuque com Isaac, tente ver isso de uma perspectiva mais otimista.Seu rosto sério estava bem próximo ao meu, guiando meu pensamento.— Sim. — Concordei, esperando que ele continuasse.— Neste mundo, haverá alguém que a ama mais e é mais adequado para ela. Se ela não puder deixar Isaac ir, nunca encontrará aquele que a ama mais e que espera por ela.Sua lógica era sempre c
Daniel, percebendo minha expressão nervosa, me tranquilizou com uma leve tapinha no ombro. — Se deite primeiro, eu vou ver quem é.Depois de dizer isso, ele se levantou, calçou os chinelos e se dirigiu à porta. Eu me perguntava, intrigada, quem poderia estar ali tão tarde. Já fazia um bom tempo desde que não morávamos mais naquela casa.Decidi me levantar e organizar rapidamente meu pijama antes de sair do quarto.Ao chegar à plataforma e olhar para baixo, vi Daniel abrir a porta sem hesitação. Um homem estava lá, segurando uma garrafa de vinho, entrando de maneira hesitante. Me concentrei e percebi que era Luís.Sua figura magra parecia ainda mais frágil na luz suave do corredor, emanando desalento.Ao ver Daniel, ele sorriu amargamente. — Você... Ainda não dormiu?Daniel entrou na sala de estar e respondeu com calma: — Se você toca a campainha assim, como eu poderia dormir?Luís não se fez de rogado. E Daniel perguntou:— O que você acha que estou fazendo aqui?Eu sentia compaixão
Luís estava visivelmente impaciente. — Eu sei que errei... Mas ela não me dá uma chance!Eu dei um passo à frente, querendo realmente discutir com ele, querendo saber onde exatamente ele errou. Mas quando levantei o pé para avançar, subitamente parei no lugar.As palavras ficaram presas na minha garganta. Subitamente, percebi que estava perdendo a compostura. Algumas coisas não eram para eu dizer, especialmente porque ele procurou Daniel.— Não sei como você magoou a Liz, mas algumas coisas feitas, algumas palavras ditas... Simplesmente não têm volta!Daniel falou de maneira franca, mas com sutileza.Já havia discutido a situação deles com Daniel antes. Ele entendia bem as complexidades entre Luís e Liz. Aquelas quatro palavras, "simplesmente não têm volta", pareciam ser o conselho que Daniel estava dando a Luís!Me virei e segui de volta para o quarto. Conversas entre homens talvez fossem mais diretas, e eu sabia que não podia interferir.Além disso, confiava que Daniel lidaria bem c
A lembrança do cheiro forte de sangue ainda persistia, o que fez com que eu perdesse o interesse no café da manhã à minha frente.Depois de algumas garfadas da comida simples, empurrei meu prato para longe. Daniel me olhou perplexo e perguntou: — Por que você comeu tão pouco? Não está gostando?Balancei a cabeça e expliquei: — Não é que eu não goste, é que não consigo comer.Instintivamente, massageei minhas têmporas.Ele segurou meu pulso nervosamente e perguntou: — O que foi? Dor de cabeça de novo?— Sim, talvez seja por causa do pesadelo. A qualidade do sono não foi boa! Vai passar logo! Não se preocupe! — Eu me esforcei para olhar para ele, com medo de que ele se preocupasse demais.Daniel terminou rapidamente sua refeição, colocou os talheres de lado e levou os pratos usados para a pia.Assim que terminei de organizar tudo, a campainha tocou novamente. Eu estava prestes a levantar para abrir a porta, mas ele me segurou, dizendo: — Eu vou!Depois de falar, Daniel foi rapidament
Daniel respondeu com desdém: — Deixe ele dormir aqui! Acho que ele não vai acordar tão cedo.Ouvindo isso, dei algumas risadas. Nunca imaginei que o tão distinto Sr. Luís da Cidade J acabaria se embriagando na minha casa um dia.Bem...— Está bem então! Vamos deixar ele continuar dormindo aqui! — Não tínhamos tempo para cuidar dele naquele momento.Ao sair pela porta, percebi que o motorista já estava lá esperando, com uma frota de carros.Depois que nosso carro partiu na frente, notei que Liz e Eunice também estavam na fila de carros.Apontei para os carros delas, surpresa, e perguntei a Daniel: — Por que elas também estão indo? Você as chamou?Daniel sorriu levemente, me abraçando e dizendo suavemente: — Elas foram por conta própria. Não precisei organizar nada!Meu coração se aqueceu de repente ao pensar em ter amigas assim. Eu realmente me senti grata.Nossa caravana seguiu em direção ao cartório, toda imponente. Eu estava emocionada e achando graça ao mesmo tempo. Será que tudo
Eu perguntei perplexa:— Quem?Amanda repetiu seriamente:— Ângelo está aqui para te ver!A ouvindo mencionar novamente o nome Ângelo, fiquei realmente surpresa.Pensei comigo mesma: “Finalmente esse cara apareceu!”Eu já tinha pressentido que cedo ou tarde ele estaria na minha frente.Neste período, Catarina estava muito animada, enquanto ele estava estranhamente calmo, o que não fazia sentido.— Por favor, deixe ele entrar. — Eu disse calmamente.Amanda confirmou que eu estava disposta a encontrar com ele e saiu, trazendo Ângelo logo depois.Ângelo parecia muito bem hoje, vestido com um elegante terno que lhe caía muito bem, mas eu realmente não gostava dos seus olhos, que me causavam certa repulsa!Ao ver ele entrar, deixei minha mesa e fui até ele, indicando que deveria se sentar.Então, me sentei na cadeira principal e olhei para Ângelo, dizendo: — Sr. Ângelo, há algo que precisa?Perguntei diretamente a Ângelo, sem rodeios. Esse homem era excessivamente familiar, não deixava es