A lembrança do cheiro forte de sangue ainda persistia, o que fez com que eu perdesse o interesse no café da manhã à minha frente.Depois de algumas garfadas da comida simples, empurrei meu prato para longe. Daniel me olhou perplexo e perguntou: — Por que você comeu tão pouco? Não está gostando?Balancei a cabeça e expliquei: — Não é que eu não goste, é que não consigo comer.Instintivamente, massageei minhas têmporas.Ele segurou meu pulso nervosamente e perguntou: — O que foi? Dor de cabeça de novo?— Sim, talvez seja por causa do pesadelo. A qualidade do sono não foi boa! Vai passar logo! Não se preocupe! — Eu me esforcei para olhar para ele, com medo de que ele se preocupasse demais.Daniel terminou rapidamente sua refeição, colocou os talheres de lado e levou os pratos usados para a pia.Assim que terminei de organizar tudo, a campainha tocou novamente. Eu estava prestes a levantar para abrir a porta, mas ele me segurou, dizendo: — Eu vou!Depois de falar, Daniel foi rapidament
Daniel respondeu com desdém: — Deixe ele dormir aqui! Acho que ele não vai acordar tão cedo.Ouvindo isso, dei algumas risadas. Nunca imaginei que o tão distinto Sr. Luís da Cidade J acabaria se embriagando na minha casa um dia.Bem...— Está bem então! Vamos deixar ele continuar dormindo aqui! — Não tínhamos tempo para cuidar dele naquele momento.Ao sair pela porta, percebi que o motorista já estava lá esperando, com uma frota de carros.Depois que nosso carro partiu na frente, notei que Liz e Eunice também estavam na fila de carros.Apontei para os carros delas, surpresa, e perguntei a Daniel: — Por que elas também estão indo? Você as chamou?Daniel sorriu levemente, me abraçando e dizendo suavemente: — Elas foram por conta própria. Não precisei organizar nada!Meu coração se aqueceu de repente ao pensar em ter amigas assim. Eu realmente me senti grata.Nossa caravana seguiu em direção ao cartório, toda imponente. Eu estava emocionada e achando graça ao mesmo tempo. Será que tudo
Eu perguntei perplexa:— Quem?Amanda repetiu seriamente:— Ângelo está aqui para te ver!A ouvindo mencionar novamente o nome Ângelo, fiquei realmente surpresa.Pensei comigo mesma: “Finalmente esse cara apareceu!”Eu já tinha pressentido que cedo ou tarde ele estaria na minha frente.Neste período, Catarina estava muito animada, enquanto ele estava estranhamente calmo, o que não fazia sentido.— Por favor, deixe ele entrar. — Eu disse calmamente.Amanda confirmou que eu estava disposta a encontrar com ele e saiu, trazendo Ângelo logo depois.Ângelo parecia muito bem hoje, vestido com um elegante terno que lhe caía muito bem, mas eu realmente não gostava dos seus olhos, que me causavam certa repulsa!Ao ver ele entrar, deixei minha mesa e fui até ele, indicando que deveria se sentar.Então, me sentei na cadeira principal e olhei para Ângelo, dizendo: — Sr. Ângelo, há algo que precisa?Perguntei diretamente a Ângelo, sem rodeios. Esse homem era excessivamente familiar, não deixava es
No entanto, independentemente de ele agir ou não conforme o esperado, sua atitude me deixava sem saber como proceder!Decidi então pegar a xícara e tomar um gole de café.Como segunda opção, esperei que ele continuasse.Então, ele começou:— Sra. Luiza, não há necessidade de ser tão distante em suas palavras, isso poderia parecer um pouco depreciativo! Já que eu estou aqui em sua empresa para discutir uma colaboração, eu estou confiante de que tenho projetos de colaboração sólidos para apresentar!Essas palavras dele realmente me surpreenderam, pareciam um tanto arrogantes, se me entendem!Eu sorri, coloquei a xícara de volta e me senti mais relaxada.— Então, por que não me conta quais são os projetos em que você gostaria de colaborar?— Eu vim aqui para discutir algo com você: se eu conseguir algum projeto de engenharia ou terreno, gostaria de o desenvolver de forma independente. Será que sua empresa poderia cuidar do design e da construção?Ele parecia bastante confiante ao falar, c
Eu concordei com a cabeça, dizendo:— Não tenho a intenção de dificultar as coisas para você! Mas essa é a situação real da DX! Já que você já fez suas investigações, devia saber que essas são as condições atuais para colaboração conosco.— Entendi! Ângelo fixou os olhos em mim, seus sentimentos difíceis de decifrar, então continuou: — Há um projeto urgente em andamento! Gostaria de convidar sua empresa para desenvolver ele. Tenho certeza de que vocês terão interesse!— Mesmo? — Perguntei com interesse fingido. — Qual é o projeto?O sorriso de Ângelo era intrigante. Ele me olhou por alguns segundos antes de responder: — É na Cidade Q!Essas palavras me fizeram arrepiar, e sem pensar, perguntei involuntariamente: — Cidade Q?Ângelo sorriu triunfalmente. — Sim! Na Cidade Q! Sra. Luiza, você já tinha ouvido falar disso?Ele me encarou, questionando, e de repente percebi que talvez tivesse perdido um pouco da compostura anteriormente.— Sim! — Respondi diretamente, tentando recuperar
A Cidade Q era o foco de Raul. Ele até tinha aberto mão de outras oportunidades, esperando pacientemente por esta. Da última vez que vi Raul, ele parecia estar à beira do sucesso. Mas a atitude de Ângelo agora claramente indicava que ele já havia praticamente garantido a vitória. Quanto mais pensava nisso, mais percebia que essa situação não era tão simples.Verifiquei as horas e, estendendo a mão para chamar Amanda, dei algumas instruções a ela. Em seguida, pedi que chamasse Liz para mim. Eu sabia que aquele era o primeiro dia dela na empresa.A levei comigo como uma distração. Se Ângelo percebesse minha ausência, não suspeitaria. Era necessário estar sempre alerta para essas coisas.Como esperado, Liz apareceu imediatamente em meu escritório. Olhei para ela e disse: — Venha comigo por um momento!Então, peguei minha bolsa e, segurando o braço de Liz, saímos diretamente para fora.Ao descermos, Liz e eu pegamos o elevador juntas. Ela me perguntou: — Para onde você quer ir?Eu olhe
Ouvi as palavras de Raul e fiquei ainda mais confusa. Não tinha certeza do quanto ele estava seguro.Segurando o celular com frustração, não entendia o que Raul queria dizer. Pelas palavras dele ao telefone, parecia que apenas desenvolvendo o plano, Ângelo teria uma chance. Então, por que Raul nos pediu para elaborar o plano?Liz, vendo minha expressão confusa enquanto eu segurava o telefone, me cutucou e perguntou: — O que está acontecendo?Balancei a cabeça, desanimada. — Parece que Ângelo está realmente desafiando Raul.Então expliquei tudo para Liz, desde o início. Ela ficou em silêncio por um longo tempo antes de me dizer: — Luiza, pelo que vejo, tudo o que podemos fazer agora é esperar e ver como as coisas se desenrolam. Mantenha a calma! Os deixe resolver isso!— Mas eu não consigo entender qual é a jogada desse Ângelo. — Eu disse preocupada. — De certa forma, não posso simplesmente ignorar o que acontece com Raul.— Você está pensando demais! Raul é esperto, você já o viu pe
Eu dei um tapa na coxa da Liz e disse: — Fala sério, quando você pega no tranco, você pega mesmo. Você realmente me clareou as ideias! Nem imaginava que tinha uma mestra por perto!Ela respondeu: — Não é que eu seja alguma gênia, só consigo ter uma visão mais clara estando de fora. Às vezes, quem está dentro do jogo não vê tudo. A DX ainda não está forte o suficiente, e tem gente que não nos leva a sério. Por quê? Eles acham que ter a Belov ao nosso lado nos faz invencíveis!Concordei com ela: — Tenho que admitir isso, é verdade.Ela continuou: — Por isso mesmo, precisamos continuar nos fortalecendo e os fazer se curvarem. A Cidade Z é nossa prioridade máxima, e para crescermos, precisamos ganhar dinheiro! O Raul não te lembrou disso? Se o Ângelo não está preocupado com dinheiro, então vamos fazer ele sangrar! Não importa se o dinheiro dele é limpo ou sujo, vamos usar nossa força para o fazer abrir a carteira! Se ele se arriscar, problema dele. Nós somos todos empresários, ganhar d