Daniel respondeu despreocupadamente à minha fala: — Mas todos somos adultos, e isso é algo que precisamos enfrentar no nosso mundo.— Mas você também viu a situação atual. Quem terá que enfrentar isso será Isabela, e no mundo dela, não há espaço para a palavra perder.Embora eu concordasse com sua teoria, a realidade era diferente para cada pessoa.— Por isso, estou mais preocupada. Você sabe, elas são minhas irmãs, e não quero que nenhuma delas se machuque ou machuque a outra. — Insisti. — Tenho mais medo de que ambas saiam feridas.— Talvez você esteja complicando demais as coisas. Para Isabela, mesmo que ela se machuque com Isaac, tente ver isso de uma perspectiva mais otimista.Seu rosto sério estava bem próximo ao meu, guiando meu pensamento.— Sim. — Concordei, esperando que ele continuasse.— Neste mundo, haverá alguém que a ama mais e é mais adequado para ela. Se ela não puder deixar Isaac ir, nunca encontrará aquele que a ama mais e que espera por ela.Sua lógica era sempre c
Daniel, percebendo minha expressão nervosa, me tranquilizou com uma leve tapinha no ombro. — Se deite primeiro, eu vou ver quem é.Depois de dizer isso, ele se levantou, calçou os chinelos e se dirigiu à porta. Eu me perguntava, intrigada, quem poderia estar ali tão tarde. Já fazia um bom tempo desde que não morávamos mais naquela casa.Decidi me levantar e organizar rapidamente meu pijama antes de sair do quarto.Ao chegar à plataforma e olhar para baixo, vi Daniel abrir a porta sem hesitação. Um homem estava lá, segurando uma garrafa de vinho, entrando de maneira hesitante. Me concentrei e percebi que era Luís.Sua figura magra parecia ainda mais frágil na luz suave do corredor, emanando desalento.Ao ver Daniel, ele sorriu amargamente. — Você... Ainda não dormiu?Daniel entrou na sala de estar e respondeu com calma: — Se você toca a campainha assim, como eu poderia dormir?Luís não se fez de rogado. E Daniel perguntou:— O que você acha que estou fazendo aqui?Eu sentia compaixão
Luís estava visivelmente impaciente. — Eu sei que errei... Mas ela não me dá uma chance!Eu dei um passo à frente, querendo realmente discutir com ele, querendo saber onde exatamente ele errou. Mas quando levantei o pé para avançar, subitamente parei no lugar.As palavras ficaram presas na minha garganta. Subitamente, percebi que estava perdendo a compostura. Algumas coisas não eram para eu dizer, especialmente porque ele procurou Daniel.— Não sei como você magoou a Liz, mas algumas coisas feitas, algumas palavras ditas... Simplesmente não têm volta!Daniel falou de maneira franca, mas com sutileza.Já havia discutido a situação deles com Daniel antes. Ele entendia bem as complexidades entre Luís e Liz. Aquelas quatro palavras, "simplesmente não têm volta", pareciam ser o conselho que Daniel estava dando a Luís!Me virei e segui de volta para o quarto. Conversas entre homens talvez fossem mais diretas, e eu sabia que não podia interferir.Além disso, confiava que Daniel lidaria bem c
A lembrança do cheiro forte de sangue ainda persistia, o que fez com que eu perdesse o interesse no café da manhã à minha frente.Depois de algumas garfadas da comida simples, empurrei meu prato para longe. Daniel me olhou perplexo e perguntou: — Por que você comeu tão pouco? Não está gostando?Balancei a cabeça e expliquei: — Não é que eu não goste, é que não consigo comer.Instintivamente, massageei minhas têmporas.Ele segurou meu pulso nervosamente e perguntou: — O que foi? Dor de cabeça de novo?— Sim, talvez seja por causa do pesadelo. A qualidade do sono não foi boa! Vai passar logo! Não se preocupe! — Eu me esforcei para olhar para ele, com medo de que ele se preocupasse demais.Daniel terminou rapidamente sua refeição, colocou os talheres de lado e levou os pratos usados para a pia.Assim que terminei de organizar tudo, a campainha tocou novamente. Eu estava prestes a levantar para abrir a porta, mas ele me segurou, dizendo: — Eu vou!Depois de falar, Daniel foi rapidament
Daniel respondeu com desdém: — Deixe ele dormir aqui! Acho que ele não vai acordar tão cedo.Ouvindo isso, dei algumas risadas. Nunca imaginei que o tão distinto Sr. Luís da Cidade J acabaria se embriagando na minha casa um dia.Bem...— Está bem então! Vamos deixar ele continuar dormindo aqui! — Não tínhamos tempo para cuidar dele naquele momento.Ao sair pela porta, percebi que o motorista já estava lá esperando, com uma frota de carros.Depois que nosso carro partiu na frente, notei que Liz e Eunice também estavam na fila de carros.Apontei para os carros delas, surpresa, e perguntei a Daniel: — Por que elas também estão indo? Você as chamou?Daniel sorriu levemente, me abraçando e dizendo suavemente: — Elas foram por conta própria. Não precisei organizar nada!Meu coração se aqueceu de repente ao pensar em ter amigas assim. Eu realmente me senti grata.Nossa caravana seguiu em direção ao cartório, toda imponente. Eu estava emocionada e achando graça ao mesmo tempo. Será que tudo
Eu perguntei perplexa:— Quem?Amanda repetiu seriamente:— Ângelo está aqui para te ver!A ouvindo mencionar novamente o nome Ângelo, fiquei realmente surpresa.Pensei comigo mesma: “Finalmente esse cara apareceu!”Eu já tinha pressentido que cedo ou tarde ele estaria na minha frente.Neste período, Catarina estava muito animada, enquanto ele estava estranhamente calmo, o que não fazia sentido.— Por favor, deixe ele entrar. — Eu disse calmamente.Amanda confirmou que eu estava disposta a encontrar com ele e saiu, trazendo Ângelo logo depois.Ângelo parecia muito bem hoje, vestido com um elegante terno que lhe caía muito bem, mas eu realmente não gostava dos seus olhos, que me causavam certa repulsa!Ao ver ele entrar, deixei minha mesa e fui até ele, indicando que deveria se sentar.Então, me sentei na cadeira principal e olhei para Ângelo, dizendo: — Sr. Ângelo, há algo que precisa?Perguntei diretamente a Ângelo, sem rodeios. Esse homem era excessivamente familiar, não deixava es
No entanto, independentemente de ele agir ou não conforme o esperado, sua atitude me deixava sem saber como proceder!Decidi então pegar a xícara e tomar um gole de café.Como segunda opção, esperei que ele continuasse.Então, ele começou:— Sra. Luiza, não há necessidade de ser tão distante em suas palavras, isso poderia parecer um pouco depreciativo! Já que eu estou aqui em sua empresa para discutir uma colaboração, eu estou confiante de que tenho projetos de colaboração sólidos para apresentar!Essas palavras dele realmente me surpreenderam, pareciam um tanto arrogantes, se me entendem!Eu sorri, coloquei a xícara de volta e me senti mais relaxada.— Então, por que não me conta quais são os projetos em que você gostaria de colaborar?— Eu vim aqui para discutir algo com você: se eu conseguir algum projeto de engenharia ou terreno, gostaria de o desenvolver de forma independente. Será que sua empresa poderia cuidar do design e da construção?Ele parecia bastante confiante ao falar, c
Eu concordei com a cabeça, dizendo:— Não tenho a intenção de dificultar as coisas para você! Mas essa é a situação real da DX! Já que você já fez suas investigações, devia saber que essas são as condições atuais para colaboração conosco.— Entendi! Ângelo fixou os olhos em mim, seus sentimentos difíceis de decifrar, então continuou: — Há um projeto urgente em andamento! Gostaria de convidar sua empresa para desenvolver ele. Tenho certeza de que vocês terão interesse!— Mesmo? — Perguntei com interesse fingido. — Qual é o projeto?O sorriso de Ângelo era intrigante. Ele me olhou por alguns segundos antes de responder: — É na Cidade Q!Essas palavras me fizeram arrepiar, e sem pensar, perguntei involuntariamente: — Cidade Q?Ângelo sorriu triunfalmente. — Sim! Na Cidade Q! Sra. Luiza, você já tinha ouvido falar disso?Ele me encarou, questionando, e de repente percebi que talvez tivesse perdido um pouco da compostura anteriormente.— Sim! — Respondi diretamente, tentando recuperar