Eu tinha certeza de que ela não conseguia acreditar que eu poderia ser tão confiante.Talvez aos olhos dela, eu parecesse um pouco arrogante, sim, arrogante!Mas eu não tinha vontade de recuar dessa minha arrogância. Continuei dizendo a ela: - Isso é o destino! Por exemplo, Ângela, mesmo que ela tenha se transformado para se parecer mais comigo, ela ainda é Ângela, não eu!- Ângela se transformou para se parecer com você? - Lúcia perguntou, um tanto incrédula.- Você deveria conhecer Ângela melhor do que eu! - Eu sorri em resposta a Lúcia, então expliquei. - Como diz o ditado, conhecer o inimigo é a chave para a vitória! Ângela e você são concorrentes de igual para igual! Você não a conhece? Eu estou sendo um pouco difícil de entender? - Perguntei a ela novamente.Lúcia parecia um pouco desconfortável. - Eu invejo muito a confiança da Sra. Luiza!Eu sorri ironicamente.- Não é sobre minha confiança, nem uma decisão de autoconsciência. Na verdade, quem não arrisca não petisca, Ângela
Lúcia retirou sua mão bruscamente, o rosto ligeiramente pálido.Com um tom de desculpas, eu disse: — Ele sempre foi reservado e distante, me desculpe por isso!Foi só então que Lúcia voltou ao normal, percebendo minha presença novamente e disfarçando seu constrangimento. — Tudo bem!Ela sorriu lindamente, mas senti que era superficial!Para ser sincero, Lúcia era realmente muito bonita em todos os aspectos. Sua maquiagem também era impecável! Não era à toa que era uma atriz. A mudança em suas emoções era extremamente sutil.Ela se esforçava para manter sua aura original, como se o que tinha acontecido antes não a tivesse afetado.— Na verdade, sempre quis vir aqui te ver, mas estou sempre ocupada. Você sabe como é nossa profissão, não temos muito tempo livre, especialmente para mim. Sair é muito inconveniente, aqueles fãs são loucos.Eu sorri. — Entendo, o amor excessivo por uma pessoa também pode ser um fardo! Não é racional!Enquanto eu dizia isso, meus olhos permaneciam em seu ro
Ele viu meu riso descontrolado e se aproximou ainda mais.Me encostei em seu peito resignada. — Você viu como aquela bela mulher estava se comportando, com os olhos quase grudados em você? Não ficou nem um pouco tentado? Será que você só finge ser indiferente na minha frente? — Disse isso com um toque de ciúmes.Aquela Lúcia realmente me irritava. Como ela ousava tentar seduzir meu homem na minha frente? As mulheres hoje em dia estavam tão ousadas assim?— Você sabe que eu as trato como ar! Você está com ciúmes disso? Elas têm o direito de olhar, e eu tenho o direito de as ignorar. Meus olhos só veem uma pessoa! Aquela que desde pequena dorme comigo na mesma cama!Suas palavras me deixaram de olhos arregalados. O que ele estava dizendo? Dormir juntos desde pequenos?— Eu dormi com você desde pequena? — Perguntei, incrédula.Ele respondeu com um ar despreocupado.— Claro, sempre foi assim. Desde pequeno, tenho o hábito de dormir abraçado a você, abraçar outra pessoa não tem o mesmo efe
— Naquela época, eu realmente queria matar o Vitor. Ele tomou meu grande amor, mas ainda assim queria te abandonar, empurrando minha garota para o desespero a ponto de se jogar no rio. — Ao mencionar isso, ele rangeu os dentes. — Eu estava com raiva de você por não lutar e com raiva dele por ser tão cruel.— Desculpe!Eu me encostei em seu peito.Ele passou o braço ao meu redor e começou a acariciar suavemente meu cabelo, continuando: — Mas naquele momento, eu também me senti aliviado. Porque, a partir daquele dia, eu nunca mais iria te deixar. Mesmo que você não quisesse se divorciar dele, eu não iria aceitar isso. Eu jurei que iria te ajudar a se livrar dele o mais rápido possível.Ao ouvir Daniel falar sobre isso, uma dor indescritível começou a se espalhar pelo meu corpo. Eu sabia o quanto ele tinha sofrido para me encontrar.Dezoito anos não eram dezoito dias, nem dezoito horas, mas dezoito anos completos, 365 dias cada. Instintivamente, eu o abracei, dizendo repetidamente: — De
As palavras dele me fizeram lembrar de cada cena do carnaval.Mas eu não esperava que ele estivesse vendo cada uma delas.Meu coração doeu ainda mais.Eu o abracei sem hesitar, encostando sua cabeça no meu peito.— Você sabe, naquela época, eu também pensava em você? Eu me perguntava onde exatamente você estava naquele momento? O que você estava fazendo? Na Austrália, você estava bem? Será que também tinha família para celebrar o Ano Novo? Não sei como são seus carnavais sem seus pais.Eu falava e soluçava, com lágrimas escorrendo sem controle, enquanto continuava:— Às vezes, até imaginava como seria bom se você estivesse com a gente. Saía para passear com Mateus, porque eu sentia tanto a sua falta, quanto mais animada ficava, mais meu coração doía inexplicavelmente, porque eu sentia tanto a sua falta!Os dois nos beijamos sem pensar, neste momento, mesmo que o céu desabasse, não queríamos nos separar.Emocionado, ele me levantou, me levando para a sala de descanso. Eu não me importav
Mas ainda não conseguia abrir a boca. Não queria o ver tão distante, tão admirado por todos, olhando para mim com tanto cuidado.Respirei fundo, tentando controlar minhas emoções por um longo momento, antes de finalmente assentir com firmeza. — Eu aceito, vamos nos casar! Construir uma família juntos... Ter muitos filhos!Ele me abraçou apertado. — Luiza, você é o meu lar!Naquele momento, prometemos um ao outro que nunca mais nos separaríamos.Quando saí do escritório, percebi que todos já haviam ido embora há muito tempo. Sorri envergonhada, e ele riu enquanto me abraçava.Ao saímos do prédio, pensamos em voltar para casa juntos, mas meu celular começou a tocar. Olhei e vi que era Eunice, que estava desaparecida há vários dias.Parei por um momento e atendi imediatamente!— Onde você esteve todos esses dias? — Disse com um tom de reprovação.— Estive cuidando do seu território na Cidade Z! — Eunice falou alto. — Agora estou com a Liz! Como você simplesmente desapareceu depois de ti
— Então, como eu devo o chamar? Cunhado? Eu não me atreveria! Daniel? Mas isso é exclusivo para você! Vamos lá, me diz, como devo o chamar? — Eunice protestou, estalando os dedos rapidamente.Daniel levantou levemente os lábios, dizendo calmamente: — Daniel não é um nome exclusivo dela. Marido é que é exclusivo dela!Ao ouvir isso, Liz e Eunice começaram imediatamente a festejar.Pareciam crianças, fazendo alvoroço.Isaac, por sua vez, olhou para Daniel sem demonstrar muita emoção e perguntou gentilmente: — Então, você já a pediu em casamento? Estão prontos para pegar a certidão?Daniel, com um semblante orgulhoso, respondeu: — Sim, já pedi, e minha querida aceitou. Amanhã vamos pegar a certidão e nos casar.— Uau! Sério?As duas exclamaram novamente, cheias de surpresa.Eu me senti especialmente irritada. Se a casa não tivesse mais um andar, o telhado teria sido arrancado por elas duas.Eunice rapidamente perguntou: — Então, amanhã vamos ter um grande jantar, certo? Algo tão impor
Embora, do ponto de vista do casamento, eu realmente esperasse que Eunice e Isaac tivessem um desfecho positivo, ao pensar em Isabela, percebi que essa barreira não seria fácil de superar. Talvez esse fosse o motivo de termos escolhido jantar em casa hoje. Além disso, agora Isabela e eu éramos irmãs, e me encontrava no meio dessa situação sem saber como lidar com essa relação. Especialmente porque sentia que Isabela amava Isaac. Parecia que eu precisava encontrar uma oportunidade para conversar com Isabela sobre ele. Liz rapidamente organizou todos para se sentarem, e eu também me concentrei. Eunice, sabendo até onde podia ir, não continuou com o assunto de Isaac, mas era evidente que, após ouvir as palavras dele, seu humor melhorou muito, e ela olhava para ele com olhos cheios de carinho. Tinha que admitir: mulheres apaixonadas eram tolas e encantadoras! De nós três, apenas Liz estava solteira. Pensando no Luís que vi na porta do hospital, senti muita pena dele. Eles eram um ca