Daniel explicou brevemente algo aos médicos que acabavam de chegar, e eles entraram rapidamente na sala de emergência.O médico, visivelmente preocupado, olhou para Daniel, que disse com calma: - O diretor trouxe alguns médicos autorizados!Ficamos todos em silêncio, eu segurando firmemente a mão de Daniel.Nesse momento, senti que ele era como um membro da minha família.Cerca de uma hora se passou e as luzes da sala de emergência se apagaram com um clique. Apertei a mão de Daniel e olhei para a porta.Depois de um tempo, um médico saiu e se dirigiu ao policial: - Ele foi resgatado, está recebendo transfusão de sangue. Houve muita perda de sangue e um pouco de falta de oxigênio, então ainda está inconsciente, mas os sinais vitais estão normais agora. Precisamos o observar mais um pouco. Após sair daqui, é crucial manter o controle das suas emoções.Me apoiei no peito de Daniel de repente, olhando para o seu rosto bonito com um sorriso amargo, sentindo um nó na garganta. Felizmente,
Quando acordei, já passava das 9 horas. Toquei o lado vazio da cama ao meu lado e senti um leve calor residual, indicando que Daniel já havia se levantado há algum tempo.Balancei a cabeça, ainda sonolenta. Ficar acordada até tarde estava realmente me afetando.Mas não tinha jeito. Para mim, Vitor era como um cobrador de dívidas. Talvez eu devesse a ele algo de uma vida passada, e agora ele veio cobrar.Suspirei profundamente, me sentindo irritada por ter que acordar.Peguei o telefone e liguei para Mateus. Após o informar da situação, ele respondeu: - Então é melhor você ir ao hospital dar uma olhada! Já estou na empresa, não se preocupe!Respondi com preguiça: - Mateus, que bom que você está na empresa! Senão estaria em apuros!- Você só sabe me bajular! Acho que em outra vida eu te devia alguma coisa! - Disse ele impaciente.- Vou desligar então! - Provoquei. - Trabalhe bem! Precisa pagar essa dívida!- Desligue! - Ele respondeu, irritado. - Esse maldito do Vitor, que se dane ele!
Quando cheguei ao hospital, vi que havia policiais por toda parte do lado de fora do quarto. Dei um suspiro de desprezo e, em pensamento, xinguei: “Que vergonha! Nunca vi alguém chamar tanta atenção sem estar na prisão.”Assim que me aproximei da porta, o Advogado Abílio saiu de dentro.- Como está?- Está melhor agora! Deram a ele um calmante! - Disse o Advogado Abílio.- Está acordado ou dormindo? - Perguntei, pensando que ele estaria dormindo por causa do calmante.O Advogado Abílio sussurrou: - Deram uma dose pequena, então ele está acordado agora, mas mais calmo.Ao ouvir isso, entrei no quarto.Havia dois policiais lá dentro, sempre de olho nele. Quando abri a porta, Vitor, com o rosto pálido, se virou para mim. No momento em que me viu, ele desabou.Chorava como uma criança.Me aproximei dele, o olhando de cima, e só depois de um tempo falei: - O quê? Realmente não quer mais viver?Na verdade, ao ver ele chorar, para ser honesta, também me senti muito triste. As pessoas eram r
Eu não sabia se ele havia realmente entendido minhas palavras ou se havia sido atingido pelo peso delas, mas, de repente, ele parou de chorar e mergulhou em um silêncio pensativo.Ao ver Vitor daquele jeito, fiquei assustada.Será que eu fui dura demais?Com tantos golpes consecutivos, realmente era uma calamidade para ele.Embora suas ações fossem irritantes, naquele momento ele parecia vulnerável.Respirei fundo e observei sua postura e emoções.Num instante, ele olhou para mim, com o rosto pálido e sem cor, parecendo muito mais velho. Cheguei até a duvidar se aquele ainda era o Vitor que eu conhecia, que costumava ser tão vibrante e confiante.Naquele momento, diante de mim, ele parecia resignado e desamparado, como se a noite estivesse prestes a cair.- Luiza, eu ainda posso limpar meu nome, não é? Os projetos que eu supervisionei, eu juro que não houve nenhum corte de custos, mas aquele na Cidade F, eu realmente não sei, foi a Catarina que armou!Suas emoções se acalmaram e seus p
Ele me chamou urgentemente: - Luiza, estou com saudades da Ivana!Aquela frase me deixou ao mesmo tempo triste e irritada.Me virei lentamente, olhando para Vitor na cama. - Então você precisa agir como um homem. Suas ações passadas já tiveram um grande impacto na criança. Ela foi ridicularizada e agredida na escola, e suas feridas ainda não cicatrizaram! Pense no que você trouxe para ela!Fiz uma pausa antes de continuar:- Se você não quer que ela viva sob essa sombra negativa, precisa se comportar como um ser humano, para que um dia ela possa se orgulhar de você! Tudo depende do seu esforço!Depois de falar, olhei para Daniel, que esteve ao meu lado o tempo todo. Naquele momento, eu estava realmente emocionada. Era ele quem sustentava todo o nosso mundo, o meu e o da Ivana.- Daniel, vamos embora. - Murmurei suavemente.Daniel assentiu com a cabeça e segurou minha mão enquanto saímos juntos. Ouvi um soluço vindo de trás de nós, seguido por um choro alto e desesperado.Os dois poli
Ouvi as palavras de Liz e assenti seriamente. Sabia que apenas alguém que realmente se preocupava comigo poderia falar assim.- Eu entendo. Depois de ajudar ele a limpar seu nome desta vez, estou saindo de cena completamente. Eu disse a ele agora pouco para parar de me moralizar. Não tenho mais a responsabilidade ou o dever de sempre defender ele! Decidi por mim mesma que, seja como mãe da nossa filha ou como esposa dele, é o fim da linha para mim.Liz me olhou com seriedade e disse: - Isso mesmo! Se lembre disso! Não importa quanto você se sacrifique, algumas coisas devem ser reservadas para pessoas que merecem! E quanto ao Vitor... - Liz fez uma careta e balançou a cabeça. - Não vale a pena! Ele não merece! Ele e Daniel são completamente diferentes, não há comparação, não importa em termos de economia ou posição social, apenas em termos de caráter, ele já perdeu feio! Se você começar a sentir pena de novo, se lembre das coisas terríveis que ele fez com você antes.Sorri sem dizer na
No dia em que Liz recebeu alta, fui a buscar no hospital e, por acaso, encontramos Catarina no saguão.Liz sussurrou para mim: - Como ela consegue estar em todo lugar?Eu dei um sorriso indiferente. - Pedi ao Hugo para investigar. Catarina sempre vem ao hospital porque seu pai está internado aqui, dizem que é por causa de câncer de reto.Liz resmungou desdenhosamente: - É tudo por causa de se envolver em coisas que só trazem desgraça às pessoas!Quando Catarina nos viu saindo juntas, rindo e conversando, nos lançou um olhar enviesado e sarcástico, dizendo: - Não esperava que saíssem tão rápido. Cuidado para não terem que voltar logo.Respondi com um resmungo de desprezo: - Quem planta vento, colhe tempestade. Se ousar fazer algo novamente, não terá tanta sorte!Ela parou, me olhando arrogantemente, transformando a batalha velada em um confronto direto. - Luiza, não se exalte demais. É melhor deixar uma saída para si mesma.Liz sempre a ignorava, mas dessa vez não conseguiu se con
Eu dei um passo à frente, ainda a observando atentamente. - Ameaçar você? Sinceramente, não me rebaixaria a isso! Apenas não suporto essa sua atitude!Ela me olhou furiosa. - Você acha que tem tanta sorte? Ou que o Daniel realmente pode te proteger?Olhei nos seus olhos, rindo desdenhosamente. - Pelo menos, ele está me protegendo muito bem agora! Qualquer um que tentar me machucar sofrerá as consequências! Já vimos mais de um exemplo disso! E não me importo se você quiser tentar, afinal, se não for para o inferno, quem vai? - Eu sorri maliciosamente. - Sua experiência não sustenta sua ambição, e você tem feito muitas coisas erradas. Seu fim está próximo!Minhas palavras a enfureceram, e ela levantou a mão para me bater...No entanto, era uma pena que ela fosse mais baixa do que eu, e eu já estava preparada. Quando ela tentou me dar um tapa, eu a bloqueei rapidamente e então revidi com força, dando a ela um tapa forte.Não sei se ela sentiu dor, mas minha mão ficou dormente!Depois d