No dia em que Liz recebeu alta, fui a buscar no hospital e, por acaso, encontramos Catarina no saguão.Liz sussurrou para mim: - Como ela consegue estar em todo lugar?Eu dei um sorriso indiferente. - Pedi ao Hugo para investigar. Catarina sempre vem ao hospital porque seu pai está internado aqui, dizem que é por causa de câncer de reto.Liz resmungou desdenhosamente: - É tudo por causa de se envolver em coisas que só trazem desgraça às pessoas!Quando Catarina nos viu saindo juntas, rindo e conversando, nos lançou um olhar enviesado e sarcástico, dizendo: - Não esperava que saíssem tão rápido. Cuidado para não terem que voltar logo.Respondi com um resmungo de desprezo: - Quem planta vento, colhe tempestade. Se ousar fazer algo novamente, não terá tanta sorte!Ela parou, me olhando arrogantemente, transformando a batalha velada em um confronto direto. - Luiza, não se exalte demais. É melhor deixar uma saída para si mesma.Liz sempre a ignorava, mas dessa vez não conseguiu se con
Eu dei um passo à frente, ainda a observando atentamente. - Ameaçar você? Sinceramente, não me rebaixaria a isso! Apenas não suporto essa sua atitude!Ela me olhou furiosa. - Você acha que tem tanta sorte? Ou que o Daniel realmente pode te proteger?Olhei nos seus olhos, rindo desdenhosamente. - Pelo menos, ele está me protegendo muito bem agora! Qualquer um que tentar me machucar sofrerá as consequências! Já vimos mais de um exemplo disso! E não me importo se você quiser tentar, afinal, se não for para o inferno, quem vai? - Eu sorri maliciosamente. - Sua experiência não sustenta sua ambição, e você tem feito muitas coisas erradas. Seu fim está próximo!Minhas palavras a enfureceram, e ela levantou a mão para me bater...No entanto, era uma pena que ela fosse mais baixa do que eu, e eu já estava preparada. Quando ela tentou me dar um tapa, eu a bloqueei rapidamente e então revidi com força, dando a ela um tapa forte.Não sei se ela sentiu dor, mas minha mão ficou dormente!Depois d
Eu olhei para Luís com muita desculpa e disse baixinho: - Desculpe, Sr. Luís. Não fique chateado com ela. Ela foi insultada há pouco tempo. Não é de se admirar que esteja com raiva!Luís assentiu desanimado, ainda olhando na direção em que o carro de Liz havia partido. - Não se preocupe, a culpa é minha. Obrigado por cuidar dela durante esse tempo.Forcei um sorriso. - Não precisa me agradecer. Afinal, ela se machucou por minha causa. Vou voltar para a empresa agora.Durante toda a conversa, os olhos de Luís permaneceram fixos no carro que se afastava, revelando tristeza em seu rosto.Depois que Amanda e eu entramos no carro, ela me disse: - Essa Liz realmente não tem consideração. Mesmo que não goste, o Sr. Luís é um dos maiores na Cidade J. Todo mundo deveria mostrar respeito, mas ela? Não demonstra nenhum respeito!Suspirei levemente. - Água derramada não se recupera.Amanda suspirou também. - Dá para ver que Luís ainda se importa muito com Liz.- Quanto mais ele se importa, m
Lúcia disse isso com uma expressão intrigante, olhando para mim com um sorriso ambíguo. Eu sabia exatamente o que ela estava fazendo, começando a jogar seus jogos mentais comigo. Conhecia bem o seu interior, apesar do sorriso brilhante, suas palavras doces escondiam amarguras. Suspeitava que seus verdadeiros motivos não fossem tão simples. Não acreditava que tinha vindo até ali apenas por coincidência para me visitar, afinal, não tínhamos uma amizade tão profunda. Ela falava como se fôssemos boas amigas brincando, mas também como um desafio entre rivais, mais ainda como alguém se deleitando com os infortúnios alheios!Eu, por outro lado, fingi que não percebia, afinal, Lúcia não era uma pessoa boa, certamente não era minha amiga!Peguei a xícara de café, dei um gole calmamente e, de maneira leve, perguntei: - Então, Srta. Lúcia, de onde veio essa informação?Minha calma a deixou um tanto desconcertada, mas eu não dei a ela brechas. Ela estava claramente frustrada!Na superfície, el
Eu tinha certeza de que ela não conseguia acreditar que eu poderia ser tão confiante.Talvez aos olhos dela, eu parecesse um pouco arrogante, sim, arrogante!Mas eu não tinha vontade de recuar dessa minha arrogância. Continuei dizendo a ela: - Isso é o destino! Por exemplo, Ângela, mesmo que ela tenha se transformado para se parecer mais comigo, ela ainda é Ângela, não eu!- Ângela se transformou para se parecer com você? - Lúcia perguntou, um tanto incrédula.- Você deveria conhecer Ângela melhor do que eu! - Eu sorri em resposta a Lúcia, então expliquei. - Como diz o ditado, conhecer o inimigo é a chave para a vitória! Ângela e você são concorrentes de igual para igual! Você não a conhece? Eu estou sendo um pouco difícil de entender? - Perguntei a ela novamente.Lúcia parecia um pouco desconfortável. - Eu invejo muito a confiança da Sra. Luiza!Eu sorri ironicamente.- Não é sobre minha confiança, nem uma decisão de autoconsciência. Na verdade, quem não arrisca não petisca, Ângela
Lúcia retirou sua mão bruscamente, o rosto ligeiramente pálido.Com um tom de desculpas, eu disse: — Ele sempre foi reservado e distante, me desculpe por isso!Foi só então que Lúcia voltou ao normal, percebendo minha presença novamente e disfarçando seu constrangimento. — Tudo bem!Ela sorriu lindamente, mas senti que era superficial!Para ser sincero, Lúcia era realmente muito bonita em todos os aspectos. Sua maquiagem também era impecável! Não era à toa que era uma atriz. A mudança em suas emoções era extremamente sutil.Ela se esforçava para manter sua aura original, como se o que tinha acontecido antes não a tivesse afetado.— Na verdade, sempre quis vir aqui te ver, mas estou sempre ocupada. Você sabe como é nossa profissão, não temos muito tempo livre, especialmente para mim. Sair é muito inconveniente, aqueles fãs são loucos.Eu sorri. — Entendo, o amor excessivo por uma pessoa também pode ser um fardo! Não é racional!Enquanto eu dizia isso, meus olhos permaneciam em seu ro
Ele viu meu riso descontrolado e se aproximou ainda mais.Me encostei em seu peito resignada. — Você viu como aquela bela mulher estava se comportando, com os olhos quase grudados em você? Não ficou nem um pouco tentado? Será que você só finge ser indiferente na minha frente? — Disse isso com um toque de ciúmes.Aquela Lúcia realmente me irritava. Como ela ousava tentar seduzir meu homem na minha frente? As mulheres hoje em dia estavam tão ousadas assim?— Você sabe que eu as trato como ar! Você está com ciúmes disso? Elas têm o direito de olhar, e eu tenho o direito de as ignorar. Meus olhos só veem uma pessoa! Aquela que desde pequena dorme comigo na mesma cama!Suas palavras me deixaram de olhos arregalados. O que ele estava dizendo? Dormir juntos desde pequenos?— Eu dormi com você desde pequena? — Perguntei, incrédula.Ele respondeu com um ar despreocupado.— Claro, sempre foi assim. Desde pequeno, tenho o hábito de dormir abraçado a você, abraçar outra pessoa não tem o mesmo efe
— Naquela época, eu realmente queria matar o Vitor. Ele tomou meu grande amor, mas ainda assim queria te abandonar, empurrando minha garota para o desespero a ponto de se jogar no rio. — Ao mencionar isso, ele rangeu os dentes. — Eu estava com raiva de você por não lutar e com raiva dele por ser tão cruel.— Desculpe!Eu me encostei em seu peito.Ele passou o braço ao meu redor e começou a acariciar suavemente meu cabelo, continuando: — Mas naquele momento, eu também me senti aliviado. Porque, a partir daquele dia, eu nunca mais iria te deixar. Mesmo que você não quisesse se divorciar dele, eu não iria aceitar isso. Eu jurei que iria te ajudar a se livrar dele o mais rápido possível.Ao ouvir Daniel falar sobre isso, uma dor indescritível começou a se espalhar pelo meu corpo. Eu sabia o quanto ele tinha sofrido para me encontrar.Dezoito anos não eram dezoito dias, nem dezoito horas, mas dezoito anos completos, 365 dias cada. Instintivamente, eu o abracei, dizendo repetidamente: — De