Um grito terrível ecoou pelo ar, e eu me ergui bruscamente, sentindo um braço me envolver. - Luiza, não tenha medo...Ofegante, abri os olhos abruptamente, encarando os traços delicados diante de mim. Com o coração ainda palpitando, olhei para ele com uma expressão assustada, murmurando: - Daniel... Eu... Fomos atingidos por um carro, e fui arremessada para fora, através do vidro...Seus olhos se fixaram firmemente em mim. - Luiza, você lembrou de alguma coisa, não lembrou?Fiquei atônita, sem saber como responder, pois, o que acabou de acontecer parecia apenas um sonho.- Não tenha medo, tudo já passou, olhe! - Daniel me consolou suavemente.Olhei em volta, ainda atordoada, então lembrei de Liz, que estava sob mim. Instintivamente, olhei para a cama ao meu lado e, como se fosse despertar de um transe, exclamei: - Liz, onde está a Liz?Daniel bateu levemente em minhas costas e sussurrou em meu ouvido: - Ela ainda está sendo socorrida!Senti um calafrio percorrer meu corpo. - Soco
- Sr. Daniel, a pessoa já foi resgatada. Ela teve as costelas fraturadas, o baço foi removido devido a uma ruptura, ela sofreu uma concussão e ainda está inconsciente, precisando de observação contínua.Essa notícia me atingiu como um choque elétrico. Como ela poderia estar tão gravemente ferida? Era como se tivéssemos acabado de salvar uma vida por um triz.- Doutor, ela ainda está em perigo? - Luís tremia ao falar.- Em breve, a paciente será transferida para a UTI, onde continuará a ser monitorada. Se, dentro de 24 horas, seus sinais vitais e outros dados estiverem normais e ela recobrar a consciência, poderá ser transferida de volta para o quarto comum.Após as instruções do médico, ele voltou para a sala de emergência.Meu corpo involuntariamente tremeu. Murmurei: - Tudo isso por minha causa! Se não fosse por mim, ela não teria se ferido tão gravemente!Eunice rapidamente me consolou: - Luiza, não se culpe tanto. Vamos ver ela na UTI mais tarde!Quarenta e oito horas depois, Liz
Eu terminei de falar, olhei para ela com um sorriso radiante e examinei seu rosto com concentração.Seu rosto empalideceu por um instante, mas voltou ao normal em um piscar de olhos. Ainda sorrindo, ela me lembrou: - Você tem que dirigir com cuidado!Ela realmente era audaciosa. Apenas essa sutil mudança era suficiente para explicar tudo.Semicerrei os olhos e tranquilamente respondi: - Obrigada! Graças às suas palavras de sorte, tenho sorte!Então, dei um passo para fora e fui diretamente ao carro, dizendo ao motorista: - Vamos para empresa!Desde que me machuquei, Daniel não me permitia dirigir, então ele providenciou um motorista para mim.Enquanto pensava an razão por qual ela veio ao hospital, peguei meu celular e liguei para Hugo, o instruindo: - Descubra por que a Catarina veio ao hospital.Antes mesmo de encerrar a ligação, recebi outra ligação no meu celular, era Isabela.- Onde você está?- No caminho de volta para a empresa!- É urgente?- Sim! Preciso resolver algumas c
- Filho de peixe, peixinho é! Se a mãe dele é assim, o que será dele no futuro? - Comentei de leve. Internamente, eu ponderava sobre como esse pequeno, ao crescer, se desenvolveria.Se ele tivesse alguém bom para cuidar dele, poderia se tornar uma criança boa. Mas se não recebesse uma boa orientação, poderia se desajustar.Enquanto eu pensava, a mãozinha dele agarrou meu cabelo e ele tentou o colocar na boca.- Luiza, e se o Vitor não quiser ficar com ele no futuro, o que faremos? Esse menino é tão indefeso! Depois de cuidar dele esses dias, até me apeguei. Afinal, ele é uma vida! - Natalia olhou para mim, preocupada. - Mas... Eu...Na verdade, eu entendia completamente o que Natalia queria dizer. Mesmo que ela gostasse muito dele, não poderia o manter consigo, afinal, a origem desse garoto ainda era um mistério.- Não se preocupe tanto, aguente mais alguns dias. Vou pensar em uma maneira de fazer a polícia investigar e encontrar o pai biológico dele! É melhor para ele conhecer suas o
Sua resposta me deixou perplexo. Olhei para Isabela com suspeita e perguntei, hesitante: - Sobre... Mim?- Sim! - Seu olhar profundo me analisou.- O que está acontecendo? - Perguntei seriamente para Isabela. Pela expressão dela, eu podia perceber que a notícia sobre mim provavelmente era séria.Ela desviou o olhar e não respondeu diretamente à minha pergunta, parecendo perdida em pensamentos. - Afinal, o que está acontecendo? Em relação a mim? Por que é tão complicado? Olhei para Isabela com perplexidade, lançando três perguntas de uma vez, e ela pareceu preocupada.- Não é que seja complicado, é que... Tudo isso é um pouco estranho!Ela parecia bastante hesitante, e eu nunca tinha visto Isabela tão cautelosa por causa de algo assim.- Você não tinha decidida se deveria me contar antes de me chamar? - Eu a encarei seriamente.- Claro que não! - Isabela revirou os olhos. - Foi enquanto discutíamos um negócio... Descobrimos isso! Dê uma olhada primeiro! - Isabela entregou seu celular
Isabela percebeu minha preocupação, se concentrou por um momento e arqueou as sobrancelhas. - Já organizei tudo. Temos pessoas a monitorando de perto. Se houver qualquer movimento suspeito, seremos informados imediatamente.- É confiável? - Perguntei, olhando para Isabela.- Com certeza! - Respondeu Isabela sem hesitar. - Estou investigando a origem dela, isso é crucial!Ela balançou o celular. - Você pode me enviar essa foto?- Claro! - Respondeu ela decididamente. - Irmã, eu tenho uma pista!- Você está se referindo a essa pessoa? - Levantei os olhos para Isabela e perguntei.- Recebi uma ligação daquela Giovana ontem, marcando um encontro comigo! Estou mantendo contato com ela, há algo definitivamente suspeito aqui! Ela está tentando me manipular, pensei em me aproximar dela. O que acha? - Isabela olhou para mim, perguntando.Entendi o que Isabela estava tentando dizer, ela não queria que eu desconfiasse muito.Olhei para ela, passei a foto e devolvi o celular para ela. - Você ai
Quando cheguei à delegacia na Rua Augusta, entrei diretamente e expliquei a situação ao policial de plantão. Ele me levou a uma sala.Vi que havia três pessoas sentadas ali. Ao lado de Eunice, estava um rapaz jovem, de aparência muito atraente, com traços delicados, mas uma expressão sombria no rosto.Se eu não estivesse enganado, ele deveria ser um novo talento que a empresa estava cultivando.Por isso, Eunice não chamou a empresa para pagar a fiança, isso poderia afetar o novato. Eunice sempre protegia os seus. Se ela apostava em alguém, ia até o fim.Em frente a eles, estava sentada alguém que, à primeira vista, parecia ter influência. Sentada ali, exibia uma postura arrogante, ainda cheia de presunção.- Ouçam bem o que vou dizer! Acha que pode terminar assim? De jeito nenhum! Eu disse que ele não pode sair hoje, ele tem que me dar uma resposta clara hoje, senão ele não vai resolver esse assunto. Você acha que se eu colocar o vídeo na internet, o que vai acontecer com ele?A garota
Tudo aconteceu rapidamente! Não houve tempo para perceber. A habilidade de Benjamin era incrível, ele se moveu como um leopardo, pulando sobre a mesa diante de nós num piscar de olhos.A sala não era muito grande e, quando percebemos o que estava acontecendo, o garoto chamado Benjamin já havia agarrado o pescoço da menina e apertava com força, dizendo ferozmente: - Prefiro morrer a deixar isso passar. Hoje, você vai pagar!Eunice gritou: - Pare, Benjamin!Eu também reagi e, junto com Eunice, tentamos puxar as mãos de Benjamin para baixo.- Solte! Solte agora!O rosto da menina já estava vermelho, os olhos arregalados de terror enquanto tentava se libertar das mãos de Benjamin.Nesse momento, dois policiais entraram correndo e conseguiram separar Benjamin à força, seus olhos transbordando de ódio.A garota desabou no chão, seu corpo parecendo sem forças, respirando pesadamente com a boca aberta. Seus olhos, cheios de raiva, estavam fixos em Benjamin, mas também mostravam um leve brilh