- Filho de peixe, peixinho é! Se a mãe dele é assim, o que será dele no futuro? - Comentei de leve. Internamente, eu ponderava sobre como esse pequeno, ao crescer, se desenvolveria.Se ele tivesse alguém bom para cuidar dele, poderia se tornar uma criança boa. Mas se não recebesse uma boa orientação, poderia se desajustar.Enquanto eu pensava, a mãozinha dele agarrou meu cabelo e ele tentou o colocar na boca.- Luiza, e se o Vitor não quiser ficar com ele no futuro, o que faremos? Esse menino é tão indefeso! Depois de cuidar dele esses dias, até me apeguei. Afinal, ele é uma vida! - Natalia olhou para mim, preocupada. - Mas... Eu...Na verdade, eu entendia completamente o que Natalia queria dizer. Mesmo que ela gostasse muito dele, não poderia o manter consigo, afinal, a origem desse garoto ainda era um mistério.- Não se preocupe tanto, aguente mais alguns dias. Vou pensar em uma maneira de fazer a polícia investigar e encontrar o pai biológico dele! É melhor para ele conhecer suas o
Sua resposta me deixou perplexo. Olhei para Isabela com suspeita e perguntei, hesitante: - Sobre... Mim?- Sim! - Seu olhar profundo me analisou.- O que está acontecendo? - Perguntei seriamente para Isabela. Pela expressão dela, eu podia perceber que a notícia sobre mim provavelmente era séria.Ela desviou o olhar e não respondeu diretamente à minha pergunta, parecendo perdida em pensamentos. - Afinal, o que está acontecendo? Em relação a mim? Por que é tão complicado? Olhei para Isabela com perplexidade, lançando três perguntas de uma vez, e ela pareceu preocupada.- Não é que seja complicado, é que... Tudo isso é um pouco estranho!Ela parecia bastante hesitante, e eu nunca tinha visto Isabela tão cautelosa por causa de algo assim.- Você não tinha decidida se deveria me contar antes de me chamar? - Eu a encarei seriamente.- Claro que não! - Isabela revirou os olhos. - Foi enquanto discutíamos um negócio... Descobrimos isso! Dê uma olhada primeiro! - Isabela entregou seu celular
Isabela percebeu minha preocupação, se concentrou por um momento e arqueou as sobrancelhas. - Já organizei tudo. Temos pessoas a monitorando de perto. Se houver qualquer movimento suspeito, seremos informados imediatamente.- É confiável? - Perguntei, olhando para Isabela.- Com certeza! - Respondeu Isabela sem hesitar. - Estou investigando a origem dela, isso é crucial!Ela balançou o celular. - Você pode me enviar essa foto?- Claro! - Respondeu ela decididamente. - Irmã, eu tenho uma pista!- Você está se referindo a essa pessoa? - Levantei os olhos para Isabela e perguntei.- Recebi uma ligação daquela Giovana ontem, marcando um encontro comigo! Estou mantendo contato com ela, há algo definitivamente suspeito aqui! Ela está tentando me manipular, pensei em me aproximar dela. O que acha? - Isabela olhou para mim, perguntando.Entendi o que Isabela estava tentando dizer, ela não queria que eu desconfiasse muito.Olhei para ela, passei a foto e devolvi o celular para ela. - Você ai
Quando cheguei à delegacia na Rua Augusta, entrei diretamente e expliquei a situação ao policial de plantão. Ele me levou a uma sala.Vi que havia três pessoas sentadas ali. Ao lado de Eunice, estava um rapaz jovem, de aparência muito atraente, com traços delicados, mas uma expressão sombria no rosto.Se eu não estivesse enganado, ele deveria ser um novo talento que a empresa estava cultivando.Por isso, Eunice não chamou a empresa para pagar a fiança, isso poderia afetar o novato. Eunice sempre protegia os seus. Se ela apostava em alguém, ia até o fim.Em frente a eles, estava sentada alguém que, à primeira vista, parecia ter influência. Sentada ali, exibia uma postura arrogante, ainda cheia de presunção.- Ouçam bem o que vou dizer! Acha que pode terminar assim? De jeito nenhum! Eu disse que ele não pode sair hoje, ele tem que me dar uma resposta clara hoje, senão ele não vai resolver esse assunto. Você acha que se eu colocar o vídeo na internet, o que vai acontecer com ele?A garota
Tudo aconteceu rapidamente! Não houve tempo para perceber. A habilidade de Benjamin era incrível, ele se moveu como um leopardo, pulando sobre a mesa diante de nós num piscar de olhos.A sala não era muito grande e, quando percebemos o que estava acontecendo, o garoto chamado Benjamin já havia agarrado o pescoço da menina e apertava com força, dizendo ferozmente: - Prefiro morrer a deixar isso passar. Hoje, você vai pagar!Eunice gritou: - Pare, Benjamin!Eu também reagi e, junto com Eunice, tentamos puxar as mãos de Benjamin para baixo.- Solte! Solte agora!O rosto da menina já estava vermelho, os olhos arregalados de terror enquanto tentava se libertar das mãos de Benjamin.Nesse momento, dois policiais entraram correndo e conseguiram separar Benjamin à força, seus olhos transbordando de ódio.A garota desabou no chão, seu corpo parecendo sem forças, respirando pesadamente com a boca aberta. Seus olhos, cheios de raiva, estavam fixos em Benjamin, mas também mostravam um leve brilh
As palavras do recém-chegado insinuavam que estávamos intimidando a garota, o que só deu mais força à confiança do pai e da filha. Não era de se admirar que ela estivesse tão atrevida mesmo na delegacia, parecia que ela realmente tinha um bom apoio.À primeira vista, o recém-chegado não cumprimentou o pai e a filha, mantendo uma postura séria e profissional, como se estivesse ali apenas para negócios. No entanto, qualquer um poderia perceber que suas palavras não eram completamente naturais.Com essa declaração, o pai e a filha imediatamente se sentiram mais confiantes.- Que arrogância! - O pai exclamou, apontando para nós. - Eu, Flávio Rodrigues, nunca vi alguém tão atrevido, ousando tocar na minha filha. Vocês devem ter perdido o juízo. Moleque insolente, Renata escolher você é sua sorte, e você ainda tem a audácia de levantar a mão para ela!O homem avançou furiosamente em passos largos, me agarrou bruscamente que estava na frente de Eunice, e com um gesto rápido, me lançou para fo
Todos ficaram um pouco apreensivos com sua ação, sem saber o que poderia acontecer no próximo segundo.Flávio instintivamente deu um passo para trás.Isaac apenas abaixou levemente os olhos, puxou uma cadeira, a posicionou, e trouxe Eunice para se sentar. Ele perguntou suavemente: - Onde você está machucada?Eunice respondeu indiferente: - Estou bem.Isaac insistiu calmamente: - Onde você está machucada?Sua pergunta tinha um tom que enviava calafrios pela espinha de quem ouvia.Sem escolha, Eunice tocou levemente seu ombro esquerdo com a mão. Embora em silêncio, seu rosto se contorceu um pouco, evidenciando sua dor. O homem que a agrediu era robusto e forte, indicando que havia usado considerável força.Isaac continuou com voz suave: - Quem fez isso?Ele falava baixo e com um tom tranquilo, mas, por alguma razão, sua voz causava arrepios. O segurança que tinha dado o soco deu um passo para trás instintivamente.Isaac manteve seu olhar no rosto do guarda por pelo menos cinco segun
Nós tínhamos acabado de sair quando encontramos Daniel vindo na nossa direção. Ao nos ver saindo, ele rapidamente me puxou e perguntou: - O que está acontecendo?- Vamos falar disso depois! Eu olhei para Eunice e perguntei baixinho: - Você está bem?- Estou... Só dói muito! - Ela segurava o ombro, fazendo careta. - Ele pegou pesado! Devia ter dado um jeito nele!Eu vi o rosto do Isaac escurecer novamente e, aproveitando o momento, empurrei Eunice levemente. - Vá! Não fique enrolando! Vão conversar direito!Nos últimos tempos, Eunice e Isaac estavam em guerra fria, mas dava para ver que ambos estavam se segurando, e isso era uma chance perfeita para a reconciliação.Benjamin, sempre atento, se aproximou rapidamente de Isaac para agradecer e se despediu de Eunice. Eunice o instruiu preocupada: - Como você está? Se machucou? Se não estiver bem, deveria ir ao hospital!Benjamin sorriu radiante. - Depois de resolver isso, estarei pela metade! Vou embora primeiro! Obrigado, Eunice!E