As palavras do recém-chegado insinuavam que estávamos intimidando a garota, o que só deu mais força à confiança do pai e da filha. Não era de se admirar que ela estivesse tão atrevida mesmo na delegacia, parecia que ela realmente tinha um bom apoio.À primeira vista, o recém-chegado não cumprimentou o pai e a filha, mantendo uma postura séria e profissional, como se estivesse ali apenas para negócios. No entanto, qualquer um poderia perceber que suas palavras não eram completamente naturais.Com essa declaração, o pai e a filha imediatamente se sentiram mais confiantes.- Que arrogância! - O pai exclamou, apontando para nós. - Eu, Flávio Rodrigues, nunca vi alguém tão atrevido, ousando tocar na minha filha. Vocês devem ter perdido o juízo. Moleque insolente, Renata escolher você é sua sorte, e você ainda tem a audácia de levantar a mão para ela!O homem avançou furiosamente em passos largos, me agarrou bruscamente que estava na frente de Eunice, e com um gesto rápido, me lançou para fo
Todos ficaram um pouco apreensivos com sua ação, sem saber o que poderia acontecer no próximo segundo.Flávio instintivamente deu um passo para trás.Isaac apenas abaixou levemente os olhos, puxou uma cadeira, a posicionou, e trouxe Eunice para se sentar. Ele perguntou suavemente: - Onde você está machucada?Eunice respondeu indiferente: - Estou bem.Isaac insistiu calmamente: - Onde você está machucada?Sua pergunta tinha um tom que enviava calafrios pela espinha de quem ouvia.Sem escolha, Eunice tocou levemente seu ombro esquerdo com a mão. Embora em silêncio, seu rosto se contorceu um pouco, evidenciando sua dor. O homem que a agrediu era robusto e forte, indicando que havia usado considerável força.Isaac continuou com voz suave: - Quem fez isso?Ele falava baixo e com um tom tranquilo, mas, por alguma razão, sua voz causava arrepios. O segurança que tinha dado o soco deu um passo para trás instintivamente.Isaac manteve seu olhar no rosto do guarda por pelo menos cinco segun
Nós tínhamos acabado de sair quando encontramos Daniel vindo na nossa direção. Ao nos ver saindo, ele rapidamente me puxou e perguntou: - O que está acontecendo?- Vamos falar disso depois! Eu olhei para Eunice e perguntei baixinho: - Você está bem?- Estou... Só dói muito! - Ela segurava o ombro, fazendo careta. - Ele pegou pesado! Devia ter dado um jeito nele!Eu vi o rosto do Isaac escurecer novamente e, aproveitando o momento, empurrei Eunice levemente. - Vá! Não fique enrolando! Vão conversar direito!Nos últimos tempos, Eunice e Isaac estavam em guerra fria, mas dava para ver que ambos estavam se segurando, e isso era uma chance perfeita para a reconciliação.Benjamin, sempre atento, se aproximou rapidamente de Isaac para agradecer e se despediu de Eunice. Eunice o instruiu preocupada: - Como você está? Se machucou? Se não estiver bem, deveria ir ao hospital!Benjamin sorriu radiante. - Depois de resolver isso, estarei pela metade! Vou embora primeiro! Obrigado, Eunice!E
Ele baixou os olhos para o meu rosto, aquele rosto incrivelmente bonito diante dos meus olhos. Eu me sentia um pouco culpada, me perguntando se eu poderia ser tão confiante quanto ele, mas realmente não tinha a sua segurança.Porém eu tinha certeza de que, se o perdesse, também conseguiria o recuperar.Seu cheiro, sua voz, o brilho frio único em seus olhos... Eu sentiria tudo isso.Ele me viu o encarando intensamente e perguntou suavemente: - No que está pensando?Eu me aproximei e o beijei nos lábios, emocionada, dizendo: - Obrigada por nunca ter desistido de me encontrar!Ele beijou minhas pálpebras. - Bobinha! O destino já decidiu que você é minha, não importa o que aconteça. Meu coração nunca mudará! - Ele falou, estendendo os dedos longos para acariciar suavemente minhas sobrancelhas. - Suas sobrancelhas não têm nenhum sinal...Ele ampliou a foto, apontando para o canto das sobrancelhas da pessoa na foto. - Aqui, veja...Ele apontou para aquele ponto, dizendo:- Só por isso, e
Depois de um tempo, ambos acalmamos nossas emoções. A partir daquele momento, ficaríamos juntos, apoiando um ao outro!Olhei para Daniel com um pouco de dúvida e perguntei: - Ela realmente pode prever um futuro tão distante? E sempre cuidou dessa garota? Quem diabos ela é? Você acha que ela pode ter alguma ligação com meus pais?Daniel balançou a cabeça. - Ela não necessariamente previu tão longe, mas é verdade que há muito tempo queria dar esse passo.- Então você quer dizer que enviar Gisele para a família Dias foi um desses passos? - Perguntei, sentindo uma crescente ansiedade.Daniel concordou com um aceno de cabeça. - Afinal, Simão e Diana deixaram marcas indeléveis. Diana tem raízes profundas e ela certamente não estaria sem medo ou desprotegida. Ela sabe que tem algo valioso em suas mãos, é o seu trunfo! Talvez seja por isso que não conseguimos descobrir a origem dessa mulher! Quanto a Gisele e a conexão com seus pais, só poderemos descobrir quando você recuperar suas memória
Devido ao fato de que Alícia não teria simplesmente sustentado ela por todos esses anos apenas por bondade, ela definitivamente queria a usar como uma arma contra Daniel.- E ela até apareceu na reunião de negócios da família Pinheiro. Foi isso que chamou a atenção deles! Até agora, não divulguei minha relação com a família Pinheiro, mas ela já está participando das atividades deles. Isso não levanta suspeitas?Daniel ponderou profundamente, com um olhar sério.- Por isso Isabela sente algo estranho! Recentemente, Giovana ainda está em contato com Isabela. Isabela quer se aproximar um pouco mais para investigar. - Compartilhei a opinião de Isabela com Daniel. - Você acha que os membros da família Pinheiro são confiáveis? Se não forem, Alícia já deve saber da minha conexão com eles. Então, por que Giovana continua manipulando as coisas e tentando atrair Isabela?- Talvez elas estejam nos mostrando uma fachada. Isso só confirma que essa pessoa é definitivamente alguém de Alícia. - Daniel
Ao ouvir isso, de repente eu entendi uma coisa: parecia que a mais esperta era mesmo a Nanda. Ela aprendeu a ser esperta depois de toda uma vida sendo enganada.- Como é possível entregar uma criança nas mãos de alguém assim? - Eu balancei a cabeça, preocupada. - Isso seria como arruinar a vida dessa criança!Involuntariamente, me lembrei do rosto daquela criança.- Não se preocupe, ouça o que tenho a dizer.Daniel se levantou, serviu um copo d'água para mim, deu um gole e continuou: - Os pais daquele homem estão vivos e bem. A situação familiar deles é razoável, ele tem uma irmã mais velha, sete anos mais velha que ele. Originalmente, entre os dois, havia também um menino, mas ele faleceu aos três anos de idade.Ouvi Daniel com atenção.- Depois veio ele. Portanto, seus pais o protegiam como a menina dos olhos, afinal ele era o único filho homem da terceira geração da família. Desde pequeno, foi mimado pelos pais, e com o tempo desenvolveu uma personalidade destemida. Sempre que se m
No entanto, desta vez eu estava confiante.O homem na foto se parecia tanto com aquele menino que poderiam ser feitos pelo mesmo molde, com a pele escura, os olhos pequenos, e assim por diante... Eu o reconheci!Olhei atentamente para o homem na foto e cobri seu rosto com a mão. Mesmo assim, balancei a cabeça. Não conseguia me lembrar onde o tinha visto!- O que houve? - Daniel perguntou ao ver minha expressão enquanto eu olhava para a foto.Eu balancei a cabeça e disse para o Daniel: - Eu acho que já vi esse homem em algum lugar... mas não consigo lembrar onde exatamente!Continuei analisando o rosto na foto.- Ah, deixa para lá! Eu desisti de pensar demais sobre isso e disse para o Daniel: - É impressionante como o filho se parece com o pai, você não viu o menino, mas ele é a cara dele! Parece que não tem como negar a paternidade!Daniel ouviu minha observação e estendeu a mão, deslizando na tela. A próxima imagem era a foto daquela criança, com um rosto grande e dois dentinhos à