Depois de ouvir as palavras da minha mãe, eu bufei friamente: - Isso não é autoritarismo, é crueldade e ignorância! Felizmente, a ajuda chegou a tempo e agora está tudo bem! Mãe, aproveitem o tempo na Ilha Bela! Assim que resolver as coisas por aqui e vocês estiverem satisfeitos, vou buscar vocês! Consolei minha mãe, afinal, lá eles não conheciam ninguém, eu tinha medo que não se acostumassem. - Agora é uma ótima oportunidade, já que Ivana ainda não começou a escola. Aproveitem ao máximo. Quando ela começar, vocês não terão mais tanto tempo livre como agora. Se precisarem de algo, me avisem!- Não se preocupe! Daniel organizou tudo muito bem. Muitas coisas foram entregues hoje cedo, já temos o suficiente para um ano! - Minha mãe parecia muito satisfeita. - O ar aqui é realmente bom, seu pai está adorando!- Que bom! Então fico mais tranquila!Nós falamos por mais um tempo, e minha mãe desligou a ligação satisfeita. Meu coração ficou mais aliviado ao ouvir o riso de Ivana, sabendo qu
Liz nos despediu na entrada do hospital. - Luiza, não vou voltar contigo. Também é hora de eu ir para casa, já se passaram quase 48 horas. - Disse ela, com um sorriso um tanto melancólico. Sim, ela também tinha uma casa para voltar, mas seria realmente um lar? Ninguém podia definir.Subi no carro com Daniel. Desde que voltamos, não dirigi meu próprio carro. Ele olhou para mim de soslaio, com um sorriso ambíguo nos olhos, e perguntou: - Vamos para a Quinta do Lago ou para a Mansão do Sul?- É claro que para a Mansão do Sul! - Respondi, um pouco envergonhada, mal conseguindo o encarar.Ele dirigiu para a Mansão do Sul, conforme meu desejo.Sem hesitação, ele também saiu do carro e me seguiu até a porta de casa. Parecia estar bastante familiarizado, tirou o casaco e entrou direto na cozinha.Segui apressadamente.- Vá descansar um pouco! Podemos fazer algo simples para comer?Ele olhou para trás.- Você vá descansar um pouco, tome um banho lá em cima! Eu cozinho.- Você conseguiu dormir
Realmente, era esse o sabor de bife que sempre gostei, mas era a primeira vez que comia este prato com ele.Ele levantou uma sobrancelha, um sorriso leve apareceu em seus lábios, e ele disse suavemente:- Adivinhei. Quando eu era criança, tinha uma amiga que adorava bife assim. Ela costumava vir à minha casa para comer!Eu olhei para ele sem entender, de repente, a imagem daquela foto que ele tirou com a verdadeira Giovana veio à minha mente.- Você está falando da Giovana de verdade? - Eu perguntei, olhando para o rosto bonito dele.Desta vez, foi a vez dele ficar surpreso. Ele levantou os olhos rapidamente para me olhar.- Como você sabe da Giovana? O que você lembrou?Seus olhos estavam claramente me examinando e isso me fez questionar, especialmente depois do que ele disse. Encarei seus olhos e perguntei imediatamente:- Por que está perguntando isso? O que significa lembrar?Assim que minhas palavras saíram da minha boca, ele imediatamente riu:- Não estou perguntando assim. Estou
Ele estava calmo, largou meu celular e me disse suavemente: - Vamos comer! Se esfriar, não fica bom!- Daniel, você... Está me escondendo algo? Claro... Talvez eu não devesse saber demais! - Perguntei a ele, tentando sondar.Ele permanecia tranquilo e disse: - Não é por medo de você saber demais, é porque talvez você não consiga lidar com tudo de uma vez. Nossa família tem suas complicações, então é melhor eu te contar aos poucos, em vez de esconder algo de propósito. Você vai saber eventualmente, mas precisa entender alguns antecedentes primeiro! Para poder aceitar mais!Sua explicação fazia sentido e deixou meu coração contente.- Você... Não fica bravo comigo por investigar sobre você? - Olhei para Daniel e perguntei. - Na verdade, eu realmente não quis!- Não, pelo contrário, você investigou bem! Isso mostra que você está tentando me entender ativamente, o que é bom. Isso mostra que você me ama, se preocupa comigo! Ele foi direto ao ponto, com um tom de brincadeira, e eu instant
O toque da campainha foi tão intenso que me assustou. Num sobressalto, me apressei a me vestir e descer as escadas. Daniel também acordou, olhando para mim, e eu o sinalizei: - Dorme mais um pouco!Descia as escadas apressadamente, pensando: "Quem será? Logo de manhã cedo, estava tocando a campainha de forma tão desenfreada?" Essa ação inevitavelmente me deixava nervosa, esperando que nada de ruim acontecesse.Através do olho mágico, avistei o visitante inesperado, Nanda. Instantaneamente, compreendi a situação.Depois de ponderar por um momento, destranquei a porta e abrir. Nanda chegou à minha frente num piscar de olhos, olhando para mim com raiva, e me empurrou para o lado, entrando na casa.A observando entrar furiosa, não pude deixar de balançar a cabeça, impotente. Assim que ela entrou, começou a falar alto: - Luiza, você é realmente dissimulada. Me prometeu que eu poderia ver a Ivana, mas em um piscar de olhos, isso não é mais possível. O que você quer dizer com isso? De qua
Naquele dia, Ivana, sempre atrevida, perguntou diretamente: "Você ainda está incomodando minha mãe?" Acho difícil que ela esquecesse isso tão cedo.E de fato, o rosto de Nanda empalideceu um pouco, engolindo em seco.- Além disso, por favor, pare de mencionar que esta casa pertence à sua família Barreto toda vez que me vê. Qual é a situação da sua família Barreto? Não precisa me lembrar toda vez que nos encontramos. Se não fosse por mim, vocês nem saberiam onde estariam morando agora. Não tomar posse da sua casa já é um favor que fiz! Se queremos nos dar bem, você ainda é a avó de Ivana. Se você continuar intimidando aqui, não me culpe por não te dar mais nenhuma consideração!Eu a encarava intensamente, de repente percebendo uma verdade: lamentar sua desgraça, mas evitar conflitos, era característico de pessoas como Nanda.Quando ela era minha sogra, ela precisava admitir que meu respeito por ela a tornava tão nobre, mas agora ela estava se rebaixando.Nanda me olhou com olhos opacos,
A expressão dela apertou meu coração. Olhei para ela com preocupação e perguntei: - O que você está sentindo de mal?- Meu corpo não está bem, sempre dói, não consigo dormir. - Disse ela, olhando para mim com um ar perdido, a voz fraca, contendo a dor. - Dói tanto...- Onde dói? - Meus olhos se estreitaram, apressados em perguntar.- Aqui dentro! - Ela apontou para o próprio abdômen, passando a mão sobre ele.- Você não falou com o Vitor? - Continuei perguntando, me sentindo um pouco inquieta. De fato, Nanda estava muito mais magra do que antes.- Ele está ocupado! - Nanda falou com um tom sem forças, um tanto insincero.- Há quanto tempo? - Eu continuei perguntando.- Não faz diferença, só não consigo dormir, só penso na Ivana. Eu não posso ver ela, eu... Eu não aceito, tenho medo de não ter muito tempo no futuro! - Seus lábios tremiam intensamente.Meu coração de repente se apertou, olhei seriamente para o rosto pálido dela, sem saber o que dizer. Após um momento, disse a ela: - S
Fiquei chocada. Câncer de fígado? E em estágio avançado!?Essas palavras fizeram minha mão gelar instantaneamente. Como poderia isso acontecer? Eu estava preocupada que ela estivesse doente, mas não esperava que fosse algo tão sério. Como eu iria lhe dizer isso?Fiquei sentada lá, atordoada, ouvindo o médico falar sobre o plano de tratamento para mim, mas ele acabou balançando a cabeça e suspirando, dizendo que não havia muita esperança.Embora eu já não fosse mais parente da Nanda, ela continuava sendo a avó da Ivana. Na família Barreto, a última pessoa que cuidaria da Ivana com carinho não tinha muito tempo. Meu coração ainda se apertava um pouco.Tudo o que eu via era Ivana aninhada em seus braços, abraçando seu pescoço.Afinal, vivemos juntas por muitos anos, não importava como ela tinha sido comigo, essas memórias de convivência ainda eram boas e inesquecíveis.Não sabia como tinha saído do consultório médico. Se não fosse Nanda me ver saindo e me chamar, teria esquecido que ela a