Eu fiquei olhando para a porta atordoada, um pouco confusa. Não sabia se o que tinha acontecido era um sonho ou realidade.Liz entrou apressadamente com uma sacola de compras. - Você está com fome, certo? Comprei comida para você. Coma algo logo! Você dormiu por muito tempo!Sonolenta, perguntei a ela: - Alguém veio aqui agora?Ela olhou para mim. - Você está sonolenta, não está? Você estava dormindo o tempo todo. Ninguém veio aqui. Você estava dormindo tão profundamente que nem fechei a porta quando saí para comprar comida para você, com medo de que você acordasse com fome!Fechei os olhos por um momento, percebendo que realmente estava sonolenta. Se alguém tivesse que vir, já teriam vindo. Quem mais poderia ser? Por quem eu estava esperando?Sorri ironicamente e suspirei silenciosamente. Então, me esforcei para me sentar, peguei a toalha que Liz me ofereceu para limpar minhas mãos e disse meio sem jeito: - Realmente dormi muito. Estava exausta!Liz puxou a mesinha ao lado da cama
Eu não me deixei ser afetada, não estava muito disposta a acreditar que aquilo fosse obra do Daniel. Depois do jantar, entrei novamente em estado de sono profundo, desta vez dormi realmente pesado, até a manhã seguinte, nem sequer sabia quem tinha vindo ontem à noite.Mais tarde, quando Hugo foi me visitar, ele me disse que os seguranças foram enviados por Raul. Isso me deixou um pouco aliviada. Lidando com os fatos, se a Belov e o Raul estivessem na mesma página, eu preferiria aceitar este último, porque para mim, a dívida de Raul era mais fácil de pagar.Fiquei no hospital por duas semanas. A polícia concluiu a investigação sobre todo o incidente, como eu esperava, sem grandes consequências, encontraram um bode expiatório. Claro que não fiquei satisfeita com esse resultado, mas não podia fazer nada, afinal, o caso estava perfeito demais, não havia falhas em nenhum lugar. No entanto, como pessoa diretamente envolvida, eu sabia exatamente o que estava acontecendo durante esses dias
Ângela me viu rir sem motivo aparente e perguntou, irritada: - Por que você está rindo?- Estou rindo de como você é narcisista, sempre preocupada consigo mesma. Me deixe aconselhar você a prestar atenção aos outros também. Quanto ao incidente no terraço, não preciso explicar muito. O que foi dito na entrevista coletiva da polícia naquele dia foi bem claro. Se você não entendeu, sugiro que leia novamente as reportagens com atenção! Quanto à minha atitude em relação ao Daniel, gostaria de perguntar, qual é a atitude dele em relação a você?Eu fiz essa pergunta de propósito, sabia que Ângela não iria gostar. Eu estava certa de que ela pensaria que eu estava tentando a investigar.Ela ouviu minha pergunta e seus olhos se estreitaram de repente. Ela balançou a cabeça levemente e disse: - Isso é algo entre nós. Estou apenas tentando entender o que você pensa! Não mude de assunto, não adianta tentar disfarçar.Eu me sentei e olhei para o rosto dela, sentindo uma grande pena. Como alguém tã
Essa ideia, assim que surgiu na minha mente, foi prontamente reprimida por mim. Eu imediatamente descartei essa ideia. Eu não conseguia lidar com ele na minha frente, levando Ângela embora. Eu me adverti a esquecer todas aquelas memórias de carinho e intimidade... Nada disso se comparava à indiferença dele naquela noite. Era ridículo, ele dizia que me amava, mas nem uma vez perguntou se eu estava ferida, simplesmente saiu calmamente com outra mulher. Eu não podia ser tão insensível como ele.- Você ainda não acha que este incidente deixa algo claro? Você permitiu que seus fãs me machucassem, e depois de a verdade vir à tona, você jogou a culpa em mim. Pense bem, seus comentários resultaram em algum dano para os outros? - Eu continuei a pressionar, aproveitando a oportunidade. - Você acha que o desabamento repentino da decoração foi apenas para mim? Imagine se naquele dia eu não tivesse te puxado. Quem teria se machucado então? Poderia ser você deitada nesta cama, não eu!Eu vi claram
Após terminar as palavras, eu fechei os olhos. Eu não queria o ver. Ouvi uma voz profunda dizendo a Ângela: - Você sai primeiro. Eu tenho algo para conversar com a Sra. Luiza!- Está bem! - Ângela respondeu, então o som dos saltos altos batendo ritmadamente no chão foi ouvido enquanto ela se afastava.No segundo seguinte, senti que aquele olhar estava se aproximando de mim cada vez mais. Eu parecia conseguir sentir a respiração dele.- Seu pé... Está tudo bem?Eu não abri os olhos, apenas respondi com a voz fria:- Eu não sei o que é estar bem.- Ainda dói?Sua voz era suave e rouca, então sua mão se estendeu em direção ao meu pé.- Não me toque. Tire suas mãos sujas de mim! - Eu me levantei abruptamente, o encarando furiosa, com os olhos fixos em seu rosto demoníaco. - Tire ela daqui. Por favor, a ensine a não ser tão estúpida! Pare de me incomodar. Na verdade, prefiro que meu pé doa do que ver vocês dois!Sua mão parou no ar, os dedos se movendo levemente. Em seus olhos estreitos e
Enquanto me preparava para sair do saguão do hospital, fiquei surpresa ao ver Joyce entrando com o bebê nos braços. Ao seu lado estava uma mulher excessivamente maquiada a acompanhando, Bruna, claramente a mãe recém-reconhecida de Joyce.Meus olhos percorreram seu corpo, constatando que Bruna havia realmente voltado para perto de Joyce. Eu não podia deixar de suspirar, afinal, nada como uma mãe de verdade! Nanda estava prestes a sofrer agora. Originalmente, eu estava pensando em agir como se não tivesse visto nada, mas, infelizmente, Joyce já tinha me visto.- Luiza!Ela imediatamente me chamou com raiva e veio rapidamente na minha direção, como se estivesse encontrando um inimigo. Desde a última vez que nos encontramos até agora, já tinha se passado mais de um mês. Eu sabia que Bruna tinha sido hospitalizada por causa de uma surra de Vitor, mas parecia que ela estava se recuperando.Parei e olhei para ela, já sem paciência para lidar com qualquer atitude dela, e perguntei calmament
As ações de Bruna deixaram as pessoas ao redor, que estavam paradas observando a confusão, assustadas. Afinal, ela ainda segurava o bebê nos braços, sua atitude descuidada fez com que todos sentissem um calafrio de nervosismo.O bebê parecia ter uma resistência incrível, pois não chorava apesar de todo o barulho, apenas fazia beicinho.Enquanto isso, Joyce, ao seu lado, não fez nada para impedir sua mãe e apenas observou a cena com uma expressão de satisfação.Ao ver isso, Mateus rapidamente me puxou para trás dele e gritou com raiva: - Como se atrevem?Seu grito assustador fez Bruna e sua filha pararem imediatamente. Bruna imediatamente parou no lugar, segurando o bebê com uma mão e parecendo prestes a arranhar com a outra.Alguém que observava a cena comentou: - Que loucura! Ficar louca enquanto segura um bebê!- As amantes estão tão ousadas hoje em dia?- Parece que essas duas não são pessoas sérias. Que bagunça! Não dão um bom exemplo para a criança!Ao ouvir essas palavras, Joyc
Depois de bloquear o golpe de Bruna, talvez devido à sua força excessiva, meu movimento fez com que seu corpo girasse descontroladamente por um momento, e o bebê que ela segurava com uma mão escapou voando... As pessoas ao redor soltaram um grito de surpresa: - Ai, meu Deus... O bebê!Eu vi tudo claramente. Quando vi o bebê caindo, agi instintivamente, estendendo a mão. Eu estava tão preocupada que nem pensei se seria capaz de me manter em pé, meu único pensamento era pegar o bebê. No momento em que agarrei o bebê, me forcei a torcer o corpo para o proteger. Acabei batendo com força no chão, um som abafado ecoou quando minha cabeça bateu no chão, vi estrelas e senti uma dor intensa no braço.Segurei firmemente o bebê contra o peito, sentindo dor por todo o corpo. Tudo aconteceu tão rápido que mal pude reagir.Eu ouvi um grito de surpresa tardio de Joyce ao meu lado:- Meu filho! Meu filho!- Luiza! - Mateus foi o primeiro a se ajoelhar diante de mim. - Luiza...Foi só então que o be