Liz também lançou um olhar na direção dela, na verdade, ambas entendíamos tacitamente que essa situação não podia ser resolvida tão fácil.Eunice permanecia com a cabeça baixa enquanto Liz suspirava e dizia: - Daniel, pelo menos, é um empresário legítimo em locais visíveis, mas Isaac é realmente imprevisível, Eunice, não estou tentando te assustar!Inesperadamente, logo após Liz terminar de falar, Eunice ergueu a cabeça, com um leve sorriso nos lábios, e disse sem rodeios: - Eu sei! Eu soube desde o primeiro dia que o conheci!- Luiza... Você viu, certo? Está feito... Ela está realmente feita, sem salvação! - Liz ficou tão irritada com a calma aparente de Eunice que começou a falar de forma incoerente. - Uma tempestade após a outra, Luiza ainda não resolveu a dela, e você já está arranjando confusão!- O que você quer dizer com eu causando confusão!? Na verdade, é a confusão que está me causando! - Eunice retrucou, desafiadora. - Isso é algo que não podemos mudar!- Pare com isso! "N
Com dificuldade, entrei em meu quarto e me sentei na cama, olhando fixamente pela janela, ouvindo os sons sutis lá fora. Porém, o carro ainda não havia saído, o que me deixou desapontada. Gradualmente, meu coração começou a esfriar.Na manhã da coletiva de imprensa, Mateus veio cedo me buscar, provavelmente para me acalmar. Ele me confortou: - Tudo está pronto, você não precisa se preocupar!Meus pais queriam ir comigo, mas Mateus e eu recusamos firmemente e os deixamos em casa.Na verdade, tinha me sentido um pouco inquieta. Não sabia por que, mas tinha um pressentimento de que não seria tão fácil.Partimos para a empresa antecipadamente, afinal, a coletiva de imprensa estava marcada no salão do primeiro andar do Mansão Kam Fai, e já havíamos feito os arranjos com a administração do prédio. Para não interferir no trabalho normal das empresas nos outros andares, evitávamos o horário de expediente regular.No entanto, ao chegarmos ao prédio, descobrimos que estávamos enganados. Toda
Presa dentro do carro, segurei desesperadamente o banco do motorista para manter o equilíbrio e evitar cair. Um desespero sem fim me atingiu. No momento em que o carro estava prestes a capotar, ele subitamente voltou à sua posição original com um estrondo, o retorno repentino e vibrante me fez sentir uma dor aguda nos pés, uma dor lancinante que me fez ver estrelas, zumbidos nos ouvidos, respirei fundo, instintivamente abraçando minhas pernas. Não sabia o que aconteceria no próximo segundo? Só tinha um pensamento, não queria morrer dentro do carro.Ouvi alguém gritando loucamente: - Luiza! Parem todos vocês. Luiza!Naquele momento, soube que era a voz de Mateus, desesperadamente gritei: - Não volte! Vá embora!Nesse momento, senti que havia caos lá fora, como se duas gangues estivessem brigando, o carro estava sendo constantemente sacudido, mas não estava mais capotando. Protegendo minhas pernas, me encolhi em um canto, rezando para que essa tragédia terminasse logo. Objetos pesa
A coletiva de imprensa foi realmente única, originalmente era apenas uma conferência de esclarecimento sobre o incidente, para explicar a verdade sobre o incidente da festa. No entanto, após a intervenção direta da polícia, parecia mais uma audiência pública, desvendando os detalhes camada por camada. O que me surpreendeu foi que até a Belov enviou uma equipe de relações públicas para dar uma explicação detalhada sobre todo o incidente, apresentando evidências audiovisuais válidas que recriaram todo o ocorrido na noite da festa. Nas filmagens de segurança, se podia claramente ver como fui notificada pelo garçom para ir ao terraço e como o mesmo garçom notificou Ângela, também se exibiram o que aconteceu no terraço, incluindo o momento do desabamento do cenário, quando corri para salvar Ângela... Tudo estava vívido em minha mente. Surpreendentemente, eles também apresentaram os resultados da inspeção do cenário, claramente mostrando que alguém havia interferido. A Belov afirmou que
Eu fiquei olhando para a porta atordoada, um pouco confusa. Não sabia se o que tinha acontecido era um sonho ou realidade.Liz entrou apressadamente com uma sacola de compras. - Você está com fome, certo? Comprei comida para você. Coma algo logo! Você dormiu por muito tempo!Sonolenta, perguntei a ela: - Alguém veio aqui agora?Ela olhou para mim. - Você está sonolenta, não está? Você estava dormindo o tempo todo. Ninguém veio aqui. Você estava dormindo tão profundamente que nem fechei a porta quando saí para comprar comida para você, com medo de que você acordasse com fome!Fechei os olhos por um momento, percebendo que realmente estava sonolenta. Se alguém tivesse que vir, já teriam vindo. Quem mais poderia ser? Por quem eu estava esperando?Sorri ironicamente e suspirei silenciosamente. Então, me esforcei para me sentar, peguei a toalha que Liz me ofereceu para limpar minhas mãos e disse meio sem jeito: - Realmente dormi muito. Estava exausta!Liz puxou a mesinha ao lado da cama
Eu não me deixei ser afetada, não estava muito disposta a acreditar que aquilo fosse obra do Daniel. Depois do jantar, entrei novamente em estado de sono profundo, desta vez dormi realmente pesado, até a manhã seguinte, nem sequer sabia quem tinha vindo ontem à noite.Mais tarde, quando Hugo foi me visitar, ele me disse que os seguranças foram enviados por Raul. Isso me deixou um pouco aliviada. Lidando com os fatos, se a Belov e o Raul estivessem na mesma página, eu preferiria aceitar este último, porque para mim, a dívida de Raul era mais fácil de pagar.Fiquei no hospital por duas semanas. A polícia concluiu a investigação sobre todo o incidente, como eu esperava, sem grandes consequências, encontraram um bode expiatório. Claro que não fiquei satisfeita com esse resultado, mas não podia fazer nada, afinal, o caso estava perfeito demais, não havia falhas em nenhum lugar. No entanto, como pessoa diretamente envolvida, eu sabia exatamente o que estava acontecendo durante esses dias
Ângela me viu rir sem motivo aparente e perguntou, irritada: - Por que você está rindo?- Estou rindo de como você é narcisista, sempre preocupada consigo mesma. Me deixe aconselhar você a prestar atenção aos outros também. Quanto ao incidente no terraço, não preciso explicar muito. O que foi dito na entrevista coletiva da polícia naquele dia foi bem claro. Se você não entendeu, sugiro que leia novamente as reportagens com atenção! Quanto à minha atitude em relação ao Daniel, gostaria de perguntar, qual é a atitude dele em relação a você?Eu fiz essa pergunta de propósito, sabia que Ângela não iria gostar. Eu estava certa de que ela pensaria que eu estava tentando a investigar.Ela ouviu minha pergunta e seus olhos se estreitaram de repente. Ela balançou a cabeça levemente e disse: - Isso é algo entre nós. Estou apenas tentando entender o que você pensa! Não mude de assunto, não adianta tentar disfarçar.Eu me sentei e olhei para o rosto dela, sentindo uma grande pena. Como alguém tã
Essa ideia, assim que surgiu na minha mente, foi prontamente reprimida por mim. Eu imediatamente descartei essa ideia. Eu não conseguia lidar com ele na minha frente, levando Ângela embora. Eu me adverti a esquecer todas aquelas memórias de carinho e intimidade... Nada disso se comparava à indiferença dele naquela noite. Era ridículo, ele dizia que me amava, mas nem uma vez perguntou se eu estava ferida, simplesmente saiu calmamente com outra mulher. Eu não podia ser tão insensível como ele.- Você ainda não acha que este incidente deixa algo claro? Você permitiu que seus fãs me machucassem, e depois de a verdade vir à tona, você jogou a culpa em mim. Pense bem, seus comentários resultaram em algum dano para os outros? - Eu continuei a pressionar, aproveitando a oportunidade. - Você acha que o desabamento repentino da decoração foi apenas para mim? Imagine se naquele dia eu não tivesse te puxado. Quem teria se machucado então? Poderia ser você deitada nesta cama, não eu!Eu vi claram