As minhas palavras fizeram os olhos de Liz se estreitarem, olhando para mim e perguntando: - Você realmente tem um plano? Não se esqueça de me deixar assistir ao espetáculo quando chegar a hora!- Com certeza! - Respondi, cheia de orgulho.De volta ao térreo do prédio da empresa, Liz partiu com o seu carro. Olhei para o relógio e percebi que ainda faltava muito para o fim do expediente. Ri de mim mesma interiormente, como uma jovem ansiosa pelo primeiro amor. Surpreendentemente, aquele sentimento era como se não nos víssemos há uma eternidade. Por mais que eu estivesse ansiosa, teria que esperar pelo momento certo, então subi as escadas. O tempo de espera parecia interminável, um verdadeiro suplício. Durante toda a tarde, fiquei inquieta, já que não havia nada para fazer no trabalho e só podia esperar pelo tempo passar. Finalmente, chegou a hora de sair. Arrumei as minhas coisas e saí, radiante. Mal podia esperar para chegar à Quinta do Lago. O carro tinha um aroma agradável, que
Ao meu redor, um caos indescritível ecoava em meus ouvidos, tumultuoso e confuso. Sentia dores lancinantes por todo o corpo, uma intensa trepidação, o impacto violento do caminhão que se aproximava, me comprimindo contra os objetos brancos ao meu redor. Era uma mistura sufocante de cheiros, desde o odor picante da água sanitária até o agudo som dos freios e do telefone tocando. Num grito surpreso, exclamei: - Ah!- Acordou! Ela acordou!Respirei pesadamente, sentindo como se o branco ao meu redor estivesse me sufocando.- Luiza, você está bem? Luiza...Segui a voz até encontrar o olhar preocupado e o rosto distorcido pelo choro da minha mãe, com Liz segurando seu braço e meu pai com os olhos vermelhos ao fundo.- Mãe...- Como você está se sentindo, Luiza? Você está me ouvindo? Era a voz de Eunice.Virei lentamente a cabeça na direção dela, seu rosto cheio de terror, junto com Hugo e outros parentes.- Eu não morri? - Perguntei, na verdade não era uma pergunta, era uma tentativa de p
Jacó se virou e saiu rapidamente do quarto, desaparecendo em um instante. Os médicos deram algumas instruções de observação e me pediram para descansar bem, avisando para informar imediatamente a equipe médica se algo não estivesse bem, então deixaram o quarto.Minha cabeça ainda estava confusa e meu corpo doía em todos os lugares. Ivana se ajoelhou ao meu lado, parecendo prestes a me abraçar, mas foi segurada por Amanda, que a acalmou: - Querida, não toque na mamãe, vai doer!- Mãe, pai, voltem para casa! Estou com vontade de comer o macarrão cozinhado pela minha mãe. - Eu disse suavemente. - Mateus, leve meus pais para casa. Se eu estiver bem amanhã, volto para casa!Mateus olhou para mim, ele sempre ficava observando de longe, sem dizer nada, mas seus olhos estavam fixos em mim, cheios de preocupação. Assim que ouviu minha sugestão, ele disse imediatamente: - Certo, vamos para casa fazer o macarrão para você! Mais tarde, eu te trago!- Ok! - Eu sorri para ele. - Estou bem!Mateu
Fiquei um pouco atordoada com o que ela disse.- O carro ficou completamente destruído. Os airbags foram todos acionados e isso te protegeu. Ainda bem que o caminhão bateu na traseira do seu carro, você escapou por um triz! - Liz continuou. - Se fosse mais... Um pouco, seria terrível! É de arrepiar!Enquanto Liz descrevia, eu me lembrava do esforço final que fiz. Se fosse verdade o que os médicos disseram, se eu tivesse demorado um pouco mais, teria perdido completamente a mobilidade dos membros. Eu provavelmente nunca mais veria minha família. Mais tarde, quando vi as fotos do acidente nos relatórios, fiquei realmente chocada. Depois, eu tinha que admitir, tive que admirar a compostura de Giovana, porque dois dias depois, ela apareceu no meu quarto de hospital. Naquele momento, minha mãe e Liz estavam comigo no quarto. Giovana estava acompanhada de um segurança, carregando um grande buquê de flores e uma cesta de frutas. Ela entrou sem hesitar, devia dizer, fiquei realmente surp
Fiquei um pouco surpresa com isso, olhando para Daniel entrando com o rosto sério. Parecia que ele não estava surpreso ao ver Giovana ali. Giovana estava sentada à beira da minha cama de costas para a porta, mas se virou ao ouvir os passos de alguém entrando. Ao ver Daniel, ela claramente ficou surpresa.- Dani, você veio? Então ela se levantou rapidamente, sorrindo delicadamente, ficou ao lado de Daniel e segurou o braço dele, dizendo:- Eu vim ver a Luiza, por que você não me disse antes o quão grave isso foi?Daniel olhou para ela sem expressão, olhando para o rosto delicado dela e apenas esboçou um sorriso. - Aqui não é um lugar adequado para você ficar por muito tempo. Jacó, leve Giovana de volta!Ao ouvir as palavras de Daniel, os olhos de Giovana se estreitaram ligeiramente. Talvez não esperasse que ele falava com essa atitude com ela frente de todos nós. Ela imediatamente começou a agir meio manhosa, dizendo: - Dani, eu só cheguei agora! Eu queria estar com você...- Jacó!
Ao ver minha mãe e Liz saindo juntas, Daniel se aproximou lentamente e se sentou calmamente na cadeira ao lado da minha cama, olhando para mim com uma expressão serena, como se estivesse pensando em como se comunicar comigo. Eu estava me sentindo muito injustiçada. Em algum canto do meu coração, havia escuridão e luz coexistindo. Ver Giovana ainda radiante e agindo como se nada tivesse acontecido ao se aproximar de mim, me desafiando descaradamente, não era confortável para ninguém. Na verdade, eu me sentia muito desconfortável. Desde o dia em que ela entrou no meu campo de visão, ela vinha fazendo coisas às escondidas contra mim. Agora, pensando nisso, mesmo quando nos sentamos juntas para comer pela primeira vez, ela tinha um propósito. Como poderia acalmar minhas emoções? Além disso, eu sentia que estava sendo manipulada, e isso podia estar relacionado a ela. Caso contrário, com Daniel investigando, eu não teria sido deixada sem resposta.Nesse momento, Daniel se sentou, estendeu
Eu olhei para ele, a incerteza brilhava em meus olhos, como se tivesse sido exposta.- Algum problema? - Ele perguntou diretamente, com um tom desafiador.- Ângela também está indo para o País J, tem algo a ver com você? - Perguntei, meio envergonhada e com as bochechas coradas.Um sorriso leve apareceu nos cantos da boca dele, perguntando: - Algum problema com isso?- É verdade?Eu arregalei os olhos, expressando descontentamento e fazendo um bico.- É apenas um boato, usado para fazer com que ela coopere! - Ele riu maliciosamente, olhando para mim com confiança, como se estivesse seguro do que dizia. - Você está com ciúmes agora? Quer dizer, você já está apaixonada por mim, certo?Antes que eu pudesse responder, Eunice entrou de repente, os vendo assim, se virou constrangida e saiu. Eu a chamei de volta com um grito.- Ei! Você já entrou, por que está saindo?Ela voltou com um sorriso envergonhado, dizendo:- Não queria incomodar vocês!Daniel se levantou abruptamente e disse para m
Eu olhei para ela com aquele jeito, quase rindo alto, e perguntei indiferente: - Entendi! Mais alguma coisa?Ela talvez não esperasse essa atitude minha, ficou um pouco surpresa e me olhou com desconfiança, perguntando: - Você não quer perguntar com quem eu vou?- Com quem você vai não faz muita diferença para mim! Não serve de nada eu perguntar? Não estou interessada! Além do mais, nossos campos são diferentes, eu não entendo o seu trabalho. Que tal você procurar a Eunice? Acho que você deveria falar com ela!Eu estava completamente indiferente, e minha atitude deixou claro que achei a conversa dela um pouco chata.- Vou com Daniel, o que você acha?Ela me olhou desafiadoramente, com a postura de quem venceu.- Sério? Seu namorado, como você disse? - Eu continuei agindo com tranquilidade. - Eu não vejo problema, mas acho que você deveria conversar com a prima dele, talvez ela esteja interessada! Não caia em armadilhas! Ângela, considerando que somos vizinhas, deixo esse conselho par