Fiquei um pouco atordoada com o que ela disse.- O carro ficou completamente destruído. Os airbags foram todos acionados e isso te protegeu. Ainda bem que o caminhão bateu na traseira do seu carro, você escapou por um triz! - Liz continuou. - Se fosse mais... Um pouco, seria terrível! É de arrepiar!Enquanto Liz descrevia, eu me lembrava do esforço final que fiz. Se fosse verdade o que os médicos disseram, se eu tivesse demorado um pouco mais, teria perdido completamente a mobilidade dos membros. Eu provavelmente nunca mais veria minha família. Mais tarde, quando vi as fotos do acidente nos relatórios, fiquei realmente chocada. Depois, eu tinha que admitir, tive que admirar a compostura de Giovana, porque dois dias depois, ela apareceu no meu quarto de hospital. Naquele momento, minha mãe e Liz estavam comigo no quarto. Giovana estava acompanhada de um segurança, carregando um grande buquê de flores e uma cesta de frutas. Ela entrou sem hesitar, devia dizer, fiquei realmente surp
Fiquei um pouco surpresa com isso, olhando para Daniel entrando com o rosto sério. Parecia que ele não estava surpreso ao ver Giovana ali. Giovana estava sentada à beira da minha cama de costas para a porta, mas se virou ao ouvir os passos de alguém entrando. Ao ver Daniel, ela claramente ficou surpresa.- Dani, você veio? Então ela se levantou rapidamente, sorrindo delicadamente, ficou ao lado de Daniel e segurou o braço dele, dizendo:- Eu vim ver a Luiza, por que você não me disse antes o quão grave isso foi?Daniel olhou para ela sem expressão, olhando para o rosto delicado dela e apenas esboçou um sorriso. - Aqui não é um lugar adequado para você ficar por muito tempo. Jacó, leve Giovana de volta!Ao ouvir as palavras de Daniel, os olhos de Giovana se estreitaram ligeiramente. Talvez não esperasse que ele falava com essa atitude com ela frente de todos nós. Ela imediatamente começou a agir meio manhosa, dizendo: - Dani, eu só cheguei agora! Eu queria estar com você...- Jacó!
Ao ver minha mãe e Liz saindo juntas, Daniel se aproximou lentamente e se sentou calmamente na cadeira ao lado da minha cama, olhando para mim com uma expressão serena, como se estivesse pensando em como se comunicar comigo. Eu estava me sentindo muito injustiçada. Em algum canto do meu coração, havia escuridão e luz coexistindo. Ver Giovana ainda radiante e agindo como se nada tivesse acontecido ao se aproximar de mim, me desafiando descaradamente, não era confortável para ninguém. Na verdade, eu me sentia muito desconfortável. Desde o dia em que ela entrou no meu campo de visão, ela vinha fazendo coisas às escondidas contra mim. Agora, pensando nisso, mesmo quando nos sentamos juntas para comer pela primeira vez, ela tinha um propósito. Como poderia acalmar minhas emoções? Além disso, eu sentia que estava sendo manipulada, e isso podia estar relacionado a ela. Caso contrário, com Daniel investigando, eu não teria sido deixada sem resposta.Nesse momento, Daniel se sentou, estendeu
Eu olhei para ele, a incerteza brilhava em meus olhos, como se tivesse sido exposta.- Algum problema? - Ele perguntou diretamente, com um tom desafiador.- Ângela também está indo para o País J, tem algo a ver com você? - Perguntei, meio envergonhada e com as bochechas coradas.Um sorriso leve apareceu nos cantos da boca dele, perguntando: - Algum problema com isso?- É verdade?Eu arregalei os olhos, expressando descontentamento e fazendo um bico.- É apenas um boato, usado para fazer com que ela coopere! - Ele riu maliciosamente, olhando para mim com confiança, como se estivesse seguro do que dizia. - Você está com ciúmes agora? Quer dizer, você já está apaixonada por mim, certo?Antes que eu pudesse responder, Eunice entrou de repente, os vendo assim, se virou constrangida e saiu. Eu a chamei de volta com um grito.- Ei! Você já entrou, por que está saindo?Ela voltou com um sorriso envergonhado, dizendo:- Não queria incomodar vocês!Daniel se levantou abruptamente e disse para m
Eu olhei para ela com aquele jeito, quase rindo alto, e perguntei indiferente: - Entendi! Mais alguma coisa?Ela talvez não esperasse essa atitude minha, ficou um pouco surpresa e me olhou com desconfiança, perguntando: - Você não quer perguntar com quem eu vou?- Com quem você vai não faz muita diferença para mim! Não serve de nada eu perguntar? Não estou interessada! Além do mais, nossos campos são diferentes, eu não entendo o seu trabalho. Que tal você procurar a Eunice? Acho que você deveria falar com ela!Eu estava completamente indiferente, e minha atitude deixou claro que achei a conversa dela um pouco chata.- Vou com Daniel, o que você acha?Ela me olhou desafiadoramente, com a postura de quem venceu.- Sério? Seu namorado, como você disse? - Eu continuei agindo com tranquilidade. - Eu não vejo problema, mas acho que você deveria conversar com a prima dele, talvez ela esteja interessada! Não caia em armadilhas! Ângela, considerando que somos vizinhas, deixo esse conselho par
Eu observava a expressão da minha mãe e tinha a vaga sensação de que havia algo ali.- Mãe, você já teve momentos assim? Em que não consegue se lembrar das coisas do passado? - Eu franzia a testa, pensando profundamente. - Eu não consigo me lembrar das coisas da minha infância, todo mundo fala sobre como era quando era criança, mas eu não sei de nada.- Como assim? Na infância, não havia nada de diferente. Na época, morávamos no Condomínio Pituba, éramos todos colegas, um grupo de crianças, nada diferente. Ela repetia para mim, dizendo para esquecer e que não era nada.Eu percebi que ela não queria mais tocar no assunto.Justo naquele momento, meu telefone tocou e vi que era Daniel ligando. Me levantei para atender. - Por que você está ligando tão tarde?- Sabe o que é? Você pode sair? Estou no Starlight International!Sua voz era sedutora, e meu coração instantaneamente acelerou. Era difícil recusar. Olhei para minha mãe de propósito e disse em voz alta: - Estou indo agora, espere
- Está dizendo que vai arrasar com ela? - Fiquei surpresa, olhando para Daniel.Ele baixou os olhos para mim por um momento, estendendo a mão para tocar no meu nariz. - Minha pequena é mesmo inteligente!- Não tem medo de ela realmente se juntar ao Raul e não voltar a conseguir apoio para a presidência da empresa? - Perguntei, sondando.Ele abanou a cabeça. - Acha que o Raul é tão fácil de se aliar com os outros?Daniel estava certo com essa afirmação. Raul era definitivamente um velho raposo, astuto tanto por fora quanto por dentro.Ele bateu no meu rosto e avisou: - Se eu não atender a chamada, me mande um e-mail! Posso ver a qualquer momento. Desta vez, estou agindo por conta própria. Portanto, não vou ser controlado por ela.Eu realmente estava a começar a sentir falta dele. Eu não ousava imaginar o que faria se não pudesse o ver.- Se o Raul começar a agir, se lembre de uma coisa: lutar pelo maior benefício possível. Não se ligue ao Raul, ele também não vai se ligar a você, o ú
Depois de sair do escritório do Advogado Abílio e garantir que o contrato não apresentava problemas, me senti muito mais tranquila. Tudo precisava ser minuciosamente considerado, não podia haver descuidos. Esses dois astutos personagens se enfrentando certamente afetariam as pessoas ao redor deles, então eu precisava me precaver, afinal, já havia sido arrastada para dentro desse círculo.Ao retornar para a empresa, mal entrei no saguão quando avistei algumas pessoas se aglomerando em torno da grande tela na parede, assistindo às notícias em tempo real. Eles não paravam de expressar surpresa, mais uma vez, a tela mostrava um acidente de carro, com ambulâncias e caminhões de bombeiros chegando ao local. Eu apenas lancei um olhar distraído e continuei em direção à catraca, não querendo me envolver nesse tumulto, pois isso só traria sombras à minha mente.- Ouvi dizer que é o presidente da Belov.- Parece muito grave...Minha cabeça de repente começou a girar, o presidente da Belov? Ins