Beijos imaturos e desordenados.

Bryan abriu os olhos e viu a mulher à sua frente, se aproximando para beijá-lo. Eles estavam muito perto.

Ele podia ver claramente seus cílios longos e grossos, tremendo levemente.

Ela também estava nervosa, com medo.

Algo parecia fazer cócegas no fundo de seu coração.

Bryan franziu um pouco o cenho e virou a mão, segurando a cintura dela, aprofundando o beijo.

...

Calor...

Seu corpo parecia estar flutuando em um barco, subindo e descendo com as ondas.

Vanessa segurava o assento de couro com as pontas dos dedos, inclinando a cabeça para trás, recebendo os beijos intensos do homem.

O ambiente abafado do carro estava se enchendo de uma atmosfera cada vez mais quente, com sons sugestivos.

Ela fechou os olhos, sentindo uma mistura de dor e prazer.

— O que está pensando? — O homem segurou o queixo dela, se aproximando ainda mais.

Vanessa mordeu o lábio, sem responder.

— Abra os olhos. — O homem segurava sua cintura, empurrando-a para cima, enquanto o hálito quente se espalhava em seu ouvido.

Como se não aguentasse mais aquele tormento, Vanessa abriu os olhos e encontrou um par de olhos frios e escuros.

Mesmo nessa situação, os olhos do homem permaneciam gelados, sem qualquer traço de calor.

— Sabe quem eu sou? — Bryan segurava o queixo dela, olhando fixamente para a mulher debaixo dele.

— B... Bryan. — Vanessa chamou seu nome baixinho, se sentindo envergonhada e humilhada.

— Isso mesmo, se lembre, sou Bryan.

O homem fixou seus olhos nos dela e então se inclinou novamente para beijar ela intensamente.

...

A ressaca fazia sua cabeça latejar.

Vanessa abriu os olhos e viu tudo escuro ao seu redor.

Um quarto estranho, os lençóis enrolados e sujos, e roupas espalhadas pelo chão.

Ela ficou paralisada por algum tempo enquanto as lembranças da noite anterior invadiam sua mente.

Droga!

Ela parecia que tinha dormido com Bryan depois de beber demais!!

Vanessa respirou fundo, pegou as roupas do chão e as vestiu. Quando estava prestes a sair da cama, ouviu um leve roupão e a porta do banheiro se abriu.

Um homem vestindo um robe preto saiu lentamente.

— Acordou? — A voz soava rouca e fria.

Vanessa abaixou a cabeça, sem coragem de olhar nos olhos do homem, e disse baixinho:

— Sim... Sr. Bryan, sobre a noite passada, eu...

— Divorcie—se dele. — A voz fria e sem qualquer emoção interrompeu suas palavras.

Vanessa ficou atônita e levantou os olhos para olhar o homem à sua frente.

— O quê?

Bryan se sentou no sofá em frente, pegou um copo d'água e o entregou a ela. Com a voz calma, falou novamente:

— Você, divorcie-se dele imediatamente.

A cabeça de Vanessa parecia que ia explodir, e ela ficou paralisada, aceitando a água que o homem ofereceu a ela sem pensar.

— Sr. Bryan, eu... Não estou entendendo muito bem o que você...

Bryan olhou para ela, semicerrando os olhos, e a voz dele estava tão fria quanto gelo.

— Eu não vou ser o terceiro em um casamento, então. — Ele a olhou friamente e falou devagar, palavra por palavra. — Você precisa se divorciar.

Já que ela não conseguia tomar essa decisão, ele tomaria por ela!

Vanessa ficou instantaneamente confusa. O que isso tudo significava?

O fato de ele não querer ser o terceiro tinha a ver com ela ter que se divorciar? Embora ela estivesse planejando o divórcio, mas...

Espera!

Vanessa imediatamente entendeu.

Ele queria assumir a responsabilidade por ela?!

— Sr. Bryan, ontem à noite eu bebi demais, pode ficar tranquilo, somos todos adultos, eu definitivamente não vou pensar muito sobre isso, e... Eu... Eu também não sou virgem, você não precisa.

— Eu era. — Bryan a interrompeu friamente.

— Ah? O quê?

— Primeira vez. — Bryan olhou friamente para ela, sua voz um pouco estranha. — Eu era virgem.

Vanessa ficou sem palavras.