— Cuidado.— Ai, como você conseguiu beber tanto? — Na mansão da família Barbosa, Bryan carregou Vanessa para dentro, enquanto Helen ajudava a puxar o cobertor, fazendo uma crítica enquanto ajudava. — Por que você não foi mais cedo? A Vani não pode beber, o médico já falou.Bryan não respondeu, apenas foi até o banheiro e torceu uma toalha quente.Vendo isso, Helen deu uma tapinha em Patrícia e fez um sinal para que ela a seguisse para fora. Bryan usou a toalha quente para limpar o rosto e as mãos de Vanessa.Ela se virou, desconfortável, mas segurou sua mão, murmurando:— Michele, quero beber água.Bryan franziu a testa, embora não gostasse de ela ter chamado outro nome, ainda assim pegou um copo de água para ela.— Quantas vezes eu já falei para não beber fora de casa? — Disse Bryan.Vanessa, como se não tivesse ouvido, bebeu a água e se virou, voltando a dormir.Bryan, que já tinha vivido mais de trinta anos, nunca tinha sido tratado como um simples ajudante. Diante de Vanessa, com
Vanessa olhou com um olhar sombrio e disse:— Não precisa. Hoje eu não vou.— Está bem. Depois de beber tanto ontem, é melhor descansar em casa.Bryan parecia não notar o estado emocional de Vanessa. Saiu sem olhar para trás.Vanessa olhou para o relógio no pulso, tirou imediatamente e o jogou no lixo. A preocupação sufocante de Bryan já a havia deixado sem ar.No caminho para a empresa.Eduardo começou a relatar a situação financeira do Grupo Camargo:— Como você previu, o Grupo Camargo decidiu retornar ao país porque realmente enfrentam problemas financeiros sérios. A cadeia de capital está gravemente comprometida, embora mantenham as aparências.— Sem interferência ou ajuda externa, quanto tempo eles podem aguentar?— Menos de seis meses. — Respondeu Eduardo, fornecendo uma estimativa conservadora.Os olhos de Bryan se estreitaram ligeiramente, e seus lábios finos soltaram duas palavras:— Muito tempo.Eduardo sentiu um frio na espinha.— A Sra. Barbosa tem uma boa relação com a fam
Saindo da mansão da família Ribeiro, as palavras de Esther ainda ecoavam na mente de Ronaldo.“Já que você é o motorista dela, na verdade, poderia mexer um pouco no carro. Depois, arruma uma desculpa para pedir folga, assim ninguém vai suspeitar de você.”...Depois do café da manhã, Vanessa foi direto para a empresa.— Srta. Vanessa, o contrato do Sr. Walter chegou para nós hoje de manhã. Vamos assiná-lo ainda?— Claro que sim. — Vanessa pegou o contrato. — Por que não assinaríamos? Todo mundo bebeu tanto para fechar esse negócio.Annie assentiu imediatamente.— Eu também acho! De qualquer forma, com o Sr. Bryan nos apoiando, eles não vão ousar fazer conosco o que fizeram ontem à noite!Vanessa ficou levemente surpresa.— Ontem à noite, o Sr. Bryan foi muito impressionante. Com apenas uma palavra, ele fez os homens da mesa do Sr. Walter beberem dez garrafas de uísque. Todos saíram carregados, até ouvi dizer que vários tiveram hemorragia no estômago e foram direto para o hospital.As p
Eduardo fez um gesto de cortesia para o Sr. Camargo, dizendo:— Sr. Camargo, vou te acompanhar.Depois de acompanhar o Sr. Camargo, Eduardo voltou ao escritório.Bryan havia acabado de desligar o telefone.— Sr. Bryan, ele já foi. Notei que o Sr. Camargo saiu com uma expressão muito desagradável. Se aquela carga na alfândega continuar retida, temo que, quando a Sra. Barbosa souber disso...— Se algo der errado, eu assumo a responsabilidade. — Respondeu Bryan, levantando o olhar. — E a situação da Cláudia?— As dívidas foram quitadas e providenciamos uma moradia adequada para ela. Mas, Sr. Bryan, você simplesmente ajudou a pagar as dívidas de jogo dela. Tenho receio de que aquelas pessoas tentem enganar ela novamente para que volte a jogar. Talvez fosse melhor informar a Srta. Vanessa sobre isso.— Não precisa. Apenas mantenha alguém de olho. — Bryan advertiu. — Não deixe que ela saiba.Eduardo não conseguia entender por que seu chefe insistia em fazer algo tão trabalhoso e ingrato. Van
Na sala de cirurgia do Hospital Municipal.A placa luminosa exibia as duas grandes palavras vermelhas: “Em operação”.Vanessa esperava ansiosamente no corredor, sem saber há quanto tempo aguardava. Finalmente, a porta da sala de cirurgia se abriu.— Dr. Valentino.Valentino, vestido com seu jaleco branco, retirou a máscara.— Já passou da parte mais crítica. É um caso de cardiopatia congênita. Felizmente, o socorro foi rápido. Agora, só precisa de alguns dias de observação no hospital. Vá fazer os procedimentos.— Eduardo. — Bryan deu a ordem. — Não precisa. — Vanessa interrompeu friamente. — Eu me encarrego. Não é necessário que se incomodem.Dito isso, ela seguiu a enfermeira para fazer os procedimentos, deixando os outros parados, trocando olhares em silêncio.Valentino colocou as mãos nos bolsos do jaleco, sem entender.— O que aconteceu entre vocês dois? — Ele perguntou.Bryan olhou com um olhar sombrio.— Tem certeza de que é cardiopatia congênita?— Sou médico, ou você é que é
— Com a sua idade, você deveria estar na escola.— Eu... — Ronaldo abaixou a cabeça.— Não se preocupe, todos têm suas dificuldades. Se você não quiser contar, eu não vou perguntar. Quando você estiver pronto para falar, me avise a qualquer momento. E se quiser continuar seus estudos, me avise também. Eu vou tentar ajudar.Ronaldo levantou lentamente a cabeça, perguntando:— Srta. Vanessa, por que você é tão boa comigo?— Isso é bondade? Eu trato todos os meus funcionários assim. — Vanessa sorriu. — Se eu for dizer o motivo, talvez seja porque você tenha a mesma idade do meu irmão. Mas, tudo bem, não pense demais nisso, descanse.Vanessa se levantou e foi pegar água.Observando a silhueta dela, Ronaldo ficou em silêncio, sem saber se o que estava fazendo era certo ou errado.Naquele momento, Bryan estava saindo do hospital.— Sr. Bryan, por que você não explica a situação para a Srta. Vanessa? Aquele rapaz estava com um alicate, mexendo nos freios, e há provas claras.Os passos de Brya
Ao meio-dia.No jardim da mansão da família Ribeiro, a churrasqueira externa estava acesa, proporcionando calor.— Eu fiz tudo o que você me pediu. Inclusive mandei o Ronaldo mexer no carro da Vanessa. Aqueles negativos, você pode me entregar agora? — Esther estava pálida, olhando fixamente para a pessoa à sua frente.— Por que tanta pressa? — A voz feminina do outro lado era calma. Violeta tomou um gole de chá e continuou. — O que você pediu ainda não foi concluído, certo? Não sei se o seu plano B vai dar certo, ele age com muito receio.— Plano B? Ele não chega nem perto disso, no máximo é um puxa-saco.— Bom, tendo uma pessoa como ele para fazer o trabalho, já podemos dizer que estamos aproveitando bem. Desde que ele consiga matar a Vanessa, eu consigo calar qualquer coisa sobre o que aconteceu, ninguém jamais vai saber....Depois de Violeta ir embora, Esther pegou o celular e ligou para Ronaldo.— Alô? Sou eu. Onde você está? Como está a situação?— Esther, preciso te perguntar um
Vanessa já havia assentido, mas hesitou, olhando para Bryan.Bryan falou com indiferença:— Não vamos mais responsabilizar ele.— Certo, se a pessoa envolvida não quer levar isso adiante e não houve danos materiais significativos, pagando a fiança, podem levar ele.— Obrigada. Ronaldo foi conduzido para fora por Eduardo e imediatamente viu Bryan e Vanessa no pátio.Os dois estavam parados no vento gelado, os casacos bege combinavam esvoaçando atrás deles, parecendo um casal perfeito.O homem tinha uma expressão impassível, enquanto a mulher, ao ouvir o som, se virou e sorriu para ele.— Vamos.Ronaldo ficou parado por alguns instantes, atônito.Eduardo deu um leve empurrão em seu ombro.— Ei, garoto, anda logo! Está um frio de rachar, e o Sr. Bryan e a Srta. Vanessa vieram até aqui só por sua causa. Você tem ideia de como os dois são ocupados? Se te vendessem, não daria nem para cobrir o tempo que perderam.Dentro do carro, o aquecedor estava ligado, deixando o ambiente aconchegante.