— Ai, quanto você bebeu? Esse cheiro eu não aguento, não dá, não dá. — Helen tapou o nariz e se afastou de Bryan.Vanessa não queria se meter, mas o peso de Bryan quase a esmagava, e se não fosse o garçom ajudando, ela provavelmente teria sido derrubada.O garçom disse:— Senhora, que tal eu levar o jovem senhor de volta para descansar?— Por que você ainda está parado? Leve ele de volta logo!— Sim. — O garçom olhou para Vanessa com um pedido de ajuda. — Srta. Vanessa, você pode me ajudar? É só até a porta, o carro está parado lá.— Ah? Não tem mais ninguém? — Vanessa olhou ao redor, mas, por algum motivo, não via nenhum garçom do hotel.— Vani, você não se importa com ele, para não acabar sendo coberta de vômito novamente. — Helen disse.— Não pode ser tão ruim assim, né? — Vanessa hesitou e lançou um olhar para Bryan. — Então não se preocupe. O melhor é deixar ele aqui deitado, ele acorda e volta por conta própria. Escuta o que eu digo, tenho um amigo para cumprimentar ali, vou in
— Você!Vanessa ficou sem palavras. Apesar de Helen ter prometido que, se ela se importasse, poderia cortar laços com Bryan. Provavelmente isso não passava de um consolo, como ela poderia acreditar nisso? Bryan era seu próprio filho.— Isso é algo para o futuro! Vamos falar disso depois. — Vanessa fez uma expressão séria. — Eu quero descer, me deixe sair.Vendo que Bryan não se movia, Vanessa tentou abrir a porta do carro.A porta estava trancada, é claro, e ela não conseguiu abrir. Desesperada, ela apertou o botão para baixar a janela.Um vento gélido entrou rapidamente, e antes que Vanessa conseguisse colocar a cabeça para fora da janela, uma força brusca a puxou de volta.— Você quer morrer? — O grito de Bryan ecoou dentro do carro, mais frio do que o vento.Vanessa lutou com todas as suas forças, mas foi pressionada para baixo por ele. A musculatura de suas coxas estava apertada contra suas panturrilhas, separadas apenas por um fino tecido de terno, pressionando ela sem deixar qu
— Por que você pode ser tão indiferente ao nosso primeiro bebê? — Vanessa gritou, desesperada. — Você sabe como nosso bebê morreu? Foi a Violeta! Foi ela quem me empurrou escada abaixo naquele dia!Bryan ficou surpreso, as chamas em seus olhos se apagaram instantaneamente, dando lugar à confusão.Vanessa olhou incrédula para o homem à sua frente, com suas emoções à flor da pele.— Você está tendo um relacionamento com a mulher que matou nosso bebê e ainda quer que eu tenha outro bebê com você?Sob a luz fraca, a testa de Bryan pulsava. A embriaguez havia desaparecido completamente, e o vento frio o deixou extremamente sóbrio.— Você nunca me disse isso.— Dizer a você adiantaria alguma coisa? Você enviaria essa assassina para a prisão por causa do nosso bebê morto?Bryan a observou fixamente, com uma expressão severa.— Desculpe.— Ha. — Vanessa soltou um riso frio. — Quero sair do carro!— Eu te levo para casa.— Não precisa, não quero estar no mesmo espaço que você, você me dá nojo.
Os coágulos?Vanessa imediatamente entendeu.— Foi naquela vez com Caio...Vendo o jeito silencioso e suspirante de Eduardo no espelho retrovisor, ela soube que era por isso. Bryan também não havia se machucado na cabeça em nenhuma outra ocasião recentemente.— Srta. Vanessa, o Sr. Bryan não é tão insensível como você disse.Eduardo falou outras coisas depois, mas Vanessa não prestou atenção. Ela olhou para fora, sua mente estava confusa.Depois de deixar Vanessa em casa, Eduardo voltou para buscar Bryan.Em janeiro, na Cidade D, à noite a temperatura chegava a quase vinte graus negativos, e Bryan estava apenas com um terno fino, parado sob a escuridão por meia hora.— Chefe, você está bem?Bryan lançou um olhar rápido para ele.— Você acha que eu deveria estar com algum problema?Eduardo encolheu o pescoço e decidiu ficar em silêncio.A testa de Bryan se franzia levemente enquanto ele perguntava em um tom grave:— Como andam as investigações que pedi para você fazer?Ao ouvir isso, Ed
— Você não tinha apenas uma coisa para fazer para mim, né?A voz de Violeta veio do outro lado da linha. Ela pediu que Michele ficasse de olho em cada movimento de Vanessa antes.Michele apertou o celular com força.— Eu juro que ela não teve nenhum contato com o Bryan recentemente. Se tivesse, eu já teria te contado.— Ela não teve contato com o Bryan, mas atacou diretamente a mãe dele. Por que você não me contou isso?— O que você disse? — Michele ficou confusa, sem entender. Violeta explicou sobre o que aconteceu na festa, mencionou a madrinha de Vanessa, e então Michele finalmente entendeu.— Madrinha? Eu sei quem é, é a Helen. Eu até a vi na casa dela. Como ela poderia ser a mãe do Bryan?— Ela já voltou para o país há um tempo. Aquele caso da mulher rica que ficou famosa nas notícias era ela. Agora eu entendo, tudo isso foi um golpe.Ouvindo o tom de frustração de Violeta, as sobrancelhas de Michele se uniram em preocupação, e ela refletiu:— Recentemente, Igor e Vanessa têm se
— Não precisa, faça o seu próprio trabalho. — A expressão de Bryan se fechou. — Saia.Violeta ficou sem jeito.— Então... Tudo bem. Bryan, não se esqueça de tomar café da manhã.Ela ainda não tinha chegado à porta quando ouviu um estrondo atrás de si. Ao se virar, viu o sanduíche de café da manhã, que ela havia comprado, jogado no lixo.O rosto de Violeta imediatamente ficou pálido. Mesmo que ela estivesse cheia de insatisfação, teve que sair primeiro.Ela saiu apressada e quase esbarrou em alguém do lado de fora.— Quem não tem olhos para ver! — Violeta estava irritada, pensando que era apenas aqueles poucos secretários que sempre a atormentavam.Uma voz feminina de repente soou:— Estou um pouco velha, minha visão não é das melhores.Ao ouvir aquela voz, o rosto de Violeta empalideceu e ela perguntou:— Sra. Helen, o que você faz aqui?— Ha. — Helen a olhou friamente. — A empresa do meu filho, eu venho quando quero, preciso pedir permissão a você?— Não foi isso que eu quis dizer.—
O homem à frente tinha por volta de trinta anos, com uma aparência comum, mas exalava uma certa astúcia indescritível.— Deixe eu me apresentar, meu nome é Vitor Antunes, sou da Cidade D. Ontem, eu te vi na festa e fiquei impressionado. Queria deixar meu contato com você, mas você foi embora cedo demais.— Espera um pouco. — Vanessa ficou confusa. — Como você soube que eu estava aqui?— A Sra. Helen não te contou? Foi ela quem concordou em nos apresentar, para nos conhecermos melhor.— Desculpa, espera aí. — Vanessa imediatamente fez uma ligação para Helen.“Desculpe, o número que você ligou não está disponível no momento, por favor, tente novamente mais tarde.”Ótimo, a ligação simplesmente não conectou.Vanessa olhou para Vitor, um pouco embaraçada.— Então, eu realmente não sabia de nada. Agora, o telefone da minha madrinha também não está funcionando, isso tudo é muito inesperado.Vitor rapidamente respondeu:— Nada inesperado, de forma alguma. Se algo foi inesperado, foi eu ser tã
Vitor ficou completamente atordoado.— Não, vocês...Bryan, sem hesitar, pegou a bolsa de Vanessa e a puxou para sair rapidamente.— Quem é sua esposa? Me solta! — Enquanto saíam do restaurante, Vanessa estava se debatendo.Bryan a jogou sem cerimônia dentro do carro.— Ah! — Vanessa gritou ao cair dentro do veículo.Quando ela se esforçou para se levantar, Bryan pressionou uma mão no teto do carro e segurou a porta com a outra, com faíscas de raiva quase pulando de seus olhos.— Quem te mandou vir para esse encontro?Vanessa respondeu irritada:— Pergunte para a sua mãe!— Ela te mandou e você veio? — Bryan estava furioso, empurrando ela de volta para o assento. — Quem era aquele? Você o conhece bem? Como você foi almoçar com ele?Vanessa também ficou irritada.— E daí se não conheço bem? Um almoço não é uma boa oportunidade para se familiarizar? Eu e você também não éramos próximos no início!— O que você disse?O olhar de Bryan escureceu de repente, suas sobrancelhas se franziram co