Eduardo dirigia o carro e, ao ver Bryan de volta com uma expressão séria, deduziu que ele e Vanessa haviam se desentendido novamente.— Sr. Bryan, dizem que mulheres grávidas têm mudanças de humor. Se a Srta. Vanessa disse alguma coisa, provavelmente foi no calor do momento. Não leve para o lado pessoal.Bryan não respondeu, aparentemente perdido em seus pensamentos.Depois de um tempo, ele ordenou:— Peça aos veículos de imprensa para retirarem aquelas notícias.Eduardo ficou um pouco surpreso.“Será que o Sr. Bryan quer evitar que a Srta. Vanessa se aborreça?”, Eduardo suspeitava em seu íntimo.— Encontre um nutricionista profissional para cuidar da alimentação diária de Vanessa. — Ele continuou a ordenar.— Sim, senhor.Bryan deu algumas instruções adicionais, focando nos requisitos de qualificação do nutricionista.O silêncio tomou conta do carro enquanto o rádio transmitia a previsão do tempo. Com uma voz suave, a locutora anunciou a chegada de uma frente fria e a possibilidade da
Nos dias seguintes, a nutricionista que Bryan contratou entregava três refeições nutritivas por dia para Vanessa. Isso ainda não era suficiente. À noite, antes de dormir, ela também recebia uma sopa calmante para ajudar a relaxar.Vanessa, a princípio, não tinha apetite, mas, ao experimentar aquelas refeições uma vez, o problema com a falta de apetite começou a melhorar gradualmente, e sua aparência também melhorou.No fim de semana, Vanessa descansou em casa.Caio foi até lá para um almoço e ficou esfregando a barriga, dizendo:— Mana, essa nutricionista que o cunhado trouxe é realmente boa. Olha só, você está com uma aparência bem melhor do que antes!Vanessa folheava uma revista, distraída:— Sério?— Claro! Se não acredita, veja no espelho. — Caio olhou para a barriga de Vanessa e perguntou. — Mana, quando a minha sobrinha vai nascer?— Ainda é cedo.— Você e o cunhado já pensaram em um nome?— Não ainda. — Disse Vanessa, franzindo a testa. — Quantas vezes eu já te falei que eu ter
A morte de Bruno, muito provavelmente, tinha a ver com Bryan.Ao pensar nisso, Vanessa ficou com o corpo todo gelado. Ela não conseguia acreditar que conhecia e amava um homem tão frio e cruel, alguém que achava que a vida de uma pessoa comum realmente não tinha valor algum.Ela não ousava nem pensar: Se não tivesse tido a “sorte” de salvar ele por acaso na infância, será que ela mesma, aos olhos dele, seria apenas mais uma vida desprezível que ele poderia descartar a qualquer momento?Mansão da família Barbosa.O som de um motor parou na entrada da garagem, e Vanessa entrou direto.— Srta. Vanessa, como você voltou? — A empregada, ao ver Vanessa entrar, não demonstrou nenhuma alegria, ao contrário, parecia apavorada.— Cadê o Bryan?— O jovem... O jovem senhor não está em casa.Diante da hesitação da empregada, Vanessa teve ainda mais certeza de que Bryan estava escondendo algo, provavelmente se esquivando dela de propósito.— Não está, é? Tudo bem, vim buscar algumas coisas minhas. —
Ao ouvir isso, Vanessa parou abruptamente e logo se virou.No corredor escuro, Violeta, que deveria estar na porta do quarto principal, apareceu diante dela sem que ela percebesse, sorrindo de uma forma que lembrava um fantasma. A expressão sinistra de seu rosto surgiu de repente, fazendo com que Vanessa soltasse um grito.— Ah!!No segundo seguinte, um peso a puxou para baixo, e ela começou a rolar escada abaixo. O corpo de Vanessa descontroladamente desceu, caindo em direção às escadas.Ela nem sentiu dor, sua mente estava completamente vazia.Antes de perder a consciência, ela pareceu ouvir alguém chamando seu nome.— Vanessa!Mas aquele tom de pânico não parecia algo que poderia vir da boca daquele homem. Isso deveria ser uma ilusão, afinal, ele ainda estava deitado na cama, desfrutando da calma trazida pela alegria da noite anterior.Com um estrondo, suas costas colidiram com o chão, e sua caixa torácica parecia prestes a se despedaçar com a dor que a envolveu instantaneamente.Va
Depois de alguns segundos de impasse, Caio disse friamente:— Explique você mesmo para minha irmã!Dito isso, ele saiu imediatamente, deixando Bryan e Vanessa a sós.Quando a porta se fechou, o quarto ficou instantaneamente muito mais silencioso.Bryan se sentou ao lado da cama dela com um copo na mão e tentou alimentar ela com uma colher.Vanessa, encostada na cabeceira da cama, virou o rosto, se recusando a olhar ele, mesmo sabendo que ele estava lá.O ar ficou mais silencioso, e a atmosfera se tornou tão fria que fazia o coração gelar.Bryan fez uma pausa e disse:— Acredite você ou não, não aconteceu nada entre mim e Violeta.— Ha. — Vanessa soltou uma risada fria, sentindo como se tivesse acabado de ouvir a piada mais ridícula do ano.Um homem e uma mulher nus, juntos na mesma cama, passando a noite toda assim, e ele diz que nada aconteceu? Ficaram apenas conversando sob as cobertas?Bryan sabia que ela não acreditava e, sem mais explicações, mudou de assunto:— Foi minha culpa, t
Bryan franziu levemente o cenho e sentiu um aperto na garganta, sem dizer uma palavra. Já não adiantava falar nada, mesmo que conseguisse explicar, o filho deles não voltaria.Valentino sabia o que ele estava pensando e suspirou silenciosamente em seu coração.Na verdade, já havia uma grande chance de que aquele bebê não sobrevivesse, mas perder assim, de uma forma tão abrupta, era doloroso para todos.Foi só depois que Bryan e Valentino partiram que Vanessa acordou.— Eles já foram, mana.Caio, que tinha uma ligação especial com a irmã, já havia percebido que Vanessa estava acordada, mas sabia que ela não queria ver Bryan. Por isso, fez questão de afastar eles.Vanessa se recostou na cabeceira da cama, com os olhos ainda cheios de lágrimas.— Não fique triste, mana. Já dei uma bronca nele. Foi demais. Como ele pôde fazer isso com você?— Caio, estou com saudades da mãe.Ao ouvir isso, o olhar de Caio parou por um momento, enquanto segurava a mão de Vanessa.Naquele momento que se torn
O outono já tinha começado na cidade D, o ar estava esfriando aos poucos.Vanessa Fonseca estava encostada na porta do banheiro, com os olhos fixos na tela do celular, onde estava aberto o perfil de seu marido, Igor Ribeiro. Ao lado dele, o rosto de uma mulher estava coberto por um mosaico perfeito, mas dava para ver a tatuagem de rosa no ombro dela.Nesse momento, ela ouviu o barulho da torneira sendo aberta e vozes baixas de fofoca de algumas funcionárias do lado de fora:— Você viu que a Sra. Vanessa vive ocupada, nunca se arruma. Será que ela não tem medo de que o presidente faça coisa errada por aí?— Pois é, eles já estão casados há quase três anos, mas nada de terem um filho.— Ouvi dizer que a Sra. Vanessa não pode ter filhos...As risadas se dissiparam e o ambiente ficou silencioso novamente.Vanessa, com o rosto pálido, abriu a porta. No espelho em frente, ela viu sua própria imagem: um conjunto formal e antiquado, maquiagem discreta, cabelo longo preso em um coque, e um par
— Vanessa? — Rafaela acenou a mão na frente dela, piscando os olhos inocentemente. — Você realmente está bem? Quer que eu ligue para Igor e pergunte se você pode ir para casa hoje à noite? Eu cuido das coisas da empresa para você.A jovem à sua frente continuava com uma expressão inocente e inofensiva.Vanessa cravou as unhas na carne, contendo as emoções. Ela forçou um sorriso leve e disse: — Estou bem, pode sair.Nesse momento, rasgar a máscara e brigar com a Rafaela só a faria virar piada.— Ah, tudo bem. — Rafaela riu, tentando segurar a mão dela novamente, mas Vanessa discretamente evitou o contato.O Grupo Ribeiro Imóveis estava em decadência há anos, mas desde que Vanessa se casou com Igor, em três anos, sob sua gestão, a empresa subiu de uma posição insignificante para se tornar uma das principais na cidade D.Nesse mês, ainda fecharam uma parceria com o Grupo Barbosa, e o futuro parecia promissor.Vanessa saiu do banheiro e a festa de comemoração já havia começado.Ela ainda