— Como assim? Como devo lidar com isso?— Como você pretende contar para sua mãe e para o Caio? — Michele lançou um olhar para Vanessa. — Noivado é uma coisa importante, você tem que falar com eles, né?— Não vou dizer nada. — Vanessa respondeu de forma direta. — E você vai manter isso em segredo também.— Por quê?—Minha mãe, você sabe como ela é, né? Quanto ao Caio, ele só se importa com os estudos. Não precisa contar isso para ele.— Então você vai esperar até o casamento para contar? — Michele perguntou, desconfiada.— Que casamento? Nem sequer começamos a conversar sobre isso direito.— Ah, para com isso! O Bryan hoje estava com uma atitude muito clara. Dá para ver que ele está falando sério e quer casar com você. Vou ser sincera, se amanhã você me disser que vocês já assinaram os papéis, eu não vou ficar nem um pouco surpresa.— Impossível! — Vanessa arregalou os olhos. — Não brinque com essas coisas.— Você está com medo, não está? — Michele percebeu o que se passava na mente da
— A empresa está realmente muito agitada, esses encontros sociais desnecessários já são o suficiente com a tia Clara. — Bryan disse.— O que você quer dizer com “encontros sociais desnecessários”? — A Sra. Barbosa franziu a testa. — A família Camargo e a nossa família são amigas de longa data, e há também uma colaboração comercial entre as duas empresas. Por questões de negócios e pessoais, você deveria ao menos ver eles. Como isso pode ser considerado apenas um mero encontro social? Além disso, ela é a segunda esposa do seu pai. Não tem o direito de representar a família Barbosa.Mal ela havia terminado de falar, se ouviu a voz de uma empregada vinda da porta:— Senhora, por que não entra?A Sra. Barbosa olhou e viu Clara parada na entrada. Não sabia se ela havia acabado de chegar ou se já estava lá há algum tempo.— Por que você ainda não foi dormir? — Perguntou ela.O tom da Sra. Barbosa deixava claro que ela não se importava se Clara tinha ou não ouvido as palavras que tinha acabad
Após a partida de Bryan, a casa da Sra. Barbosa ficou imediatamente silenciosa.Por um longo momento, a Sra. Barbosa suspirou e disse:— Deixa para lá, que ele decida sobre o próprio casamento.Ao ouvir isso, Clara se apressou, aflita:— Mãe, casamento é coisa séria, tenta fazer com que Bryan pense melhor nisso. Como vamos deixar essa mulher, tão astuta, entrar na família?— O Bryan tem razão, quem vai se casar é ele.— Ele ainda tem o coração de uma criança, como pode discernir as intenções verdadeiras das pessoas?— Ele já está quase com trinta anos, não é mais uma criança. Além disso, o pai dele também não foi assim na época? — A Sra. Barbosa olhou para Clara com desdém e ironizou. — Agora é fácil falar. Por que você não aconselhou o pai dele a pensar melhor na época?O rosto de Clara ficou pálido de repente.Sra. Barbosa desviou o olhar e disse em um tom severo:— Estou cansada, preciso descansar. Pode ir.— Sim. — Clara respondeu com um tom envergonhado e saiu do quarto da senhora
“Que situação... Acabamos de começar a namorar e ele já me viu desse jeito. O que eu vou fazer agora?”, Vanessa se sentia desesperada por dentro.Bryan havia esperado na porta por meia hora. Quando Vanessa finalmente abriu, ela já havia trocado de roupa. Vestiu um suéter branco, simples e folgado, e uma calça jeans azul. Seu cabelo estava solto sobre os ombros, e ela emanava uma atmosfera relaxada e gentil.Bryan arqueou uma sobrancelha e disse:— Parece que você não abriu a porta de propósito da última vez. Agora sim.O rosto de Vanessa corou ligeiramente, e ela pigarreou.— O pessoal está reformando no andar de cima, estava muito barulhento. Eu ia dar uma olhada. — Enquanto falava, mais barulhos de batidas na parede ecoaram do andar de cima. Vanessa franziu a testa. — Que tal sairmos? Aliás, por que você veio me ver agora?— Vim te ajudar a se mudar.— O quê?Bryan olhou ao redor.— Você pretende continuar morando na casa de outro homem?Vanessa ficou surpresa, lembrando do incidente
O carro parou em um condomínio de luxo a dois quilômetros do World Trade Center. Os trabalhadores começaram a levar as coisas de Vanessa para dentro, uma a uma, e as empilharam na sala de estar.— Coloquem com cuidado.— Eduardo, já terminamos de carregar as coisas, você quer que...?— Shhh. — Eduardo fez um gesto pedindo silêncio e acenou para que todos saíssem. Quando se virou, viu seu chefe conversando com a Srta. Vanessa na varanda, uma cena um tanto acolhedora. Eduardo deixou a chave sobre o contrato e saiu sem fazer barulho.Na varanda, Vanessa estava com as mãos apoiadas no parapeito, animada.— Aqui tem até uma varanda! E ali em frente é o Lago da Lua Crescente, certo? Daqui a pouco vou poder plantar umas flores aqui.— Que tipo de flor você gosta?— Tanto faz, mas que durem bastante. Se forem muito delicadas, não vou conseguir cuidar delas.— Entendi. Amanhã trago para você.— Ótimo!Ela se virou, exibindo um sorriso radiante. A luz do sol do meio-dia iluminava seu corpo, faze
— Está bem gostoso.Vanessa ficou um pouco surpresa.— Sério?— Sério.Só então Vanessa sorriu, tentando parecer modesta. — Não sei se é verdade. Se estiver gostoso, você tem que comer tudo, não pode deixar nada.— Está bem. — Bryan sorriu levemente.Vanessa hesitou por um momento e rapidamente começou a comer macarrão, o som de “munch, munch” abafou sua ansiedade.Depois que terminaram de comer, Vanessa começou a arrumar a casa.Ela achou que Bryan seria um espectador, mas para sua surpresa, ele tirou o paletó e arregaçou as mangas da camisa, começando a mover as caixas.— Onde eu coloco isso?— Coloque ali. — Vanessa voltou a si e rapidamente apontou para a cozinha. — Coloque no armário da cozinha.Enquanto observava Bryan correndo de um lado para o outro, Vanessa de repente se sentiu muito emocionada.Ela havia estado com Igor por três anos e nunca o viu fazer tarefas domésticas. Quando perguntava, ele dizia que tinham empregados em casa e não precisava fazer nada. O que ele dizia
— Fique tranquila, se o resultado final não for a Imobiliária Segura, eu tenho outros planos. — Disse Bryan.— O que você pretende fazer? Bryan tinha olhos e um semblante encantadores, calmo e sereno. — Quer saber agora?Vanessa de repente sentiu um cheiro de perigo, mas já não havia tempo para escapar. Alguém a puxou para perto, a colocando entre ele e o sofá.— Eu não quero saber mais! — Vanessa empurrou ele com pressa, mas não conseguiu mover ele.A mão grande de Bryan apoiou a parte de trás da cabeça dela enquanto ele se inclinava para beijar ela. O aroma do seu perfume se misturava com um leve cheiro de tabaco, enquanto a intensidade dos hormônios masculinos estimulava seus sentidos.A adrenalina disparou rapidamente, fazendo até o ar subir alguns graus de temperatura. Com respirações apressadas, acompanhadas pelo atrito das roupas, o vidro da varanda embaçou.Segunda-feira.Na Grupo Barbosa.As três empresas que avançaram para a última fase da licitação precisavam ir ao Grupo B
O presidente do comitê abriu diretamente as três propostas.— Espere. — Sentada à mesa de reuniões, Rafaela falou de repente. — Precisamos submeter um novo valor de proposta.— Sabia que seria assim. — Michele cerrou os punhos. — Vanessa, eles certamente baixaram o preço. O que vamos fazer?— Calma. — Vanessa tranquilizou Michele. — Esse projeto não vai para o menor lance. Reduzir o preço excessivamente é um erro fatal no setor.Devido à nova proposta de Rafaela, o anúncio do resultado foi adiado. Vanessa e os outros aguardavam do lado de fora da sala de reuniões enquanto o comitê fazia uma nova avaliação.Rafaela ficou parada na porta por um momento e, ao ver Vanessa, comentou com sarcasmo: — Parabéns, Vanessa. Ouvi dizer que você e o Sr. Bryan estão juntos, até noivos já. Então, o que nós estamos fazendo aqui tentando competir?Vanessa respondeu friamente:— Se você não quer competir, pode muito bem desistir. Por que então acabou de submeter uma nova proposta?— Sempre vale a pena i