Grupo Barbosa.— Você não entrou em contato antes? O Sr. Ângelo do departamento de marketing não está na empresa hoje. — Com uma simples frase, a recepcionista bloqueou Vanessa no saguão. — Está na cara que ele não quer nos ver. — Michele comentou.Vanessa franziu a testa então disse:— O resultado ainda não saiu, não podemos tirar conclusões precipitadas.— Annie já veio aqui três vezes, e em nenhuma delas encontrou ninguém. Você ainda acha que tem que esperar o resultado? — Michele insistiu. — Eu acho que você deveria ir direto falar com Bryan.— Não posso. — Vanessa recusou diretamente.— Por que você é tão teimosa? Tem um atalho claro, mas você se recusa a tomar. Se você implorasse um pouco para Bryan, esse projeto já estaria garantido!— Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Eu não quero misturar questões pessoais, além disso, já deixei bem claro para ele. Vamos fazer o nosso melhor e deixar o resto nas mãos do destino. Se não conseguirmos esse projeto, não há o que fazer.M
Shopping Center Internacional de Comércio.Em uma loja de vestidos sob medida.Vanessa e Michele experimentaram um vestido atrás do outro.— Escolhe qualquer um, não precisa ser tão exagerado. — Vanessa deu uma volta em frente ao espelho. — Acho que esse aqui está bom, pode embrulhar para mim.Dizendo isso, ela já estava pronta para pedir à vendedora que fosse ao caixa.— Ei, espera, o que está bom? — Michele a puxou. — Esse está muito simples. Você vai a uma festa, não a um funeral, por que vestir tudo preto? Troca, isso não está adequado.— Já experimentei tantos, ainda tenho que continuar? — Vanessa já estava quase sem paciência, apontando para a pilha de roupas que havia experimentado. Ela estava exausta. — Se quiser, experimenta você mesma, pode ser?— Nem pensar. A nossa empresa depende da sua aparência para chamar atenção. Eu não tenho essa cara sua. — Michele ainda estava animada, pegando outro vestido das mãos da vendedora e colocando sobre Vanessa. — Esse aqui está ótimo, exp
— Eu não trabalho, mas geralmente tenho compromissos sociais e alguns contatos. O problema do Grupo Ribeiro agora não é que o conselho de administração acha que meu irmão não está fazendo nada? Se você conseguir ajudar meu irmão a fechar alguns grandes negócios e, assim, calar a boca deles, nem meu tio terá o que dizer. — Disse Esther.— Você tem uma solução? Por que não disse antes?— Tenho uma solução, mas nada é de graça, sempre temos que pagar algum preço. — Enquanto dizia isso, Esther olhou Rafaela de cima a baixo, avaliando ela. — Rafaela, aproveite enquanto é jovem, pois muitas coisas são mais fáceis.Rafaela ainda não tinha percebido o subtexto das palavras de Esther. Seu rosto mal conseguia esconder a alegria, transbordando de emoção. — Se houver uma maneira de ajudar o Igor e proteger o Grupo Ribeiro, eu faço qualquer coisa.O sorriso de Esther escondeu um toque sombrio. — Eu sabia que você ama mais o meu irmão do que a Vanessa amava....Saindo do Grupo Ribeiro, Esther dir
— Você fica realmente incrível com esse vestido, parece que foi feito sob medida para você.Diante do espelho, Vanessa vestia um elegante vestido de gala na cor vinho, e a vendedora, atenciosa, ainda lhe deu uma bolsa de mão para complementar o visual. O vestido destacava perfeitamente suas curvas.Michele não conseguiu conter o entusiasmo e aplaudiu: — Esse está ótimo!— A cor não é muito chamativa? — Vanessa girou em frente ao espelho, segurando a barra do vestido. — Não está um pouco exagerado?— Tem que ser exagerado e chamativo, senão como vão saber que somos da Imobiliária Segura?Vanessa, sem outra opção, entregou o cartão à vendedora: — Então, pode fazer o pagamento, por favor. Vou trocar de roupa.Quando saiu do provador, a vendedora levou o vestido para fazer a nota fiscal e, no caminho, continuava comentando:— Os vestidos da nossa loja são exclusivos, impossível de acontecer de alguém usar o mesmo modelo em um evento. E, para ser honesta, poucas pessoas conseguiriam usar
Vanessa não deu a menor atenção para ela e continuou:— Além disso, eu não entendi. A Srta. Violeta disse que o vestido não era decente, mas ainda assim quer experimentar. Então, afinal, é o vestido que não é decente ou quem quer o usar?Violeta não se irritou, ela estava de ótimo humor naquele dia. — Pode falar o que quiser. De qualquer forma, você já perdeu. Em vez de se arrumar toda para não ser notada, é melhor dar sorte aos outros. Bryan e eu vamos te mandar um convite de casamento.— Então devo agradecer a Srta. Violeta por sua generosidade?— Não precisa agradecer. Quem é sábio entende o momento certo. Se opor a mim não acabará mada bem. Então esse vestido é meu. — Dizendo isso, ela se virou diretamente para a vendedora. — Embrulha para mim e passe no caixa.— Isso não é possível... — A vendedora ficou constrangida.— Você não entendeu o que eu disse? Passe no caixa.— Violeta, eu nunca disse que o vestido seria seu.Quando Vanessa terminou de falar, não foi apenas Violeta, at
Violeta pagou a conta e saiu com Esther, as duas com ar de superioridade. Restaram apenas Vanessa e Michele na loja. — Essa Violeta é exatamente como você falou, ela e a Esther realmente são iguais. — Michele, indignada, disse.A vendedora olhou para elas com um semblante de desculpas, dizendo: — Sinto muito pelo que aconteceu.— Não tem problema, foi um imprevisto. Você não tinha como prever que isso aconteceria. — Vanessa respondeu. Depois disso, ela puxou Michele, que ainda estava irritada. — Tudo bem, me ajuda a escolher outra peça.Michele, tentando se acalmar, comentou consigo mesma:— De qualquer forma, você é tão bonita que não importa o que vista, vai ficar linda. Roupa é só um acessório quando você já ofusca todas as outras pessoas.Vanessa estava escolhendo roupas e comentou casualmente:— Eu só acho muito estranho como a Esther conheceu a Violeta.— Não tem nada de estranho nisso. A Cidade D é pequena, essas filhas de milionários todas se conhecem.— É, verdade.Vaness
— Agora ainda dá tempo. Não seria mais confiável chamar alguém que a gente conhece para ser esse consultor?— Não é uma questão de ser confiável ou não, Michele... — Vanessa respirou fundo. — Você ainda gosta do Severino, né?— Isso é trabalho, não vou fazer nada de qualquer jeito, não tem nada a ver com sentimentos pessoais.— E se eu não concordar?Mal Vanessa terminou de falar, Michele já tinha visto Severino parado na porta do restaurante.— Então você mesma fala com o Severino, porque eu não consigo. — Michele disse.Depois de dizer isso, ela entrou diretamente no restaurante.Ao passar por Severino, ela o olhou profundamente, com uma expressão cheia de sentimentos complexos, difíceis de descrever.Vanessa viu Severino e ficou momentaneamente paralisada. O clima ficou um pouco constrangedor.Severino respirou fundo e foi em direção a ela.— Vanessa, foi eu quem perguntou para a Michele sobre a questão do consultor. Ela achou que você com certeza concordaria, me desculpe por ter te
— Vanessa, eu vou te levar de volta.— Não precisa, eu vou com a Michele.Depois do jantar, Severino se ofereceu para levar Vanessa para casa, mas ela recusou sem pensar duas vezes. Michele, que normalmente era bastante esperta, agora estava com uma expressão de boba.— Não seria mais conveniente se o Severino te levasse? Minha casa e a sua estão em direções opostas.Vanessa lançou um olhar irritado para ela e, segurando a raiva, respondeu:— Não é tão longe assim, eu tenho algo para te contar no caminho. — Depois de dizer isso, Vanessa se dirigiu a Severino. — Severino, então vamos indo.Severino acenou com a cabeça, relutante.— Certo, tomem cuidado na estrada e me avisem quando chegarem em casa.Vanessa puxou Michele para longe. Ao se afastarem, Michele lançou um olhar significativo para Severino.Sob o crepúsculo da Cidade D, o brilho da cidade era hipnotizante.Vanessa estava no banco do passageiro e lançou vários olhares irritados para Michele.— Você está maluca? Qual é a de dei