O motorista parou o carro na garagem subterrânea do Grupo Barbosa. Depois, Eduardo deu uma instrução: — Diga à senhora que o chefe tem um jantar importante essa noite e não poderá comparecer. Fale de forma educada, com tato, para ela não ficar chateada.O motorista assentiu, compreendendo:— Entendi.Assim que Bryan voltou à empresa, ele convocou o departamento de marketing para uma reunião— Eu realmente desconfio que o chefe seja um robô. Faz duas semanas que ele não para, sempre viajando e participando de reuniões. Hoje ele voltou e já convocou outra reunião, sem nem descansar. — Resmungou Tina, enquanto encadernava os materiais da reunião ao lado da impressora.Linda, permanecendo calma como sempre, comentou:— Por isso o Sr. Bryan é o chefe, ninguém mais conseguiria fazer o mesmo.— Eu não sei, parece que ele está agindo estranho ultimamente. Já faz um tempo que não vemos a Srta. Vanessa. Linda, você tem alguma informação privilegiada?— Menos fofoca e mais trabalho. Leve os docu
Grupo Barbosa.— Você não entrou em contato antes? O Sr. Ângelo do departamento de marketing não está na empresa hoje. — Com uma simples frase, a recepcionista bloqueou Vanessa no saguão. — Está na cara que ele não quer nos ver. — Michele comentou.Vanessa franziu a testa então disse:— O resultado ainda não saiu, não podemos tirar conclusões precipitadas.— Annie já veio aqui três vezes, e em nenhuma delas encontrou ninguém. Você ainda acha que tem que esperar o resultado? — Michele insistiu. — Eu acho que você deveria ir direto falar com Bryan.— Não posso. — Vanessa recusou diretamente.— Por que você é tão teimosa? Tem um atalho claro, mas você se recusa a tomar. Se você implorasse um pouco para Bryan, esse projeto já estaria garantido!— Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Eu não quero misturar questões pessoais, além disso, já deixei bem claro para ele. Vamos fazer o nosso melhor e deixar o resto nas mãos do destino. Se não conseguirmos esse projeto, não há o que fazer.M
Shopping Center Internacional de Comércio.Em uma loja de vestidos sob medida.Vanessa e Michele experimentaram um vestido atrás do outro.— Escolhe qualquer um, não precisa ser tão exagerado. — Vanessa deu uma volta em frente ao espelho. — Acho que esse aqui está bom, pode embrulhar para mim.Dizendo isso, ela já estava pronta para pedir à vendedora que fosse ao caixa.— Ei, espera, o que está bom? — Michele a puxou. — Esse está muito simples. Você vai a uma festa, não a um funeral, por que vestir tudo preto? Troca, isso não está adequado.— Já experimentei tantos, ainda tenho que continuar? — Vanessa já estava quase sem paciência, apontando para a pilha de roupas que havia experimentado. Ela estava exausta. — Se quiser, experimenta você mesma, pode ser?— Nem pensar. A nossa empresa depende da sua aparência para chamar atenção. Eu não tenho essa cara sua. — Michele ainda estava animada, pegando outro vestido das mãos da vendedora e colocando sobre Vanessa. — Esse aqui está ótimo, exp
— Eu não trabalho, mas geralmente tenho compromissos sociais e alguns contatos. O problema do Grupo Ribeiro agora não é que o conselho de administração acha que meu irmão não está fazendo nada? Se você conseguir ajudar meu irmão a fechar alguns grandes negócios e, assim, calar a boca deles, nem meu tio terá o que dizer. — Disse Esther.— Você tem uma solução? Por que não disse antes?— Tenho uma solução, mas nada é de graça, sempre temos que pagar algum preço. — Enquanto dizia isso, Esther olhou Rafaela de cima a baixo, avaliando ela. — Rafaela, aproveite enquanto é jovem, pois muitas coisas são mais fáceis.Rafaela ainda não tinha percebido o subtexto das palavras de Esther. Seu rosto mal conseguia esconder a alegria, transbordando de emoção. — Se houver uma maneira de ajudar o Igor e proteger o Grupo Ribeiro, eu faço qualquer coisa.O sorriso de Esther escondeu um toque sombrio. — Eu sabia que você ama mais o meu irmão do que a Vanessa amava....Saindo do Grupo Ribeiro, Esther dir
— Você fica realmente incrível com esse vestido, parece que foi feito sob medida para você.Diante do espelho, Vanessa vestia um elegante vestido de gala na cor vinho, e a vendedora, atenciosa, ainda lhe deu uma bolsa de mão para complementar o visual. O vestido destacava perfeitamente suas curvas.Michele não conseguiu conter o entusiasmo e aplaudiu: — Esse está ótimo!— A cor não é muito chamativa? — Vanessa girou em frente ao espelho, segurando a barra do vestido. — Não está um pouco exagerado?— Tem que ser exagerado e chamativo, senão como vão saber que somos da Imobiliária Segura?Vanessa, sem outra opção, entregou o cartão à vendedora: — Então, pode fazer o pagamento, por favor. Vou trocar de roupa.Quando saiu do provador, a vendedora levou o vestido para fazer a nota fiscal e, no caminho, continuava comentando:— Os vestidos da nossa loja são exclusivos, impossível de acontecer de alguém usar o mesmo modelo em um evento. E, para ser honesta, poucas pessoas conseguiriam usar
Vanessa não deu a menor atenção para ela e continuou:— Além disso, eu não entendi. A Srta. Violeta disse que o vestido não era decente, mas ainda assim quer experimentar. Então, afinal, é o vestido que não é decente ou quem quer o usar?Violeta não se irritou, ela estava de ótimo humor naquele dia. — Pode falar o que quiser. De qualquer forma, você já perdeu. Em vez de se arrumar toda para não ser notada, é melhor dar sorte aos outros. Bryan e eu vamos te mandar um convite de casamento.— Então devo agradecer a Srta. Violeta por sua generosidade?— Não precisa agradecer. Quem é sábio entende o momento certo. Se opor a mim não acabará mada bem. Então esse vestido é meu. — Dizendo isso, ela se virou diretamente para a vendedora. — Embrulha para mim e passe no caixa.— Isso não é possível... — A vendedora ficou constrangida.— Você não entendeu o que eu disse? Passe no caixa.— Violeta, eu nunca disse que o vestido seria seu.Quando Vanessa terminou de falar, não foi apenas Violeta, at
Violeta pagou a conta e saiu com Esther, as duas com ar de superioridade. Restaram apenas Vanessa e Michele na loja. — Essa Violeta é exatamente como você falou, ela e a Esther realmente são iguais. — Michele, indignada, disse.A vendedora olhou para elas com um semblante de desculpas, dizendo: — Sinto muito pelo que aconteceu.— Não tem problema, foi um imprevisto. Você não tinha como prever que isso aconteceria. — Vanessa respondeu. Depois disso, ela puxou Michele, que ainda estava irritada. — Tudo bem, me ajuda a escolher outra peça.Michele, tentando se acalmar, comentou consigo mesma:— De qualquer forma, você é tão bonita que não importa o que vista, vai ficar linda. Roupa é só um acessório quando você já ofusca todas as outras pessoas.Vanessa estava escolhendo roupas e comentou casualmente:— Eu só acho muito estranho como a Esther conheceu a Violeta.— Não tem nada de estranho nisso. A Cidade D é pequena, essas filhas de milionários todas se conhecem.— É, verdade.Vaness
— Agora ainda dá tempo. Não seria mais confiável chamar alguém que a gente conhece para ser esse consultor?— Não é uma questão de ser confiável ou não, Michele... — Vanessa respirou fundo. — Você ainda gosta do Severino, né?— Isso é trabalho, não vou fazer nada de qualquer jeito, não tem nada a ver com sentimentos pessoais.— E se eu não concordar?Mal Vanessa terminou de falar, Michele já tinha visto Severino parado na porta do restaurante.— Então você mesma fala com o Severino, porque eu não consigo. — Michele disse.Depois de dizer isso, ela entrou diretamente no restaurante.Ao passar por Severino, ela o olhou profundamente, com uma expressão cheia de sentimentos complexos, difíceis de descrever.Vanessa viu Severino e ficou momentaneamente paralisada. O clima ficou um pouco constrangedor.Severino respirou fundo e foi em direção a ela.— Vanessa, foi eu quem perguntou para a Michele sobre a questão do consultor. Ela achou que você com certeza concordaria, me desculpe por ter te