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Deliciosa Loucura
Deliciosa Loucura
Por: Kely G.
O primeiro encontro

KARAH LANG

Eu cheguei em casa cansada, exausta na verdade, eu trabalho muito, sou camareira em um hotel cinco estrelas. Trabalho exaustivamente, mas amo o meu trabalho, vejo tanta gente chique todos os dias. Eu moro com minha amiga Hanna ela também trabalha lá, no esplêndido Sandler Hotel.

—Então já preparou sua roupa para a despedida de solteira da Alice? —Hanna perguntou assim que chegou da rua, trazendo três sacolas enormes.

—Eu não, estou morta de cansaço, você pode me dar um tempo! — respondi, pulando no sofá.

—Bom, aqui está! Eu imaginei mesmo que você não tinha arrumado nada, vista isso! — me entregou duas sacolas.

Eu abri e fiquei sem palavras olhando as roupas, uma peruca loira e um micro vestido que mal cobria a bunda.

—E não reclama, você vai usar isso sim. —Avisa quando vê minha cara —O tema é cabaré e nós vamos de puta, querida! —Ela falou e saiu rindo, deixando-me sem coragem nem para tirar as roupas da sacola.

Eu fui para meu quarto e me olhei no espelho. —É depois de uma boa make, que vou fazer questão de exagerar, não vou ficar ruim —falei para mim mesma. Eu estava um pouco constrangida, o vestido era realmente muito curto, mas mesmo assim, comecei a me arrumar.

Eu coloquei o vestido e a peruca loira, fiquei irreconhecível, pelo menos assim ninguém vai me reconhecer depois do mico de sair vestida com isso. O vestido era tão curto e apertado que sentia-me nua. Depois da maquiagem novamente olhei-me no espelho — É, eu posso passar batido, vamos lá, karah, vamos nos juntar as malucas —Falei dando uma última olhada no espelho.

Saí do quarto e me deparei com a Hanna vestida de Marilyn Monroe, não me aguentei e caí na risada.

—Do que você está rindo? Eu sou uma verdadeira diva, baby —ela falou, fazendo uma careta —bora lá que o Lucas já vai passar aqui para buscar a gente, aliás, ele já deve tá lá na estrada esperando — saiu me puxando para fora da casa.

Quando chegamos à rua, o Lucas assobiou assim que nos aproximamos do carro.

—Oh! Sou realmente eu que vou levar essas delícias?! —Ele falou e correu para abrir a porta para nós. .

O Lucas é um amigo de longa data, eu, a Hanna e ele nos conhecemos desde a infância, sempre saímos juntos e vivemos nossas aventuras, aliás se não fosse esses dois eu não teria forças para passar por tudo que passei, hoje eles são minha família.

Nós partimos para a boate, fomos rindo e cantando durante todo o caminho. Estamos muito animados e ansiosos para saber as loucuras que a Alice vai aprontar. A Alice também trabalha com a gente lá no hotel, ou melhor, trabalhava, no passado, porque agora ela conseguiu encontrar o príncipe encantado rico e não vai mais precisar trabalhar, vai virar madame. Enfim chegamos à boate, é um lugar muito luxuoso, o noivo da Alice é muito rico mesmo e não está economizando nesse casamento, a Alice preparou muitos jogos pra gente curtir a noite que não será nada simples, já que o tema é cabaré. Eu fico um pouco envergonhada quando descemos do carro, as pessoas ficam olhando, é muito estranho ser o centro das atenções, eu definitivamente não estou acostumada com isso. Nós entramos e eu fico chocada com todo o ambiente, é a primeira vez que entro em um lugar assim tão chique, geralmente vou em lugares mais simples onde eu tenho condições de pagar a entrada e consumir alguma coisa lá dentro, aqui um drink é mais de cem conto, tá louco!

Quando chegamos perto do nosso grupo de amigos, a galera já está bastante animada, nós conversamos, demos risada, está muito animado mesmo e tranquilo, nada fora do comum, estava tudo tranquilo, até a Alice chegar e colocar um tabuleiro na mesa.

—Bom, acabou o recreio, garotada! Vamos começar os jogos —ela falou e começou a girar o ponteiro.

O jogo é o seguinte: a pessoa escolhida terá que pagar a prenda ou beber. O ponteiro parou na Hanna, na primeira rodada, ela escolheu pagar a prenda, que a noiva escolheu, claro! Continuamos algumas rodadas, e o ponteiro parou em mim novamente, eu já não tinha mais condições de beber sem ficar embriagada, então resolvi pagar a prenda, é melhor fazer uma brincadeira que ficar com uma ressaca terrível no dia seguinte. A Alice me olhou com uma cara maquiavélica e eu me arrependi imediatamente da minha escolha, ela com certeza vai aprontar!

—Vem ,vamos dar um passeio, karah querida! — segurou minha mão e saiu puxando.

—Onde você está me levando sua louca? —Eu tentei me soltar quando subimos para a área vip.

—Anda, Karah, você vai se divertir um pouco, sua prenda é a melhor de todas! —ela falou e parou de andar, ficou olhando, procurando algo.

Depois de olhar tudo ela apontou para um homem sentado em uma mesa. Ele tem um corpo muito grande e forte, é um gato, muito bonito mesmo, mas não estava com uma cara boa, parecia com raiva.

—O que tem aquele homem bonito? —Eu perguntei inocente.

—Você vai lá e provoca ele, eu quero que você dê uns amassos nele, vou sentar aqui e assistir. —Ela falou e deu uma risada ao ver minha cara de espanto. Eu não consegui acreditar que ela me pediu esse absurdo.

—Você só pode estar louca, né! Eu não vou fazer isso, nem conheço o homem! —Falei e virei-me para sair, mas ela agarrou meu braço.

—Essa é a parte divertida! Você não conhece ele, então pode liberar a mulher fatal aí de dentro, vocês nunca mais vão se ver mesmo —ela me deu um leve empurrão —anda, Karah, é só um jogo, vai ser divertido.

Ela vai e senta-se no bar me observando. Eu fico pensando por alguns minutos, estou receosa, eu olho a figura espetacular sentado na mesa tomando um drink e tomo coragem, aproximo-me, eu queria ser atriz uma vez, então é hora de realizar esse sonho. Depois de chegar bem pertinho eu aproximo minha boca do seu ouvido e falo com a voz mais sensual que consigo:

—Oi gato, tá sozinho e tão carente, eu posso te fazer companhia? — Passei os braços em volta do seu pescoço e senti o cheiro do seu perfume, é caro, com certeza é muito gostoso também.

—Me deixa em paz, eu não preciso do seu tipo de companhia, sai fora! —respondeu de maneira rude e sua voz soou tão fria que me deu um arrepio na espinha. Ele tirou as minhas mãos dele, empurrando-me com força, eu me assustei, mas não desisti e continuei com meu personagem.

—Nossa, ele é grosso e rude, deve levar uma mulher à loucura na cama, olha eu até me arrepiei —falei mais uma vez no seu ouvido e estiquei os braços mostrando meus pêlos, que estavam realmente arrepiados com aquela voz grave e aquele hálito quente na minha cara.

Ele virou-se e me olhou com uma cara de nojo, eu não me importei e sentei-me quase no seu colo. Peguei o copo de bebida dele que estava sobre a mesa e virei tudo na garganta, bebi todo o líquido num só gole. Eu passei minhas mãos no seu peito e fui descendo até próximo da sua virilha. A Alice me olhou incrédula, na verdade, eu também estava impressionada comigo mesma, eu não sei de onde veio essa coragem e essa mulher fatal, mas estava muito divertido, principalmente porque o homem na minha frente é um deus grego de tão gostoso.

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