Ela sorri e eu posso finalmente reparar em como ela é linda. Ela é muito simpática e adorável, e isso só ressalta sua beleza. Se eu tivesse uma avó queria que fosse assim. Ela conversa comigo e pede para avisar o neto dela onde ela está, pego meu telefone, disco o número e entrego o aparelho a ela. Deu pra vê que ela é uma avó muito amorosa, ela conversa com o neto com em um tom carinhoso, mas ele parece está dando um sermão nela por não avisar a ele antes, eu acho graça da conversa dos dois. Depois de explicar e fazer ele se acalmar ela passa o endereço do hospital, o número do quarto e desliga. —Desculpe, minha querida, meu neto é muito temperamental, ele me trata como se eu fosse um bebê que não pode andar sozinha — Ela reclama e eu acabo rindo. —Ele está certo nisso. Já pensou se eu não estou no ponto de ônibus na hora, algo pior teria acontecido com a senhora. —Ela abre um sorriso caloroso. —Você vai gostar do meu neto, ele é um menino muito bom, assim como você. Vocês se d
—Mas Karah, e se o senhor Oliver chega bem na hora das fotos? — questiona externando minha preocupação, eu também já pensei nisso — Você tem que tomar cuidado, eu já falei pra você contar pra ele, conversar e esclarecer as coisas — como sempre, ela me pressiona para contar a verdade, insiste que eu devo fazer isso antes que ele descubra sozinho. — Está tudo bem, Hanna, se tudo der certo eu posso trabalhar como modelo e assim finalmente sair do hotel — falei confiante. Depois que essa oportunidade surgiu, eu estou certa que posso sair dessa sem maiores problemas. Pena que no final nada é como esperamos. [...] Eu estou trabalhando hoje, mas meu pensamento está na sessão de fotos, a ansiedade está me matando e eu admito que estou com medo de dar errado, sei lá, estou com medo de fazer poses feias e perder essa chance única na minha vida. Eu realmente estou com muitas expectativas. Durante todo o dia eu fico uma pilha de nervos, fui até rude com alguns hóspedes folgados, eu sempre so
Eu tento me soltar pra fugir, mas o Oliver segura forte o meu braço. Ele me arrasta para uma sala enorme, tem uma mesa grande no centro e várias poltronas confortáveis uma ao lado da outra, essa é a sala onde a Maria faz as reuniões com os chefes. — Agora você vai me explicar qual é o seu jogo! — Ele me empurra pra dentro da sala com força, fecha a porta no trinco e olha para mim com raiva — É melhor você não mentir pra mim! — Avisa e eu sinto o perigo em suas palavras e no seu olhar assassino.— O senhor quer me machucar? — pergunto quase num sussurro de tanto medo, mas também estou bem excitada com sua presença — Eu não estou fazendo jogo nenhum, estou aqui apenas trabalhando. — Você realmente acha que pode brincar comigo, garota! — fala com a voz tão fria quanto gelo — Pois eu vou te dizer que não, eu não sou alguém com quem se brinca — ele fala aproximando-se de mim, eu tento me esquivar, mas ele é muito rápido e segura meu pescoço. Eu olho para ele quando sua mão começa a fech
OLIVER LUTHOR Eu estou tranquilo aproveitando o desfile, que por sinal está maravilhoso, quando entra ela, justamente ela na passarela, a morena da boate. Está linda, muito perfeita, eu sinto raiva quando vejo todos aqueles homens olhando e cobiçando ela. Eu sei que ela dorme com muitos deles, mas mesmo assim isso me incomoda, o que é ridículo, se eu sei qual é a profissão dela, enfim. Eu tenho certeza que ela está planejando algo, não é coincidência ela está sempre no meu caminho depois daquela noite, vira e mexe ela aparece e isso com certeza tem algo por trás. Eu vou atrás dela assim que ela sai da passarela, a Luiza percebeu algo, mas não me perguntou nada quando saí apressado. Como já era de se esperar nós dois sempre pegamos fogo juntos. Eu planejei apenas conversar e pedir explicações, mas no final, eu não resisti e nem ela. É muito gostoso transar com ela, eu admito que estou gostando desses momentos de prazer, mas eu ainda vou descobrir qual é a dela e, ai dela se estiver m
— Por favor, me chame de Amanda apenas, afinal somos colegas de trabalho, temos o mesmo chefe durão — Ela sorri e é realmente adorável.Eu saí do escritório muito feliz e triste ao mesmo tempo. Como tudo de bom pode acontecer justamente quando eu não posso aceitar? É tão injusto. As coisas boas estão bem ao alcance das minhas mãos e ao mesmo tempo estão tão longe da minha atual realidade.Eu estou saindo do escritório quando encontro a Hanna com uns papéis na mão, ela está toda feliz.—Ei, Hanna, o que você está fazendo aqui? Para onde está indo? — pergunto confusa ao vê-la sem o uniforme no horário de trabalho. — Eu estou indo embora, Karah! — Ela quase grita. — Eu estou indo para o meu felizes para sempre — me abraçou dando pulos, me deixando ainda mais curiosa.— Anda, conta logo, desembucha mulher! — pego o papel e quase caio no chão — Você foi demitida! Como assim você foi demitida? — questiono balançando ela.— Eu não fui demitida, eu me demiti, meu amor — diz com um sorriso ma
Covarde. É, é exatamente isso que eu sou, uma grande covarde. Eu não consegui contar a verdade, pelo contrário, eu saí de lá às escondidas e nem vi a entrega do anel de noivado. Eu perdi o momento mais especial da minha amiga por medo de ser descoberta pelo Oliver.Entro em casa e olho o lugar vazio, agora eu sou a única moradora daqui, não tenho mais a Hanna para me fazer companhia. Sento no sofá e tiro meus sapatos jogando-os no canto, coloco a máscara de lado e pego o telefone para olhar as últimas postagens do pessoal." Onde você está? Não acredito que você fugiu de novo, Karah" Olho a mensagem da Hanna e em seguida olho os vídeos que ela enviou. Meu coração aperta quando vejo todos se divertindo e eu aqui sozinha. Jogo o telefone de lado e me deito, o melhor que tenho a fazer agora é descansar, pois amanhã tenho trabalho e vou ter que enfrentar o busão lotado sozinha. — Eu tenho que arrumar um novo emprego — sussurro antes de pegar no sono.— Karah, você sumiu da festa ontem, o
OLIVER LUTHOR — Amanda, já conseguiu acertar as coisas lá no hotel? — Pergunto e ela confirma. — Sim, já está tudo em ordem. Ou melhor quase tudo. — Por que quase tudo? — Bem, ainda preciso encontrar um relações públicas para cuidar da comunicação do hotel e os clientes,imprensa… enfim, falta só isso. — E por que você ainda não colocou alguém, não achou ninguém ainda? Aqui nós temos uma boa grade de funcionários, tenho certeza que vai achar um que saiba lidar com o público. — Bom, eu sei e já andei olhando algumas fichas, mas é que tem uma camareira lá no hotel que… — Não acredito que você está demorando porque quer tentar ajudar uma camareira — interrompi-a. — Amanda, eu sei que sempre avaliamos o potencial e oferecemos oportunidades, mas antes precisamos conhecer o potencial de cada um primeiro. — Eu sei disso, Senhor Carter, mas acredite, a garota tem potencial. Eu olhei o currículo dela e além de ter um perfil bom, ela ainda é fluente em inglês. — Sério? — questiono curi
— Oliver, eu não vou sair e deixar você aqui para maltratar a Karah — minha avó diz irritada. — Luíza, leva ela — falei entredentes.— Oliver! — Minha avó pára na minha frente, sua cara não está nada boa. — Você pode me explicar o porquê desse comportamento? — Ei, senhora — a maldita mulher fala, chamando a atenção da minha avó. — Não precisa ficar nervosa com ele, nós… eu conheço ele. Está tudo bem — força um sorriso. — Tem certeza, minha querida? Se você não quiser, não precisa ficar aqui e falar com esse ogro — me olha com reprovação.— Está bem sim, nós nos conhecemos.Encaro a mulher e ela em nenhum momento me olha, está evitando ao máximo, mas vamos ver até onde isso vai dar, porque ela não vai conseguir escapar sem me dar uma boa explicação.— Tá vendo, vovó, eu e a Karah — falo seu nome lentamente — nos conhecemos. Vá com a Luíza.— Está tudo bem então, mas eu já vou deixar avisado, trata bem a minha querida amiga — diz encarando-me com um olhar de aviso. Não acredito que e