OLIVER LUTHOR Eu estou tranquilo aproveitando o desfile, que por sinal está maravilhoso, quando entra ela, justamente ela na passarela, a morena da boate. Está linda, muito perfeita, eu sinto raiva quando vejo todos aqueles homens olhando e cobiçando ela. Eu sei que ela dorme com muitos deles, mas mesmo assim isso me incomoda, o que é ridículo, se eu sei qual é a profissão dela, enfim. Eu tenho certeza que ela está planejando algo, não é coincidência ela está sempre no meu caminho depois daquela noite, vira e mexe ela aparece e isso com certeza tem algo por trás. Eu vou atrás dela assim que ela sai da passarela, a Luiza percebeu algo, mas não me perguntou nada quando saí apressado. Como já era de se esperar nós dois sempre pegamos fogo juntos. Eu planejei apenas conversar e pedir explicações, mas no final, eu não resisti e nem ela. É muito gostoso transar com ela, eu admito que estou gostando desses momentos de prazer, mas eu ainda vou descobrir qual é a dela e, ai dela se estiver m
— Por favor, me chame de Amanda apenas, afinal somos colegas de trabalho, temos o mesmo chefe durão — Ela sorri e é realmente adorável.Eu saí do escritório muito feliz e triste ao mesmo tempo. Como tudo de bom pode acontecer justamente quando eu não posso aceitar? É tão injusto. As coisas boas estão bem ao alcance das minhas mãos e ao mesmo tempo estão tão longe da minha atual realidade.Eu estou saindo do escritório quando encontro a Hanna com uns papéis na mão, ela está toda feliz.—Ei, Hanna, o que você está fazendo aqui? Para onde está indo? — pergunto confusa ao vê-la sem o uniforme no horário de trabalho. — Eu estou indo embora, Karah! — Ela quase grita. — Eu estou indo para o meu felizes para sempre — me abraçou dando pulos, me deixando ainda mais curiosa.— Anda, conta logo, desembucha mulher! — pego o papel e quase caio no chão — Você foi demitida! Como assim você foi demitida? — questiono balançando ela.— Eu não fui demitida, eu me demiti, meu amor — diz com um sorriso ma
Covarde. É, é exatamente isso que eu sou, uma grande covarde. Eu não consegui contar a verdade, pelo contrário, eu saí de lá às escondidas e nem vi a entrega do anel de noivado. Eu perdi o momento mais especial da minha amiga por medo de ser descoberta pelo Oliver.Entro em casa e olho o lugar vazio, agora eu sou a única moradora daqui, não tenho mais a Hanna para me fazer companhia. Sento no sofá e tiro meus sapatos jogando-os no canto, coloco a máscara de lado e pego o telefone para olhar as últimas postagens do pessoal." Onde você está? Não acredito que você fugiu de novo, Karah" Olho a mensagem da Hanna e em seguida olho os vídeos que ela enviou. Meu coração aperta quando vejo todos se divertindo e eu aqui sozinha. Jogo o telefone de lado e me deito, o melhor que tenho a fazer agora é descansar, pois amanhã tenho trabalho e vou ter que enfrentar o busão lotado sozinha. — Eu tenho que arrumar um novo emprego — sussurro antes de pegar no sono.— Karah, você sumiu da festa ontem, o
OLIVER LUTHOR — Amanda, já conseguiu acertar as coisas lá no hotel? — Pergunto e ela confirma. — Sim, já está tudo em ordem. Ou melhor quase tudo. — Por que quase tudo? — Bem, ainda preciso encontrar um relações públicas para cuidar da comunicação do hotel e os clientes,imprensa… enfim, falta só isso. — E por que você ainda não colocou alguém, não achou ninguém ainda? Aqui nós temos uma boa grade de funcionários, tenho certeza que vai achar um que saiba lidar com o público. — Bom, eu sei e já andei olhando algumas fichas, mas é que tem uma camareira lá no hotel que… — Não acredito que você está demorando porque quer tentar ajudar uma camareira — interrompi-a. — Amanda, eu sei que sempre avaliamos o potencial e oferecemos oportunidades, mas antes precisamos conhecer o potencial de cada um primeiro. — Eu sei disso, Senhor Carter, mas acredite, a garota tem potencial. Eu olhei o currículo dela e além de ter um perfil bom, ela ainda é fluente em inglês. — Sério? — questiono curi
— Oliver, eu não vou sair e deixar você aqui para maltratar a Karah — minha avó diz irritada. — Luíza, leva ela — falei entredentes.— Oliver! — Minha avó pára na minha frente, sua cara não está nada boa. — Você pode me explicar o porquê desse comportamento? — Ei, senhora — a maldita mulher fala, chamando a atenção da minha avó. — Não precisa ficar nervosa com ele, nós… eu conheço ele. Está tudo bem — força um sorriso. — Tem certeza, minha querida? Se você não quiser, não precisa ficar aqui e falar com esse ogro — me olha com reprovação.— Está bem sim, nós nos conhecemos.Encaro a mulher e ela em nenhum momento me olha, está evitando ao máximo, mas vamos ver até onde isso vai dar, porque ela não vai conseguir escapar sem me dar uma boa explicação.— Tá vendo, vovó, eu e a Karah — falo seu nome lentamente — nos conhecemos. Vá com a Luíza.— Está tudo bem então, mas eu já vou deixar avisado, trata bem a minha querida amiga — diz encarando-me com um olhar de aviso. Não acredito que e
KARAH LANG Eu estava apavorada, ele estava ali na minha frente e eu mal conseguia respirar direito. Quando ele me mandou entrar em seu carro, meu pânico aumentou ainda mais. Ele me levou até um dos seus hotéis e nós começamos a conversar. Eu estava ciente que o melhor seria contar a ele toda a verdade de uma vez por todas, mas com todas as suas acusações, eu perdi a coragem. Mas, a sua próxima pergunta foi a minha chance de contar que na verdade sou sua funcionária. — No dia eu não prestei muita atenção, mas agora eu estou começando a ligar melhor os fatos; era você a Karah que estava no casamento do Victor? E não adianta mentir, é melhor você falar a verdade! — perguntou travando seu maxilar, isso foi mais um sinal do quanto ele está com raiva. Realmente é melhor eu falar a verdade e acabar com isso de vez. Porém, parecia que o destino estava jogando comigo, quando eu abri a boca para falar, seu telefone tocou; ele olhou a tela e atendeu. — Oi, Amanda… — ele ouviu o que o outro
OLIVER LUTHOR Minha funcionária. Eu ainda estou tentando assimilar essa informação, entretanto olho o contrato de trabalho dela que está na tela do computador à minha frente. Mas, mais inacreditável do que saber que ela era a camareira do hotel, foi saber que a pessoa que a Amanda estava tentando convencer a aceitar o cargo de relações públicas. — Então você está me dizendo que é essa a pessoa que você tinha encontrado? — perguntei novamente, só para ter certeza que tinha ouvido direito. — Sim, senhor, ela tinha um ótimo currículo e fala inglês fluente, além de ser simpática e entender sobre os clientes e conhecer os serviços oferecidos pelo hotel, eu achei uma excelente opção para o cargo. Acabei rindo da ironia que está se desdobrando nessa situação. — Senhor, eu não sei qual o problema que o senhor teve com ela, mas pelas referências do trabalho que ela vem fazendo no hotel, ela não parece ser uma pessoa ruim — Amanda tentou falar para ajudar a amenizar a situação da garota.
KARAH LANG Eu saí do hotel há dois meses. Eu estava muito triste e até perdi peso, as coisas não saíram como eu esperava. Eu fui praticamente chutada da sala do Oliver depois de ser humilhada. Foi um dia terrível para mim. Eu estou procurando emprego, na verdade, tudo de repente virou de cabeça para baixo na minha vida. A Soraia nunca mais me procurou para fazer fotos ou desfilar, a Hanna foi embora com o Victor, agora eu só tenho o Lucas para conversar. O Lucas está me ajudando, ele me arrumou alguns bicos de garçonete nos eventos que ele faz, ele é barman. Amanhã nós iremos trabalhar em uma festa de aniversário de uma empresa de cosméticos e eu estou até empolgada com esse novo trabalho de free-lancer, ao menos estou saindo de casa e vendo gente; do contrário, eu iria enlouquecer. Hoje eu acordei mais cedo do que o normal. Nesses últimos dois meses eu estou acordando só após as 8h; não achei ruim, mas essa é uma rotina que está me deixando muito acomodada e até preguiçosa. E