— Oliver, eu não vou sair e deixar você aqui para maltratar a Karah — minha avó diz irritada. — Luíza, leva ela — falei entredentes.— Oliver! — Minha avó pára na minha frente, sua cara não está nada boa. — Você pode me explicar o porquê desse comportamento? — Ei, senhora — a maldita mulher fala, chamando a atenção da minha avó. — Não precisa ficar nervosa com ele, nós… eu conheço ele. Está tudo bem — força um sorriso. — Tem certeza, minha querida? Se você não quiser, não precisa ficar aqui e falar com esse ogro — me olha com reprovação.— Está bem sim, nós nos conhecemos.Encaro a mulher e ela em nenhum momento me olha, está evitando ao máximo, mas vamos ver até onde isso vai dar, porque ela não vai conseguir escapar sem me dar uma boa explicação.— Tá vendo, vovó, eu e a Karah — falo seu nome lentamente — nos conhecemos. Vá com a Luíza.— Está tudo bem então, mas eu já vou deixar avisado, trata bem a minha querida amiga — diz encarando-me com um olhar de aviso. Não acredito que e
KARAH LANG Eu estava apavorada, ele estava ali na minha frente e eu mal conseguia respirar direito. Quando ele me mandou entrar em seu carro, meu pânico aumentou ainda mais. Ele me levou até um dos seus hotéis e nós começamos a conversar. Eu estava ciente que o melhor seria contar a ele toda a verdade de uma vez por todas, mas com todas as suas acusações, eu perdi a coragem. Mas, a sua próxima pergunta foi a minha chance de contar que na verdade sou sua funcionária. — No dia eu não prestei muita atenção, mas agora eu estou começando a ligar melhor os fatos; era você a Karah que estava no casamento do Victor? E não adianta mentir, é melhor você falar a verdade! — perguntou travando seu maxilar, isso foi mais um sinal do quanto ele está com raiva. Realmente é melhor eu falar a verdade e acabar com isso de vez. Porém, parecia que o destino estava jogando comigo, quando eu abri a boca para falar, seu telefone tocou; ele olhou a tela e atendeu. — Oi, Amanda… — ele ouviu o que o outro
OLIVER LUTHOR Minha funcionária. Eu ainda estou tentando assimilar essa informação, entretanto olho o contrato de trabalho dela que está na tela do computador à minha frente. Mas, mais inacreditável do que saber que ela era a camareira do hotel, foi saber que a pessoa que a Amanda estava tentando convencer a aceitar o cargo de relações públicas. — Então você está me dizendo que é essa a pessoa que você tinha encontrado? — perguntei novamente, só para ter certeza que tinha ouvido direito. — Sim, senhor, ela tinha um ótimo currículo e fala inglês fluente, além de ser simpática e entender sobre os clientes e conhecer os serviços oferecidos pelo hotel, eu achei uma excelente opção para o cargo. Acabei rindo da ironia que está se desdobrando nessa situação. — Senhor, eu não sei qual o problema que o senhor teve com ela, mas pelas referências do trabalho que ela vem fazendo no hotel, ela não parece ser uma pessoa ruim — Amanda tentou falar para ajudar a amenizar a situação da garota.
KARAH LANG Eu saí do hotel há dois meses. Eu estava muito triste e até perdi peso, as coisas não saíram como eu esperava. Eu fui praticamente chutada da sala do Oliver depois de ser humilhada. Foi um dia terrível para mim. Eu estou procurando emprego, na verdade, tudo de repente virou de cabeça para baixo na minha vida. A Soraia nunca mais me procurou para fazer fotos ou desfilar, a Hanna foi embora com o Victor, agora eu só tenho o Lucas para conversar. O Lucas está me ajudando, ele me arrumou alguns bicos de garçonete nos eventos que ele faz, ele é barman. Amanhã nós iremos trabalhar em uma festa de aniversário de uma empresa de cosméticos e eu estou até empolgada com esse novo trabalho de free-lancer, ao menos estou saindo de casa e vendo gente; do contrário, eu iria enlouquecer. Hoje eu acordei mais cedo do que o normal. Nesses últimos dois meses eu estou acordando só após as 8h; não achei ruim, mas essa é uma rotina que está me deixando muito acomodada e até preguiçosa. E
Foi um beijo forte e profundo. Esse homem era muito bipolar, na mesma hora que estava brigando já me provocou e depois beijou. Nós nos beijamos por um longo tempo, ele não parou o beijo até ficarmos completamente sem fôlego. Ele me olhou e depois de alguns segundos me arrastou para uma sala.— O que você está fazendo? — Eu gritei, tentando me soltar do seu aperto. — Me solte, eu preciso ir ao banheiro e depois tenho que voltar para o trabalho! — Isso não é problema, eu pago a sua noite. — Ele falou tão naturalmente as palavras que meu coração se partiu em mil pedaços.— Vá para o inferno! Você acha mesmo que eu sou tão baixa?! — tentei falar normalmente, porém minha voz saiu rouca, estava me segurando para não chorar.— Você é muito dramática. — ele murmurou sarcástico. Chegamos numa salinha e ele trancou a porta. — O que você quer afinal? — Eu perguntei.— Eu quero o mesmo que você.— falou no meu ouvido — mas, antes você pode fazer suas necessidades, ali tem um banheiro — apontou p
Eu estou muito animada, acho que finalmente irei começar em um trabalho fixo. Ainda vou passar pela entrevista, é em um restaurante, uma vaga de garçonete; foi o Lucas que conseguiu para mim, ele disse que o dono é muito legal e muito simpático. O restaurante é realmente muito chique, é um lugar muito bem frequentado, aparentemente só clientes ricos e milionários da cidade. Eu fui até o escritório e o dono, o senhor Gaspar foi realmente muito simpático comigo, eu sou sua nova contratada e começarei amanhã.Hoje é meu primeiro dia de trabalho e eu estou muito empolgada; estava cansada de ficar em casa sozinha e sem nada para fazer. Eu e o Lucas saímos de vez em quando, mas a Hanna está me fazendo muita falta, as conversas que eu tinha com ela, não posso conversar com o Lucas. A parte boa de trabalhar no mesmo horário que o Lucas é que eu não preciso pegar ônibus, ele me oferece carona todos os dias. Finalmente comecei o meu primeiro dia no trabalho novo; e eu estou indo muito bem, re
OLIVER LUTHOR Eu e mais um grupo de amigos seguimos para o restaurante do Gaspar, fomos comemorar o aniversário do Breno, o caçulinha do nosso grupo. A Luiza como sempre estava comigo. Nós estamos numa situação meio louca desde o dia no parque, às vezes nós vamos transamos, mas não é nada sério, só sexo. Eu estava bem animado, me divertindo com o pessoal, quando a Karah entrou pela porta com uma bandeja. Ela, como sempre, estava linda naquele uniforme. Eu não gostei da intimidade dela com aquele barman. Eu não queria sentir raiva, afinal, não tenho nada com ela, porém aquilo me irritou de uma forma que a minha vontade era pegá-la e arrastá-la para fora daqui. Como se não bastasse a cena inicial dela apertando a bochecha dele, eu ainda tive que ouvir os elogios dos homens na sala. Falaram do sorriso, do corpo e até da bunda dela; o meu ódio só cresceu, e, por fim, aconteceu a cena ridícula deles dois se abraçando. Eu fui muito grosseiro e arrogante, geralmente eu não sou assim, ma
— Oi, minha querida! — Ela disse com um sorriso simpático. — Por que você não me procurou? Eu te mostrei onde é a minha casa, eu esperei sua visita — Ela me abraçou. Foi um abraço tão terno que eu tive que me segurar para não chorar, me fez tão bem.— Oi, senhora.— Eu me afastei quando vi o olhar frio do Oliver, depois falei o mais formal que consegui. — Sinto muito por não poder visitá-la, eu realmente sinto muito. Seu olhar caiu sobre mim e ela demorou alguns segundos para responder. Mesmo mostrando uma certa surpresa ao observar os hematomas em meu corpo, ela continuou falando calmamente. — Não precisa se preocupar com o meu neto aqui, ele exagera às vezes. O que aconteceu com você ? — perguntou, olhando-me dos pés à cabeça novamente, dessa vez, ela perguntou com preocupação. — Você está muito machucada, você precisa de um médico, nós vamos ajudá-la! — Ela aproximou-se e me abraçou novamente, é um carinho que me deixou muito confortável. — Eu estou bem. Obrigada pela preocupa