Conforme o tempo foi passando, Fernando passou a se sentir atraido por Helena, mas não tinha coragem de reconhecer isso nem para ele mesmo, ficar com Helena seria loucura, ele conhecia Soraia, a tia dela, e ela lhe confiava a sobrinha em sua casa, e isso o fazia se sentir mal pelo sentimento que nascia dentro dele.
Helena não lhe dava trégua, insistindo incansavelmente em dizer que gostava dele, e o que ele tentou evitar, lhe aconteceu. Helena passou a morar em seus pensamentos, sentia uma vontade louca de estar com ela de beijá-la, e tê-la em seus braços. Condenava a si mesmo por esses pensamentos, e passou a fugir ainda mais dela, com medo de ceder ao desejo que o consumia.Helena deixou de ser aquela menina magrinha que ele conheceu, e passou a ter as curvas desenhadas, ele pode vê-la se transformar em uma linda jovem, com curvas perfeitas e um rosto de chamar atenção de qualquer um que não fosse cego.Quando estavam a sós, coisa que ele costumava evitar, ela o provocava ainda mais, não tinha vergonha de dizer que o queria e muito menos negar os sentimentos que acreditava sentir por ele. Quanto mais ela insistia, mais ele se sentia perdido por querer estar com ela, mas ele continuava achando loucura se envolver com ela.Se condenava, por não conseguir se livrar daquele sentimento que invadiu o seu coração, sentimento esse que se tornava mais forte a cada dia, mas estava decidido a não ceder. Sempre foi uma pessoa determinada, não ficaria com Helena em hipótese alguma, um dia ela o esqueceria e ele também, assim ele acreditava, mas ali sozinho sabia que isso não tinha acontecido, ele não a esqueceu.Quando ela completou 18 anos, fez o que nunca devia ter feito, cedeu. Não conseguiu resistir quando a encontrou esperando por ele em sua casa, se lembrava com detalhe daquela noite. Helena tinha ido passar o aniversário com o pai, mas ao voltar Murilo tinha preparado uma festa surpresa para ela. Durante a festa Fernando apenas a olhava, com ela fazendo questão de o encarar sem tentar disfarçar o quanto o queria, quando ela lhe pediu uma noite de amor, ele ainda tentou resistir, fugindo de casa para beber um pouco com o seu amigo Luiz, mas ao chegar em casa soube que foi pior pois, a encontrou na cozinha, usando o seu pijama de malha, com os cabelos castanhos escuros caídos pelos ombros e com aqueles olhos castanhos o olhando com malícia.Fernando tinha bebido com a intenção de esquecer o pedido que ela lhe fez, mas a bebida talvez, tenha lhe dado a coragem que lhe faltava.Ele foi até ela e parou a sua frente a olhando, sem conseguir desviar os olhos.— Demorou.— Estava me esperando? — Pergunta se aproximando ainda mais dela.— Sabe que sim — Ela levanta os olhos e o encara.— Você ainda quer o presente? — Pergunta esperando que ela diga que estava brincando, seria muito mais fácil fugir da tentação dessa forma.— É tudo o que eu mais quero. — Ele apenas acaricia a sua nuca a puxando para si.— Isso é loucura, você sabe disso.— Isso é amor. Eu sei que você também gosta de mim.— Helena, você é muito jovem, já consigo imaginar os comentários das pessoas.– Eu não me importo. Ninguém paga as minhas contas, e muito menos as suas.— Helena...— Eu já tenho 18 anos, não sou mais nenhuma criança que não sabe o que quer, e não será mais pedofilia — Responde rindo, antes de voltar a ficar séria — Sou uma mulher e quero ser sua.— Você tem certeza? — Pergunta com a boca quase colada a dela.— Me beija logo — Helena sussurra, ficando com os lábios entre abertos, e pela primeira vez ela sente aquela boca devorando a sua.Fernando a coloca sentada sobre o balcão da cozinha, a olha nos olhos e depois de fazer um carinho em seu rosto, a beija novamente, acariciando em seguida os pequenos seios, sobre o tecido do pijama, era loucura, mas não foi capaz de parar.— Se quiser que eu pare tem que ser agora — Fernando ainda consegue perguntar com a voz rouca, acariciando os mamilos de Helena com os polegares os deixando prontos para serem saboreados — Caso contrário te levarei para o meu quarto.— Me leve para o seu quarto, você é o único homem para quem eu quero me entregar. — O que ela disse serviu como palavras mágicas para ele a pegar no colo e subir em direção ao quarto dele no final do corredor.Sem deixar de beijá-la ele retira o seu pijama a deixando apenas com uma calcinha minúscula de renda preta. Ele desce os beijos até a calcinha e resolve perguntar mais uma vez, mesmo sabendo que teria que tomar um banho gelado se ela desistisse.Como resposta, Helena toca o seu membro rígido, mostrando a ele o quanto o queria, sem perder tempo, ele a deixa totamente nua, ele já a tinha visto várias vezes de biquíni, mas ali era diferente, ela seria sua, ele podia ver aqueles bicos rosados a espera de sua boca, e aquela trilha com alguns pelos escuros, como se fosse um estreito caminho para a perdição.Fernando não consegue desviar os olhos daquele corpo, admirando cada parte dele. Ele corre os dedos com delicadeza por todo o corpo daquela que tanto desejava, ela era linda e perfeita, ele a via sorrir ao seu toque e tudo o que ele queria era ligar o botão do foda-se e assumir aquele sentimento que já estava o deixando louco, mas o medo das críticas o impedia de confessar a ela os seus sentimentos. Helena vivia em sua casa desde a adolescência, dormia em sua casa, já tinha até mesmo o quarto que podia considerar ser dela, ninguém acreditaria que eles nunca tinham ficado juntos antes, provavelmente diriam que ele a seduziu ainda menor de idade.Ele decide apenas aproveitar aquele momento, ela o queria e ele não iria mais rejeitá-la, aquele momento era deles, e daria a ela uma noite que ela jamais esqueceria.Fernando a faz sentir prazer apenas com os seus toques, saboreando demoradamente cada parte do seu corpo, a fazendo chamar o seu nome ao se derramar em sua boca, esse momento ficou gravado em sua memória, assim como tudo o que aconteceu ali naquela noite. Ele a prepara para ser sua e se posiciona entre as suas pernas, pegando uma camisinha, mas ela o impede de colocá-la.— Eu quero te sentir, não se preocupe, amanhã eu tomo a pílula do dia seguinte, mas eu quero te sentir dentro de mim, essa é a minha primeira vez e quero que seja especial e inesquecível para mim.E assim Fernando lhe obedece. Deixando a camisinha de lado, ele entra nela com cuidado para não machucá-la, mas sem nenhuma proteção, ele também queria a sentir daquele jeito, queria se sentir engolido por ela, queria sentir o seu membro naquela gruta quente e úmida.Aquela noite foi especial para Helena, mas para ele também foi, para ambos foi a realização de um sonho, pois há muito tempo eles se desejavam. Estar com ela em sua cama o fazia querer tê-la sempre ali ao seu lado, mas ao vê-la dormindo ao seu lado, abraçada a ele, não conseguiu se livrar da culpa de ter tirado a sua virgindade, ele era um homem de 33 anos, era vivido e cheio de experiências, não podia dar esperanças a ela, teria que deixar claro que o que aconteceu entre eles foi apenas um momento, nada mais que isso, mesmo sabendo não ser verdadade.Quando Helena acorda pela manha ele a olha, e dá um beijo em sua testa, ele pouco havia dormido, e muito antes dela acordar ele já tinha despertado.— Você está bem? — Pergu
Fernando se recupera rápido, e com um sorriso amarelo ele a cumprimenta, tentamdo pensar em uma desculpa para estar ali.— Bom Dia Soraia — Fernando fica sem saber o que dizer, o que ele estava fazendo atrás de Helena, o arrependimento bate a sua porta e ele fica sem reação.— O que faz aqui? — Soraia pergunta novamente, pensando que Helena enfim, tenha decidido o procurar.— É que... É que... — Fernando não consegue encontrar nenhuma desculpa, até alguém aparecer na porta.— Vovó, a mamãe vai vota? Imã tá dodoi.— Aí meu Deus! — Soraia corre para ver Aurora, deixando Fernando ali parado.Soraia entra as presas e Fernando continua ali parado, vendo a senhora que lhe abriu a porta também lhe virar as costas correndo.— Oi tio — Ágata o cumprimenta sorrindo, Fernando olha para baixo e também lhe sorri, se abaixando em seguida à frente dela e lhe belisca a bochecha. Ele não resistiu, ela era muito fofa e tinha as bochechas rosadas que o deixou encantado.Fernando fica olhando a criança
Ao ouvir as palavras de Helena, Fernando paralisa e a médica ao ver a fisionomia de Helena e a de Fernando, entende o que está acontecendo e confirma com a cabeça. Fernando por sua vez, pensa que ele também irá precisar de um cardiologista, pois o seu coração está tão disparado que parece bater na garganta, tem a sensação de que a qualquer momento o seu coração irá sair pela boca.Não era assim que ele esperava descobrir ser o pai do filho de Helena, em um corredor de hospital com a filha entre a vida e a morte, parecia mais um pesadelo e não algo bom como pensou que seria. É difícil assimilar qualquer coisa naquele momento tem a sensação de não ser verdade o que acabou de ouvir, ou mesmo ser um sonho toda a realidade que está vivendo, era como se toda aquela situação fosse irreal.— Vamos — A médica os chama e os dois a seguem em silêncio.A distância até a UTIP parece ser de vários quilômetros, era como se Fernando estivesse participando de uma maratona sem ver a linha de chegada. A
Fernando explica a Bernardo o que será feito e se desculpa com ele pelo que Helena passou até ali, não queria que Bernardo o julgasse por não assumir Helena, mesmo que ele mesmo já estivesse se condenando.— Me desculpe por deixar Helena passar por tudo isso sozinha, mas confesso que até hoje eu não sabia da existência das meninas, mas prometo que a partir de hoje nada faltará a elas, darei a minha vida se preciso for por elas.— Vejo que Helena não mentiu ao dizer que você era um bom homem, e antes que a julgue, acredite, ela só não queria que pensasse estar usando as meninas.— Com Helena eu converso depois. Eu vou levar Ágata comigo, e não se preocupe, elas estarão bem, e a minha casa estará de portas abertas para o senhor.— Só peço que cuide bem das minhas meninas. Soraia vai com você, pois Ágata não te conhece e pode ficar assustada com toda essa mudança.— Obrigado por confiar em mim.— Eu sei o que é o amor de um pai, um dia poderei te contar a minha história, mas agora vá, as
Fernando ao ver que Ágata ainda dormia, pensou em ir até em casa sem parar novamente, provavelmente Aurora já havia chegado ao hospital e ele queria também estar lá.— Estamos quase chegando, quer que eu pare outra vez?— Ela está dormindo e acredito que poderá aguentar chegar em casa.— Se achar necessário é só avisar. Irei precisar de um tempo para me adaptar a rotina de uma criança.— Não se preocupe, você pegará o jeito. Murilo ainda mora com você?— Sim, e trabalha na empresa comigo também. — Fernando solta um suspiro — Ele não vai entender nada.— As coisas estão acontecendo de forma muito rápida, mas depois tudo se ajeita.— Queria lhe pedir desculpas, quer dizer, eu queria que soubesse que eu sempre respeitei a sua sobrinha, e o que aconteceu... — Fernando decide se justificar com Soraia, mas não sabe o que dizer, a única coisa que ele queria, é que ela soubesse que nunca abusou de Helena, afinal, ela confiava a sobrinha em sua casa.— Soube que você era o pai das meninas ao v
Soraia havia ligado para perguntar de Aurora e dizer que estavam bem, a despreocupando em relação à Ágata que sabia se adaptar as situações e estava brincando em alguns brinquedos que havia na lanchonete onde pararam com Fernando tomando conta dela.Fernando consegue estacionar o carro na garagem de casa no início da noite, ele demorou muito mais do que imaginou. Antes de chegarem em casa Ágata acordou chorando e ele precisou fazer mais uma parada, ela parecia estar cansada e ele a deixou mais tempo do que das outras vezes fora do carro, foi quando a deixou brincar nos brinquedos da lanchonete.Ele não sabia muito bem o que fazer, por isso só ficou a olhando com medo dela cair e se machucar, por sua vez, Ágata o chamava de papai como se já o conhecesse há muito tempo, ela lhe pedia as coisas e ele nada negava, mesmo quando Soraia lhe pediu para não comprar, mas ele jámais teria coragem de dizer não a pequena que lhe sorria com o sorriso mais encantador do mundo, o fazendo babar e lhe
Fernando também estava preocupado, mas não podia demonstrar, Helena precisava acreditar que Aurora ficaria bem, assim como ele precisava ser otimista.Eles aguardam o fim da cirurgia em um quarto que Fernando reservou para eles ficarem, seria onde Aurora ficaria na recuperação da cirurgia, Fernando se forçava a acreditar nisso, precisava ter essa confiança, precisava permanecer firme e de pé, pois a luta estava longe de chegar ao fim e naquele momento não só Aurora, mas Helena também precisava dele. Com Ágata ele estava despreocupado, tinha Soraia e Murilo que estavam cuidando dela. — Helena, tome um banho para que se sinta melhor, eu trouxe roupas para você, sei que irá continuar aqui no hospital até que Aurora esteja fora de perigo — Helena havia se sentado em um sofá que tinha no quarto e não parecia querer sair dali — Você tem que estar bem quando ela sair da cirurgia, e o melhor que faz é tomar um banho e descansar um pouco — Fernando tenta a convencer.— Eu vou tomar um banho —
Karen chega na cozinha e vai até Madalena, e sem perder tempo a questiona.— Para onde Fernando foi, e não venha me dizer que não sabe.— Eu realmente não sei, eu tinha ido preparar o quarto para a criança e a senhora que estão na sala.— De onde saíram essas pessoas, e quem é a mãe dessa criança, não perguntei a Murilo, para não me aborrecer ainda mais, garoto insuportável.— A senhora quer alguma coisa?— Colocar essas pessoas para correr — Responde rindo com deboche — Mas infelizmente você é uma inútil e não poderá fazer isso, mas pelo menos conseguirá descobrir quem são essas pessoas, caso contrário ficará sem emprego quando eu for a sua patroa.Madalena a olha de lado, bem que ela sabia que a criança era filha de Fernando, mas não diria isso a Karen. Se era uma inútil, para que lhe contar isso? O melhor que podia fazer era permanecer se fingindo de boba.— Pode ser uma amiga do Murilo, o senhor Fernando tem um bom coração, e pode estar apenas ajudando.— Aqui não é casa de carida