(Théo)
_ Quero ir para casa. — A voz de Camila sai por entre soluços mal controlados de humilhação.
Eu me levanto e paro ameaçadoramente na frente dela. O meu rosto está sombrio conseqüência da excitação não realizada. Ela olha para os lados com vontade de fugir. Com certeza teria fugido dali, se achasse que suas pernas poderiam sustentá-la.
— Por que está se fazendo de ofendida? — pergunto com violência, examinando com desprezo as lágrimas penduradas nas pontas dos cílios da jovem a minha frente. — Eu deixei bem claro que queria você.
_ Deixara mesmo – ela concorda com um murmú
(Camila)Eu usei os preciosos momentos que Théo levou para entrar em seu carro e ir embora para me dominar um pouco, antes de me dirigir até a cozinha, onde meu padrasto e minha mãe esperavam sentados._ Parece que o cara tem dinheiro – Turco começa.Respiro fundo tentando ignorar as palavras desse bêbado._ Eu não sei o que esses homens com dinheiro vê em você – ele me olha com repúdio – Você nem é tão bonita assim._ Turco... – minha mãe tenta fazê-lo calar, mas de nada adianta porque ele continua._ Quem s
(Théo)Seis dias se passaram, mas por mais que me mantive ocupado com as empresas da ilha e com os negócios em Atenas a verdade é que não consigo esquecer a deusa morena da Camila.A última noite que passei com ela foi cheia de surpresas. Primeiramente, pelo fato de mais uma vez ela se negar a mim. Mesmo excitada e cheia de tesão aquele mulherão se recusou a deixar que eu a tocasse mais intimamente. E eu, mais uma vez, fiquei furioso e irritado com isso ao ponto de ofendê-la.Mas o que mais me deixou surpreso foi o fato de uma mulher tão sensual ser ainda virgem. Deixa eu corrigir, uma garota. Droga! Ela só tem 18 anos. É praticamente uma jovem recém-saída da adolescência. Me sinto
(Camila)Parece que o Turco tirou o dia de hoje para me irritar. Fez comentários desagradáveis o tempo todo. Eu não sei como minha mãe conseguiu se casar com um homem como ele. Aliás, sei sim... Ela se casou por amor! Amor ao meu irmão e a mim. Naquela época, meu padrasto apareceu como um bote salva vidas no meio de um naufrágio.Apesar da nossa situação precária atual estaríamos muito pior, se não tivéssemos o apoio financeiro do Turco.Olho para as mesas. Todos os clientes do quiosque foram embora. Felizmente, o movimento hoje foi ótimo._ Estou morta de cansaço – digo para a minha mãe que está
(Théo)Tentei colocar um pouco de juízo na cabeça da minha irmã. Se o estado do Nico já era difícil de ver o da minha irmã era deplorável. Ela estava arrasada. Poxa! A situação dos dois era tão fácil de se resolver. Poderiam adotar ou usar a fertilização in vitro. Mas Helena cismou que é uma mulher seca e incompleta e que Nico merece uma mulher completa.Eu fico com dó da minha irmã e de todas as mulheres em geral. A sociedade cobra muito delas em relação do papel da mulher. Por mais que a mulher tenha conseguido ganhar mais espaço e ficar empoderada, é passada a imagem que pra ser mulher precisa ser mãe, como prova disso, toda menina ainda na infância tem como um dos primeiros b
Olá darkleitora ou darkerido!Sejam bem vindo ou vinda ao meu mais novo romance dark.Aqui você não encontrará um enredo convencional, haverá violência física, verbal e psicológica, palavras inapropriadas e assuntos que possam mexer com pessoas mais sensíveis.Se você não gosta desse tipo de enredo, então sugiro que nem comece a ler, porque como já escrevi, o romance é dark.Dessa vez a história acontecerá na Grécia e o mocinho não é mafioso.A mocinha também será bem diferente das que escrevi até agora, já que ela é marr
(Camila)Estou aqui sentada sozinha no recreio. As meninas daqui não gostam de mim. Tentei ser amiga delas assim que entrei nessa escola, mas a única coisa que recebi foi insultos por ser uma pobretona gordinha e mal vestida. Os meninos vivem puxando meu cabelo e pondo chiclete na minha cadeira para eu sentar em cima e estragar a minha saia de uniforme de segunda mão.Eu olho para eles e sinto um pouco de pena. Eles podem ser bonitos, ricos e bem vestidos, mas parecem crianças e adolescentes infelizes, já que para se sentirem bem e felizes precisam curtir com pessoas diferentes deles.Realmente sou uma criança pobre. Moro num casebre na parte mais pobre dessa ilha. Minha mãe é manicura e meu pai é pescador. Os dois
(Camila)Hoje eu estou completando dezoito anos e novamente tenho certeza que minha mãe esqueceu disso mais uma vez. Eu não a culpo, ela anda trabalhando muito e está exausta. Estou muito preocupada com a saúde dela.Ela não é a mulher feliz e saudável que era quando o meu pai era vivo. Infelizmente, as coisas ficaram muito difíceis depois que meu papai morreu. Como o barco que meu pai trabalhava estava sem revisão e papai não estava em dias com alguns impostos mamãe nunca conseguiu receber ajuda do governo. A nossa renda era exclusivamente das unhas que ela fazia.Como não tinha condições de continuar pagando a escola para o meu irmão, ele saiu da escola e foi para uma p&u
(Camila)Já são oito horas da noite e estou morta de cansaço. Minha mãe e meu padrasto foram ao banco pela manhã e não voltaram mais para o quiosque. O meu irmão também não apareceu também depois do intervalo dele do almoço. Espero que ele não tenha aprontado.Guardo as coisas, pego o dinheiro do caixa e fecho o quiosque porque vou para a boate. Se eu me apressar, chego em casa em dez minutos. A Larissa disse que me buscaria às nove e ela é super pontual.Ando pela praia um pouco temerosa, mas qualquer coisa uso o spray que tenho dentro da bolsa.Chegando perto de casa já dá pra ouvir os gritos do meu irmão e