Fiquei sentado naquele corredor de hospital vestido numa bata hospitalar, sinto-me desesperado pelo fato da Emília vim para cá, pedi o telefone da recepção e liguei para Yan que prontamente atendeu o celular. — Bom dia Tarso, qual o problema dessa vez? — Yan pergunta com a voz sonolenta. — Emília desmaiou e trouxe ela para o hospital. — Falo triste. — Tem dedo seu nesse desmaio, a sua voz está estranha. — Yan fala sério. — Venha até onde estou e Yan e de preferência traga uma camisa para mim, sai de casa só de calça. — Já eu chego Tarso. — Yan desliga o celular. Olho para o lado e Alicia enfim aparece naquele corredor, levanto-me rapidamente ansioso por notícias da Emília. — Alicia com está Emília? — Pergunto preocupado. — Precisamos conversar cunhado e a sós, acompanhe-me por favor. Se ela queria ver-me nervoso conseguiu, tento esconder a minha insegurança para Alicia não perceber o quanto aflito estou, sentamos no restaurante do hospital e ela pede dois cafés para n
Não dá para entender tamanha rebeldia do Tarso, ele acha que todos o odeiam e não é assim, pelo contrário eu tenho muita vontade de ajudá-lo a entender os seus traumas o porquê dele ser assim quando tem tudo, não quero acreditar que o seu comportamento é somente porque a sua mãe o deserdou, espero muito que ele não saia mais de casa hoje. Fui descansar e o deixei na sala, acabei dormindo ao acordar lembrei do Tarso, levantei rápido e ele acabou dormindo no sofá, aproximo-me lentamente e toco no seu braço. — Tarso venha para o seu quarto. — Falo baixo. — Acabei assistindo e perdi a hora, eu vou embora Emília. — Tarso fala ao se levantar. — Não vai Tarso, já é madrugada! Passe a noite aqui. — Está bem. — Tarso fala sonolento. O levei até o seu quarto, entreguei-lhe o edredom e pude voltar a dormir tranquila porque Tarso ficou aqui. No dia seguinte acordei e Mirtes fala que Tarso saiu cedo, só tomou café. Já respirei fundo e em silêncio tomo o meu café também, e a campainha t
O apartamento da Emília tem uma paz que não sei explicar, sentei no sofá e fiquei assistindo uma série e quando dei por mim, estava sendo acordado por Emília que me leva até o quarto. Dormi muito bem e no dia seguinte abro os olhos e encontro-me ainda aqui no conforto do apartamento da Emília e sem querer ir embora, não estou gostando nada dessa minha vontade de permanecer aqui. Sem pensar muito levantei rápido, fui ao banheiro, lavei o meu rosto e ao chegar na sala encontro Mirtes, tive que inventar uma desculpa para ela de não demorar muito aqui, entrei no táxi e fui para o hotel que estou hospedado. Procurei Yan cedo da cama para levar o catálogo os móveis para Emília ver, sou homem e não entendo nada de casa e para completar Kiko liga-me perguntando pelo bendito casamento dele e mais um problema para Yan resolver, vou mandar ele contratar um cerimonialista para organizar tudo e mandar só a conta para eu pagar. Passei a manhã trabalhando remotamente, que não vi as horas se pass
Se tem uma coisa que é difícil lidar na vida é com a rejeição e a frieza das pessoas Tarso não deixou eu me explicar e deixou-me no restaurante frustrada, nem sequer o número do seu telefone ele me deu, não consigo ter as rédeas da vida dele e nunca conseguirei porque Tarso não se desarmar, é sempre assim explodindo como uma bomba e só me restou enxugar as lágrimas e seguir o meu caminho. Voltei para o meu apartamento e Alicia esperava-me sentada na sala e ela ao me ver com o semblante triste ela já abre os braços. — Que semblante triste é esse minha flor? — Alicia pergunta. — Hoje foi um dos dias em que eu Tarso nos aproximamos mais e Clóvis apareceu e acabou insinuando para Tarso que eu só aceitei casar com ele para garantir o meu futuro, a Alicia como é ruim ser taxada de mulher interesseira sem ser, ainda bem que você me conhece e sabe o quanto eu estudei para sempre ser aprovada em toda prova da senhora Elis eu só não sabia que o sacrifício maior era casar com Tarso. — Falo
Alicia procurou Yan para me avisar que Emília viajou a trabalho a mando da minha mãe o que não me admirei muito faz parte do trabalho dela. O que não saiu da minha cabeça foi o tal do Clóvis e mandei investigar um pouco da sua vida e acabei descobrindo que ele viajou para o mesmo estado em que Emília foi trabalhar, o que me deixa intrigado. Maldita hora que o meu passaporte foi preso, se pudesse viajar iria até Emília preciso saber mais dessa amizade, na investigação que fiz não fala nada sobre a Emília ter se envolvido com Clóvis e a minha dúvida fez-me ir até à casa da minha mãe e ao chegar lá dou de cara com o maldito juiz que prendeu o meu passaporte. — Olha só, que horas são Tarso? Bem cedo aqui! Será mais problemas — Mamãe pergunta vindo na minha direção. — Virei um santo agora senhora Elis, só vim para saber o porquê mandou Emília viajar no seu lugar. — Porque Emília trabalha para mim, ele tem deveres a ser cumprido e quando não posso ir, ela vai, não somos como você um vaga
Foi três dias incansáveis de muito trabalho, pensei até que iria demorar mais, com muita paciência e eficiência concluí todo o trabalho pendente e já era de voltar, mas jamais imaginei chegar e ver Tarso ali esperando-me vestido do seu jeito largadão de moletom a esperar-me os seus olhos encaravam-me, e só assim percebo como ele é lindo. Mas Tarso está a diferente eu não sabia o que tinha acontecido, mas ele não estava normal, durante o caminho percebi que não estávamos indo para o meu apartamento e sim para a casa dele e pude contemplar o novo e quão lindo ficou tudo, mas não resisti aos gatos que lá estavam nos esperando ao abrir a porta. — Tarso tudo está lindo, mas posso pedir-te algo? — Pergunto sentada no chão com gatos no colo. — Pode! — Tarso fala se apoiando no sofá. — Quero plantar umas flores, preparar um jardim. — Fica a vontade Emília. — Estou muito cansada, Tarso vou falar com Mirtes para ela contratar um jardineiro para me auxiliar em tudo. Tarso fica na sala,
Acordei e ainda sonolento, abri as cortinas da janela do meu quarto e vejo um homem sarado cuidando do jardim e Emília do lado, a cena dos dois me incomodou muito, eles pareciam muito à vontade, fui rapidamente ao banheiro fazer a minha higiene e desci para olhar de perto quem era aquele sujeito e fui direto para a cozinha. — Mirtes você sabe de onde saiu aquele homem sarado, cheio de intimidade com Emília? — Pergunto nervoso. — É o meu sobrinho senhor Tarso, Emília pediu um jardineiro e eu o trouxe comigo, está com ciúmes, senhor Tarso? — Mirtes pergunta. Mudei de cor com a sua pergunta e sai da cozinha sentindo uma raiva, fecho os punhos e respiro fundo tentando ter autocontrole ao ver esse homem perto da Emília. A mesma não parece se importar com o rapaz, porque eu estou incomodado até demais, tento controlar-me, mais não aguentei e fui lá onde estava os dois mostrar a ele que Emília tem dono e lembrar ela que também é casada comigo. Marquei presença onde estavam os dois e b
Ao chegarmos na igreja tive que me vestir de sorrisos, Tarso a todo instante segurando a minha mão a impressão que eu tinha era que ele tinha medo de soltar-me e eu fugir, o ambiente ao nosso redor era de gente simples como eu gosto, o bom da vida que me adaptei bem aos dois mundos, sei muito bem de onde eu vim e para aonde vou. Tudo está perfeito no casamento, menos a hora em que chegamos na festa que vejo Tarso bebendo um copo de bebida atrás do outro, tenho medo dele perder um pouco o controle aqui. Mas a sua bebedeira tinha um motivo criar coragem para me pedir desculpas, Tarso é daqueles que precisa beber para falar do que o coração está cheio e o dele está cheio de carência e solidão quando o mesmo pediu para ficar comigo. Por mais solidão que eu tenha na minha vida, jamais ficaria com um homem na situação em que Tarso está, tudo o que eu queria também era ficar com ele, entregar-me inteiramente, mas tenho medo de acontecer o mesmo que aconteceu no passado, ser rejeitada como