O apartamento da Emília tem uma paz que não sei explicar, sentei no sofá e fiquei assistindo uma série e quando dei por mim, estava sendo acordado por Emília que me leva até o quarto. Dormi muito bem e no dia seguinte abro os olhos e encontro-me ainda aqui no conforto do apartamento da Emília e sem querer ir embora, não estou gostando nada dessa minha vontade de permanecer aqui. Sem pensar muito levantei rápido, fui ao banheiro, lavei o meu rosto e ao chegar na sala encontro Mirtes, tive que inventar uma desculpa para ela de não demorar muito aqui, entrei no táxi e fui para o hotel que estou hospedado. Procurei Yan cedo da cama para levar o catálogo os móveis para Emília ver, sou homem e não entendo nada de casa e para completar Kiko liga-me perguntando pelo bendito casamento dele e mais um problema para Yan resolver, vou mandar ele contratar um cerimonialista para organizar tudo e mandar só a conta para eu pagar. Passei a manhã trabalhando remotamente, que não vi as horas se pass
Se tem uma coisa que é difícil lidar na vida é com a rejeição e a frieza das pessoas Tarso não deixou eu me explicar e deixou-me no restaurante frustrada, nem sequer o número do seu telefone ele me deu, não consigo ter as rédeas da vida dele e nunca conseguirei porque Tarso não se desarmar, é sempre assim explodindo como uma bomba e só me restou enxugar as lágrimas e seguir o meu caminho. Voltei para o meu apartamento e Alicia esperava-me sentada na sala e ela ao me ver com o semblante triste ela já abre os braços. — Que semblante triste é esse minha flor? — Alicia pergunta. — Hoje foi um dos dias em que eu Tarso nos aproximamos mais e Clóvis apareceu e acabou insinuando para Tarso que eu só aceitei casar com ele para garantir o meu futuro, a Alicia como é ruim ser taxada de mulher interesseira sem ser, ainda bem que você me conhece e sabe o quanto eu estudei para sempre ser aprovada em toda prova da senhora Elis eu só não sabia que o sacrifício maior era casar com Tarso. — Falo
Alicia procurou Yan para me avisar que Emília viajou a trabalho a mando da minha mãe o que não me admirei muito faz parte do trabalho dela. O que não saiu da minha cabeça foi o tal do Clóvis e mandei investigar um pouco da sua vida e acabei descobrindo que ele viajou para o mesmo estado em que Emília foi trabalhar, o que me deixa intrigado. Maldita hora que o meu passaporte foi preso, se pudesse viajar iria até Emília preciso saber mais dessa amizade, na investigação que fiz não fala nada sobre a Emília ter se envolvido com Clóvis e a minha dúvida fez-me ir até à casa da minha mãe e ao chegar lá dou de cara com o maldito juiz que prendeu o meu passaporte. — Olha só, que horas são Tarso? Bem cedo aqui! Será mais problemas — Mamãe pergunta vindo na minha direção. — Virei um santo agora senhora Elis, só vim para saber o porquê mandou Emília viajar no seu lugar. — Porque Emília trabalha para mim, ele tem deveres a ser cumprido e quando não posso ir, ela vai, não somos como você um vaga
Foi três dias incansáveis de muito trabalho, pensei até que iria demorar mais, com muita paciência e eficiência concluí todo o trabalho pendente e já era de voltar, mas jamais imaginei chegar e ver Tarso ali esperando-me vestido do seu jeito largadão de moletom a esperar-me os seus olhos encaravam-me, e só assim percebo como ele é lindo. Mas Tarso está a diferente eu não sabia o que tinha acontecido, mas ele não estava normal, durante o caminho percebi que não estávamos indo para o meu apartamento e sim para a casa dele e pude contemplar o novo e quão lindo ficou tudo, mas não resisti aos gatos que lá estavam nos esperando ao abrir a porta. — Tarso tudo está lindo, mas posso pedir-te algo? — Pergunto sentada no chão com gatos no colo. — Pode! — Tarso fala se apoiando no sofá. — Quero plantar umas flores, preparar um jardim. — Fica a vontade Emília. — Estou muito cansada, Tarso vou falar com Mirtes para ela contratar um jardineiro para me auxiliar em tudo. Tarso fica na sala,
Acordei e ainda sonolento, abri as cortinas da janela do meu quarto e vejo um homem sarado cuidando do jardim e Emília do lado, a cena dos dois me incomodou muito, eles pareciam muito à vontade, fui rapidamente ao banheiro fazer a minha higiene e desci para olhar de perto quem era aquele sujeito e fui direto para a cozinha. — Mirtes você sabe de onde saiu aquele homem sarado, cheio de intimidade com Emília? — Pergunto nervoso. — É o meu sobrinho senhor Tarso, Emília pediu um jardineiro e eu o trouxe comigo, está com ciúmes, senhor Tarso? — Mirtes pergunta. Mudei de cor com a sua pergunta e sai da cozinha sentindo uma raiva, fecho os punhos e respiro fundo tentando ter autocontrole ao ver esse homem perto da Emília. A mesma não parece se importar com o rapaz, porque eu estou incomodado até demais, tento controlar-me, mais não aguentei e fui lá onde estava os dois mostrar a ele que Emília tem dono e lembrar ela que também é casada comigo. Marquei presença onde estavam os dois e b
Ao chegarmos na igreja tive que me vestir de sorrisos, Tarso a todo instante segurando a minha mão a impressão que eu tinha era que ele tinha medo de soltar-me e eu fugir, o ambiente ao nosso redor era de gente simples como eu gosto, o bom da vida que me adaptei bem aos dois mundos, sei muito bem de onde eu vim e para aonde vou. Tudo está perfeito no casamento, menos a hora em que chegamos na festa que vejo Tarso bebendo um copo de bebida atrás do outro, tenho medo dele perder um pouco o controle aqui. Mas a sua bebedeira tinha um motivo criar coragem para me pedir desculpas, Tarso é daqueles que precisa beber para falar do que o coração está cheio e o dele está cheio de carência e solidão quando o mesmo pediu para ficar comigo. Por mais solidão que eu tenha na minha vida, jamais ficaria com um homem na situação em que Tarso está, tudo o que eu queria também era ficar com ele, entregar-me inteiramente, mas tenho medo de acontecer o mesmo que aconteceu no passado, ser rejeitada como
Não soube lidar muito com o doce que a Emília faz, eu não fazia ideia de como ainda existem mulheres difíceis, aliás não sei porque tentei ficar com ela, Emília e eu somos muito diferentes. Emília por um momento parecia ter gostado do nosso beijo, mas enfim decidi não insistir mais, de onde sei que não vai sair nada e fiquei afastado dela, só conversávamos o necessário e Emília cuida de tudo muito bem, mas ela desistiu do jardim e antes de sair de casa encontrei Mirtes na cozinha e resolvi perguntar pelo jardineiro. — Mirtes foi Emília quem pediu que Mário não viesse mais? — Pergunto curioso. — Foi senhor Tarso, mas Mário sentiu-se culpado por causar ciúmes entre vocês. — Mirtes fala sem graça. — Ligue para ele e avisa que o quero aqui trabalhando nesse jardim. — Ordeno. Mirtes imediatamente ligou para ele, e fui trabalhar enquanto Yan viajou no meu lugar para resolver problemas profissionais. Sempre que tenho tempo vou visitar o Cristian no orfanato e ordenei a Yan que comprasse
Tarso resolveu se afastar de mim de vez e eu respeitei o seu momento, para melhor falar o nosso momento e resolvi cair de cabeça no meu trabalho e foquei no meu bem-estar físico e psicológico, aproveitei essa semana e fui para a terapia, preciso realinhar os sentimentos, e as emoções. No caminho para a casa lembrei de ligar para Alicia, estou tão ocupada que quase não nos vimos mais depois que ela resolveu ir morar sozinha, liguei para ela mas ninguém atendeu o telefone. Liguei para o hospital para saber se Alicia já chegou para o seu plantão e fui avisada que ela não apareceu e teve que ser substituída. Já estava um pouco tarde, passei no seu apartamento e fui avisada pelo porteiro que Alicia saiu, voltei para a casa, e ao chegar ela estava esperando. — Alicia passei no seu apartamento, não sabia que tinha vindo para cá. — Falo surpresa. — Posso dormir aqui? — Alicia pergunta quase chorando. — Claro que pode só não entendo o porquê está chorando! — Estou grávida Emília. —