Lunna Vincent Kalk
Mais um dia de trabalho. Penso nisso com um sorriso no rosto, é raro hoje em dia alguém que levante feliz para mais um dia de trabalho, a maioria só quer apenas estar empregado, que já é o suficiente. Por muito tempo fui assim, desde muito nova sempre trabalhei para ajudar meus pais dentro de casa, como trabalhar de babá, pet shop, empacotadora no supermercado, me orgulho muito de tudo o que fiz, porque foi assim que consegui ajudar meus pais em casa e fazer minhas coisas
Trabalho em uma grande empresa de Perfumaria D’ Luxy minha função na empresa em primeiro momento era como gestora, trabalhar com processos industriais de venda, compra de serviços ou mercadorias, e neste ano não estamos tendo muito sucesso com as vendas dos produtos devido surgir uma concorrente muito forte no mercado, e desde então venho observando um queda em procura dos nossos produtos.
Quando no primeiro momento sugeri um lançamento diferente, algo que chama-se o marketing para o nosso lado, já era tarde pois o senhor Cárter estava realizando uma dispensa coletiva e vinte por cento da empresa estava sendo demitida e graças á Deus escapei, só no fundo eu sabia que da próxima eu não escaparia pois a situação estava muito ruim para nós, como sei?.Ontem em mais um dia agitado e cansativo na empresa onde tivemos que trocar mais uma vez nossas funções onde está semana estava como secretária do senhor Cárter, meu chefe, percebi que ele estava estranho, nervoso todas as vezes que eu batia em sua porta para levar alguma documentação. O homem era conhecido por sempre falar muito no escritório, andando para todos os lados brincando com os
funcionários, de muito bom humor, em momento algum saiu ou falou conosco, ficou praticamente o dia inteiro na sua sala, misterioso.Enfim meu desejo de hoje é que tudo esteja melhor, estou preparada para tudo, mesmo com medo do que possa acontecer, isso é inevitável veremos hoje, espero que ele esteja melhor...
Levanto-me da cama me espreguiçando para espantar toda a preguiça que habita em meu corpo, no caminho para o meu banheiro quase caio de cara no chão ao tropeçar na coberta de tanto sono que estou. Sinto que não dormi nada, apenas pisquei. Assim que chego no banheiro do corredor me tranco e começo a realizar minhas higiene pessoais. Meu banho dura exatos vinte minutos, não posso me dar o luxo de ficar uma hora, porque, primeiro não sou rica e a conta de luz e água vem uma fortuna no fim do mês.
Saio enrolada na toalha me sentindo renovada depois deste banho gelado e gostoso, quando se é pobre acaba se acostumando com a temperatura, pego minha roupa que já está separada em cima da poltrona que fica no meu quarto, desde sempre costumo separar todas as minhas coisas para trabalhar no dia seguinte, isso economiza tempo para que eu possa comer e me arrumar tranquilamente sem precisar acordar muito cedo, minha melhor amiga diz que é toc, gosto de pensar que é organização
Me visto sem pressa uma calça
preta com uma blusa gola alta e frente única da mesma cor da calça, fazendo uma maquiagem leve pois não gosto de nada pesado ainda mais por trabalhar de dia, coloco meu salto alto aberto de uma tira mas confortável para o dia de trabalho praticamente a maior parte em pé, pôr fim verifico se todos meus documentos e a chave do meu guerreiro está na minha bolsa, antes de saí confiro o meu relógio de pulso— Merda! — Começo a correr em direção a cozinha, capturando uma maçã na fruteira em cima da mesa, trancando a porta assim que passo por ela. Destravo as portas do meu Chevrolet preto, meu bairro não tem uma fama muito boa, de vez em quando surge uns ''sem futuro'' assaltando o pessoal, não podemos ter tudo nessa vida
O caminho não é tão demorado quanto pensei que seria, o que melhorou muito durante o caminho foi ouvir as músicas que estão passando na rádio no primeiro horário da manhã. Após passar na catraca do estacionamento e com muita sorte achar uma vaga ao lado da porta lateral que dá de frente para os elevadores. Aciono o alarme, meu brutos não vale muito mais ainda anda, então toda segurança é pouco. Entro na empresa, me identifico para o segurança mostrando meu crachá, algo chama a minha atenção enquanto espero o elevador, vejo no saguão algumas pessoas saindo segurando caixas, outras chorando
— O dia pra esse povo começou com o pé esquerdo — Comento com o segurança do meu lado
Assim que o elevador chega, mais três pessoas, duas mulheres e um homem, saem carregando mais caixas. Clico no nono andar, a subida até que é rápida já que só eu estou no elevador neste momento, assim que chego no meu andar vou direto para minha mesa, pego meu celular para colocá-lo no silencioso, vejo uma mensagem de Brooke minha melhor amiga, Sorrio lendo a mensagem
Brooke>" Oiiii, topa almoçar?! Quero saber de todos os babados... Beijos
❤
Após combinar com Brooke, começo meu trabalho, porém vejo todas as reuniões foram canceladas, sinto um frio na barriga, mas não tenho tempo de pensar pois senhor Cárter saí da sua sala, com uma expressão cansada com bolsas escuras em baixo dos olhos de noites em claro
— Lunna, poderia vir em minha sala por favor?... — Pergunta com uma voz bem abatida. Levanto-me prontamente para segui-lo
Em sua sala noto imediatamente a bagunça, almofadas no chão assim com alguns papéis espalhados, ele me mostra a cadeira pedindo para sentar-me obedeço engolindo seco
— Bom, — Começa — Então, a empresa está passando por uma crise na venda como falado em todas as nossas reuniões, fizemos de tudo, mas não temos recursos, cortamos funcionários onde eu imaturamente achei que funcionaria, mas infelizmente estamos falidos. — Eu fiquei em choque, eu estou demitida.
Lunna Vincent Kalk— Aí meu Deus... — Exclamo assustada levando minha mão até a minha boca— Sinto muito, sei que é difícil, mas eu tentei de tudo pra conseguir recuperar a empresa, infelizmente não consegui. — Diz — Você é uma menina de ouro, com apenas vinte e três anos, seu currículo é incrível, você vai conseguir um emprego rápidoSempre fui uma garota estudiosa, mesmo não tendo condições financeiras, passei minha vida toda trabalhando e quando fiz aniversário de dezesseis anos, juntei minhas economias com meus pais e consegui comprar um computador de segunda mão com linhas na tela, e quando descobri que o mundo da internet usei para o meu crescimento, descobrir muitas plataformas online de cursos, fiz todos que consegui, contabilidade, recursos humanos, passava horas e dias estudando. Com o dinheiro que sobrava pagava os certificados, pois eram documentos de comprovações, por isso meu currículo é tão extenso.Na época do colegial, por ter um nível avançado pude ultrapassar alguma
Lunna Vincent KalkNada como um bom pijama velho, um pote de sorvete para afogar as mágoas depois de passar a tarde enviando currículo para todos os lugares possível. Estou deitada em um sofá e a Brooke no outro vendo um filme no qual não sei o nome, na verdade não estou nem prestando atenção.Ouço meu celular tocar na mesinha de centro, vejo um número desconhecido, então desligo. Não demora muito o mesmo número liga novamente— Deve ser cobrança ou aquelas ligações erradas — Divago— Ou não! — Divaga enfiando pipoca na boca. Volto a me ajeitar no sofá, quando pela terceira vez o telefone toca — Atende logo, ou você ganhou na loteria ou alguém está morrendo— Alô? — Atendo a ligação enquanto vou abaixando o volume do filme— Olá, Boa Noite! Poderia falar com a senhorita Lunna Vincent Kalk — Ouço me sentando no sofá atraindo a atenção de Brooke que por um milagre para de comer, comfirmo que sou eu— Olá Lunna, me chamo Úrsula, da Zumach.Inc. Recebemos seu currículo via e-mail, gostaría
Balaço minha cabeça afastando meus pensamentos negativos, logo o elevador chega no térreo e as portas se abrem, assim que chego no trigésimo andar e as portas se abrem, sou presenteada pela vista do Rio Hudson, uma coisa mais linda, respiro fundo e me aproximo da recepção, uma moça sorri pra mim, retribuo o sorriso me aproximando de sua baía— Senhorita Kalk?. — Me cumprimenta educada — Sim — Sorrio apertando sua mão — Por favor me chame somente de Lunna — Peço educadamente— Prazer, sou a Úrsula. — Retribuindo meu aperto de mão— Muito prazer, muito obrigada por me informar sobre a entrevista. — Agradeço— Disponha menina, irei avisar ao senhor Zumach, que você chegou. — Diz pegando o telefone e digita um ramal do seu chefe efetua a ligaçãoInforma para o chefe que estou na recepção e seu nome me desperta curiosidade. Ele provavelmente é alemão, nome é diferente chega ser um tanto estranho na pronuncia— Tudo certo Lunna, o chefe está á sua espera — Acena para que eu a siga — Me acom
— Acho que informei tudo, caso tenha esquecido de algo minha doméstica irá lhe repassar — Explicou e pego o papel de sua mão — Aqui está o documento de acordo com o seu serviço, nele está planos no qual terá direito, salário ... — Conforme ele fala vou seguindo com os olhos e quando paro no valor do meu salário disfarço um pequeno engasgo — Alguma objeção?— Muito obrigada pela oportunidade — Me levanto sorrindo abertamente incapaz de esconder minha felicidade mediante a este emprego. Aperto sua mão me despedindo olhando nos seu olhos, e novamente sinto um arrepio percorrer todo o meu corpo— Gostaria que fosse até minha casa, se possível amanhã mesmo para conhecer o local onde você irá morar e também as crianças. Será que tem disponibilidade? — Pergunta com sua boca se curvando em um sorriso pequeno e simples— Claro ficarei muito feliz em conhece-las, mais uma vez obrigada — Agradeço me virando para ir em direção a porta e sinto seu olhar queimando minhas costas— Disponha, até aman
A Empire Zumach é a empresa que herdei no lugar do meu pai, pois meu avô em seu testamento passou tudo o que ele tinha para mim, e não para o meu pai. Quando eu assumi a Empire, a empresa era bem sucedida, mas não com a fortuna incontável que é hoje. Trabalhei muito duro, dia e noite para fazê-la crescer, e hoje eu ser considerado o homem mais rico do mundo, com a empresa mais lucrativa do mundo. Minha sede de crescer ainda mais, faz com que eu não pare de trabalhar incansavelmente todos os dias para expandi-la ainda mais, o que gera a raiva incontrolável do meu pai.Chego na empresa passando direto pela barreira de segurança da garagem no subsolo, estaciono na minha vaga reservada, saio do carro arrumando meu blazer e ativando o alarme do carro indodireto para a entrada que dá acesso ao hall dos elevadores, aperto o botão do meu elevador privativo e clico o botão do trigésimo. Não demora muito chego no meu andar, cumprimento Úrsula que está na recepção— Bom dia Úrsula, traga-me um
Dois dias depoisMais cedoNão sei como prosseguir com a minha vida, com meu dia de trabalho. Já fazem dois dias da entrevista e ainda estou com a fisionomia dela na minha memória. A beleza dela é coisa de outro mundo, ao mesmo tempo que estou encantado, estou perturbado com um sentimento de que estou traindo a memória da minha mulherA Katherine não merece que eu a desrespeite sua memória assim, com esses pensamentos, podem me achar hipócrita pois me permito dormir com outras mulheres, mas sentir algo além do que sentir agora, isso eu sinto que não posso, não posso fazer isso com a mãe das minhas filhas que morreu para que elas pudessem viverNão consigo esquecer os olhos dela são os olhos azuis esverdeados brilhantes, como os das minhas filha que ficam azuis quando acordam ou choram e na maioria das vezes ficam verdes pois dizem que os olhos delas mudam dependendo da claridade. O que foi estranho no começo, pois os meus olhos são de um castanho escuro e Kate são azuis, o que pela ló
Desço o último degrau da escada e sorrio com minhas meninas correndo pelo gramado, o que é sempre assim, elas sempre voltam agitadas da casa de minha mãe, mas é uma reação boa, pois sei que foram apenas as três, quando minha mãe as levam e sei que meu pai esteve presente, elas voltam piores do que foram— Papai — Grita Alice correndo em minha direção sendo seguida por Clarisse— Oi minhas bebês — Pego minha levada no colo e logo repito o movimento com minha outra levada — Como foi na casa da vovó?— Foi tudo bem — Responde Clarisse e logo se aproxima como se quisesse falar em meu ouvido — O vovô não estava lá, então foi muito divertido, a vovó não ficou chorando e a gente brincou muito de chá da tarde— Isso é muito bom filha — Beijo a bochecha das duas — Vocês lembram né, se o vovô fizer qualquer coisa, é pra falar com o papai, e não ficar com medo, tá?. O papai é o melhor amigo de vocês, e vai sempre defender vocês— Tá bom papai — Fala Alice sendo seguida por Clarisse com um aceno
Depois de alguns minutos já estamos na estrada, mandei uma mensagem para Brooke falando o local escondido que deixei a chave reserva para ela e logo desligo meu celular para admirar a vista. Algo que já estou começando a sentir falta é de dirigir, uma das regras é que eu deveria sempre sair com as meninas com os seguranças ou com os seus carros que são blindados, e meu neném não é nada disso, é um simples recém-nascido que consigo arcar❤Não demora muito entramos no condomínio onde seria minha próxima moradia nos meses seguintes, algumas casas mais simples logo começam a aparecer, Valentina havia me falado que este condomínio é somente do chefe, as casas menores são dos funcionários para que possam morar com suas famílias perto. Paramos em frente ao portão principal onde Terry se identifica e me olham também confirmando nossa entrada e avisto a casa. Mesmo já tento visto antes, sua grandeza e beleza me surpreendem mais uma vez. Dá pra morar umas cinquenta pessoas facilmente neste lug