Capítulo 1 ♡

Lunna Vincent Kalk

Mais um dia de trabalho. Penso nisso com um sorriso no rosto, é raro hoje em dia alguém que levante feliz para mais um dia de trabalho, a maioria só quer apenas estar empregado, que já é o suficiente. Por muito tempo fui assim, desde muito nova sempre trabalhei para ajudar meus pais dentro de casa, como trabalhar de babá, pet shop, empacotadora no supermercado, me orgulho muito de tudo o que fiz, porque foi assim que consegui ajudar meus pais em casa e fazer minhas coisas

Trabalho em uma grande empresa de Perfumaria D’ Luxy minha função na empresa em primeiro momento era como gestora, trabalhar com processos industriais de venda, compra de serviços ou mercadorias, e neste ano não estamos tendo muito sucesso com as vendas dos produtos devido surgir uma concorrente muito forte no mercado, e desde então venho observando um queda em procura dos nossos produtos.

Quando no primeiro momento sugeri um lançamento diferente, algo que chama-se o marketing para o nosso lado, já era tarde pois o senhor Cárter estava realizando uma dispensa coletiva e vinte por cento da empresa estava sendo demitida e graças á Deus escapei, só no fundo eu sabia que da próxima eu não escaparia pois a situação estava muito ruim para nós, como sei?.

Ontem em mais um dia agitado e cansativo na empresa onde tivemos que trocar mais uma vez nossas funções onde está semana estava como secretária do senhor Cárter, meu chefe, percebi que ele estava estranho, nervoso todas as vezes que eu batia em sua porta para levar alguma documentação. O homem era conhecido por sempre falar muito no escritório, andando para todos os lados brincando com os

funcionários, de muito bom humor, em momento algum saiu ou falou conosco, ficou praticamente o dia inteiro na sua sala, misterioso.

Enfim meu desejo de hoje é que tudo esteja melhor, estou preparada para tudo, mesmo com medo do que possa acontecer, isso é inevitável veremos hoje, espero que ele esteja melhor...

Levanto-me da cama me espreguiçando para espantar toda a preguiça que habita em meu corpo, no caminho para o meu banheiro quase caio de cara no chão ao tropeçar na coberta de tanto sono que estou. Sinto que não dormi nada, apenas pisquei. Assim que chego no banheiro do corredor me tranco e começo a realizar minhas higiene pessoais. Meu banho dura exatos vinte minutos, não posso me dar o luxo de ficar uma hora, porque, primeiro não sou rica e a conta de luz e água vem uma fortuna no fim do mês.

Saio enrolada na toalha me sentindo renovada depois deste banho gelado e gostoso, quando se é pobre acaba se acostumando com a temperatura, pego minha roupa que já está separada em cima da poltrona que fica no meu quarto, desde sempre costumo separar todas as minhas coisas para trabalhar no dia seguinte, isso economiza tempo para que eu possa comer e me arrumar tranquilamente sem precisar acordar muito cedo, minha melhor amiga diz que é toc, gosto de pensar que é organização

Me visto sem pressa uma calça

preta com uma blusa gola alta e frente única da mesma cor da calça, fazendo uma maquiagem leve pois não gosto de nada pesado ainda mais por trabalhar de dia, coloco meu salto alto aberto de uma tira mas confortável para o dia de trabalho praticamente a maior parte em pé, pôr fim verifico se todos meus documentos e a chave do meu guerreiro está na minha bolsa, antes de saí confiro o meu relógio de pulso

— Merda! — Começo a correr em direção a cozinha, capturando uma maçã na fruteira em cima da mesa, trancando a porta assim que passo por ela. Destravo as portas do meu Chevrolet preto, meu bairro não tem uma fama muito boa, de vez em quando surge uns ''sem futuro'' assaltando o pessoal, não podemos ter tudo nessa vida

O caminho não é tão demorado quanto pensei que seria, o que melhorou muito durante o caminho foi ouvir as músicas que estão passando na rádio no primeiro horário da manhã. Após passar na catraca do estacionamento e com muita sorte achar uma vaga ao lado da porta lateral que dá de frente para os elevadores. Aciono o alarme, meu brutos não vale muito mais ainda anda, então toda segurança é pouco. Entro na empresa, me identifico para o segurança mostrando meu crachá, algo chama a minha atenção enquanto espero o elevador, vejo no saguão algumas pessoas saindo segurando caixas, outras chorando

— O dia pra esse povo começou com o pé esquerdo — Comento com o segurança do meu lado

Assim que o elevador chega, mais três pessoas, duas mulheres e um homem, saem carregando mais caixas. Clico no nono andar, a subida até que é rápida já que só eu estou no elevador neste momento, assim que chego no meu andar vou direto para minha mesa, pego meu celular para colocá-lo no silencioso, vejo uma mensagem de Brooke minha melhor amiga, Sorrio lendo a mensagem

Brooke>" Oiiii, topa almoçar?! Quero saber de todos os babados... Beijos

Após combinar com Brooke, começo meu trabalho, porém vejo todas as reuniões foram canceladas, sinto um frio na barriga, mas não tenho tempo de pensar pois senhor Cárter saí da sua sala, com uma expressão cansada com bolsas escuras em baixo dos olhos de noites em claro

— Lunna, poderia vir em minha sala por favor?... — Pergunta com uma voz bem abatida. Levanto-me prontamente para segui-lo

Em sua sala noto imediatamente a bagunça, almofadas no chão assim com alguns papéis espalhados, ele me mostra a cadeira pedindo para sentar-me obedeço engolindo seco

— Bom, — Começa — Então, a empresa está passando por uma crise na venda como falado em todas as nossas reuniões, fizemos de tudo, mas não temos recursos, cortamos funcionários onde eu imaturamente achei que funcionaria, mas infelizmente estamos falidos. — Eu fiquei em choque, eu estou demitida.

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