Lunna Vincent Kalk
Nada como um bom pijama velho, um pote de sorvete para afogar as mágoas depois de passar a tarde enviando currículo para todos os lugares possível. Estou deitada em um sofá e a Brooke no outro vendo um filme no qual não sei o nome, na verdade não estou nem prestando atenção.
Ouço meu celular tocar na mesinha de centro, vejo um número desconhecido, então desligo. Não demora muito o mesmo número liga novamente
— Deve ser cobrança ou aquelas ligações erradas — Divago
— Ou não! — Divaga enfiando pipoca na boca. Volto a me ajeitar no sofá, quando pela terceira vez o telefone toca — Atende logo, ou você ganhou na loteria ou alguém está morrendo
— Alô? — Atendo a ligação enquanto vou abaixando o volume do filme
— Olá, Boa Noite! Poderia falar com a senhorita Lunna Vincent Kalk — Ouço me sentando no sofá atraindo a atenção de Brooke que por um milagre para de comer, comfirmo que sou eu
— Olá Lunna, me chamo Úrsula, da Zumach.Inc. Recebemos seu currículo via e-mail, gostaríamos de marcar uma entrevista com a senhorita, pode ser? — Pergunta
— Ai meu Deus, claro, sim. — Falo animada, combinamos um horário — Tudo bem... Obrigada. — Agradeço animadamente sacudindo as mãos sem conseguir me controlar
— Disponha senhorita, passarei o endereço por email assim como toda a documentação necessária que preciso que traga amanhã mesmo, até mais senhorita. — Desligo a ligação gritando
Começo a pular pela sala gritando jogando as almofadas para o alto, em Brooke que se defende, até que ela revida acertando na minha cara— O que foi? — Grita com os olhos arregalados
— Tenho uma entrevista de emprego amanhã. — Respondo pulando em cima dela
— Retardada, eu disse que tudo ia ficar tudo bem, agora para de me agarrar, desinfeta... — Fala ela rindo me fazendo gargalhar do seu jeito.
❤
Acordo com os raios de sol invadindo meu quarto anunciando mais um dia, diferente de como passei a tarde me levanto animada, na verdade nem dormi direito essa noite de tanta ansiedade. Coloquei a alarme para tocar cedo pois não queria me atrasar, vou para o banheiro fazer minhas higienes, após terminar coloco uma roupa básica de ficar em casa e vou direto para a cozinha tomar meu café da manhã
E assim que passo pelo corredor, vejo Brooke ainda acordada, ela é bar-woman durante a noite, e isso acaba fazendo com que ela algumas vezes troque o dia pela noite
— Caiu da cama? — Falo dando a volta no balcão pegando a jarra de café
despejando o líquido na minha xícara dos minions— Não palhaça, ganhei folga hoje, pórem vou fazer algum conteúdo para o i*******m — Responde mexendo no notebook — E sou uma adulta por mais que seja chato essa fase, mais as calcinhas da
Victória Secrets não vão se pagar sozinhas— Enfim, nem dormi direito de tanta ansiedade, preciso desse emprego — Comento
— Você vai conseguir amiga! — Diz confiante — Esqueci de falar que fui contratada por uma empresa grande, onde vou trabalhar na minha área e o melhor supri minha necessidades financeiras
— Que perfeito amiga, precisamos comemorar... — Brooke é minha irmã, sua vitória é a minha.
Passamos a manhça conversando até ela sair para o seu novo emprego. Decido passar meu tempo arrumando minha casa que estava uma bagunça, lavei as roupas, fiz a lista de compras. Quando o relógio marcou onze horas começo a me arrumar, escolhi um modelo de saia lápis preta com blusa de seda branca que vesti sem sutiã, simples, elegante e sexy sem ser vulgar. Para a maquiagem, um delineado e um batom vermelho sem erro. Já meu cabelo preferir prendê-lo em um rabo de cavalo, passo meu perfume para finalizar
— Você consegue, vai dar tudo certo! — Falo para mim mesmo me olhando no espelho
Ao sair de casa e entrar no meu carro verifico se peguei minha pasta, celular e está tudo em minha bolsa. Estou quase dando partida no carro quando ouço meu celular tocar
— Essa celular nunca tocou tanto — Murmurro procurando-o na bolsa — Alô? — Atendo
— Senhorita Lunna? — Ouço — Sim! — Respondo sentindo minha pulsação bater na garganta
— Aqui é a Úrsula, liguei para você ontem, referente á entrevista — Relembrando-me
— Sim, sim, aconteceu alguma coisa? — Pergunto preocupada
— Então senhorita, infelizmente a vaga foi ocupada. — Diz, comprimo meus lábios, infelizmente esse tipo de coisa acontece
— Está tudo bem, infelizmente isso acontece, estamos sujeitos á isso — Digo
— Sim, sinto muito... Mas se me permite dizer, o chefe abriu uma outra vaga — Informa
— E qual seria? — Pergunto esperançosa
— A vaga é de babá, na verdade trabalharia também como uma assistente pessoal — Apresenta — A senhora que estava cuidando da filha e da casa teve que sair por problemas pessoas, então ele precisa de alguém que coloque tudo em ordem, pois viaja muito e quase não fica em casa. — Explica
— Babá e assistente pessoal? — Pergunto em dúvida
— Sim, se quiser agendo sua entrevista no mesmo horário que a antiga estava marcada, tudo bem? — Pergunta e fico por um instante pensativa
— Tudo bem, pode marcar já estou indo aí. — Aceito
— Ótimo, estou lhe aguardando. — Agradece desligando a chama
Com transito tranquilo consigo fazer o caminho em cinquenta minutos. Estaciono o meu carro no meio fio em frente do prédio mais lindo que eu já vi. Todo espelhado, na cor preta, imponente, o tanto de seguranças que está somente na frente do prédio me faz ter medo do dono desse lugar
Após subir lances de escada na entrada, finalmente entro na empresa pelas portas giratórias e me identifico na portaria, e a recepcionista me direciona a área dos elevadores e informa que a entrevista ocorrerá no trigésimo andar
Balaço minha cabeça afastando meus pensamentos negativos, logo o elevador chega no térreo e as portas se abrem, assim que chego no trigésimo andar e as portas se abrem, sou presenteada pela vista do Rio Hudson, uma coisa mais linda, respiro fundo e me aproximo da recepção, uma moça sorri pra mim, retribuo o sorriso me aproximando de sua baía— Senhorita Kalk?. — Me cumprimenta educada — Sim — Sorrio apertando sua mão — Por favor me chame somente de Lunna — Peço educadamente— Prazer, sou a Úrsula. — Retribuindo meu aperto de mão— Muito prazer, muito obrigada por me informar sobre a entrevista. — Agradeço— Disponha menina, irei avisar ao senhor Zumach, que você chegou. — Diz pegando o telefone e digita um ramal do seu chefe efetua a ligaçãoInforma para o chefe que estou na recepção e seu nome me desperta curiosidade. Ele provavelmente é alemão, nome é diferente chega ser um tanto estranho na pronuncia— Tudo certo Lunna, o chefe está á sua espera — Acena para que eu a siga — Me acom
— Acho que informei tudo, caso tenha esquecido de algo minha doméstica irá lhe repassar — Explicou e pego o papel de sua mão — Aqui está o documento de acordo com o seu serviço, nele está planos no qual terá direito, salário ... — Conforme ele fala vou seguindo com os olhos e quando paro no valor do meu salário disfarço um pequeno engasgo — Alguma objeção?— Muito obrigada pela oportunidade — Me levanto sorrindo abertamente incapaz de esconder minha felicidade mediante a este emprego. Aperto sua mão me despedindo olhando nos seu olhos, e novamente sinto um arrepio percorrer todo o meu corpo— Gostaria que fosse até minha casa, se possível amanhã mesmo para conhecer o local onde você irá morar e também as crianças. Será que tem disponibilidade? — Pergunta com sua boca se curvando em um sorriso pequeno e simples— Claro ficarei muito feliz em conhece-las, mais uma vez obrigada — Agradeço me virando para ir em direção a porta e sinto seu olhar queimando minhas costas— Disponha, até aman
A Empire Zumach é a empresa que herdei no lugar do meu pai, pois meu avô em seu testamento passou tudo o que ele tinha para mim, e não para o meu pai. Quando eu assumi a Empire, a empresa era bem sucedida, mas não com a fortuna incontável que é hoje. Trabalhei muito duro, dia e noite para fazê-la crescer, e hoje eu ser considerado o homem mais rico do mundo, com a empresa mais lucrativa do mundo. Minha sede de crescer ainda mais, faz com que eu não pare de trabalhar incansavelmente todos os dias para expandi-la ainda mais, o que gera a raiva incontrolável do meu pai.Chego na empresa passando direto pela barreira de segurança da garagem no subsolo, estaciono na minha vaga reservada, saio do carro arrumando meu blazer e ativando o alarme do carro indodireto para a entrada que dá acesso ao hall dos elevadores, aperto o botão do meu elevador privativo e clico o botão do trigésimo. Não demora muito chego no meu andar, cumprimento Úrsula que está na recepção— Bom dia Úrsula, traga-me um
Dois dias depoisMais cedoNão sei como prosseguir com a minha vida, com meu dia de trabalho. Já fazem dois dias da entrevista e ainda estou com a fisionomia dela na minha memória. A beleza dela é coisa de outro mundo, ao mesmo tempo que estou encantado, estou perturbado com um sentimento de que estou traindo a memória da minha mulherA Katherine não merece que eu a desrespeite sua memória assim, com esses pensamentos, podem me achar hipócrita pois me permito dormir com outras mulheres, mas sentir algo além do que sentir agora, isso eu sinto que não posso, não posso fazer isso com a mãe das minhas filhas que morreu para que elas pudessem viverNão consigo esquecer os olhos dela são os olhos azuis esverdeados brilhantes, como os das minhas filha que ficam azuis quando acordam ou choram e na maioria das vezes ficam verdes pois dizem que os olhos delas mudam dependendo da claridade. O que foi estranho no começo, pois os meus olhos são de um castanho escuro e Kate são azuis, o que pela ló
Desço o último degrau da escada e sorrio com minhas meninas correndo pelo gramado, o que é sempre assim, elas sempre voltam agitadas da casa de minha mãe, mas é uma reação boa, pois sei que foram apenas as três, quando minha mãe as levam e sei que meu pai esteve presente, elas voltam piores do que foram— Papai — Grita Alice correndo em minha direção sendo seguida por Clarisse— Oi minhas bebês — Pego minha levada no colo e logo repito o movimento com minha outra levada — Como foi na casa da vovó?— Foi tudo bem — Responde Clarisse e logo se aproxima como se quisesse falar em meu ouvido — O vovô não estava lá, então foi muito divertido, a vovó não ficou chorando e a gente brincou muito de chá da tarde— Isso é muito bom filha — Beijo a bochecha das duas — Vocês lembram né, se o vovô fizer qualquer coisa, é pra falar com o papai, e não ficar com medo, tá?. O papai é o melhor amigo de vocês, e vai sempre defender vocês— Tá bom papai — Fala Alice sendo seguida por Clarisse com um aceno
Depois de alguns minutos já estamos na estrada, mandei uma mensagem para Brooke falando o local escondido que deixei a chave reserva para ela e logo desligo meu celular para admirar a vista. Algo que já estou começando a sentir falta é de dirigir, uma das regras é que eu deveria sempre sair com as meninas com os seguranças ou com os seus carros que são blindados, e meu neném não é nada disso, é um simples recém-nascido que consigo arcar❤Não demora muito entramos no condomínio onde seria minha próxima moradia nos meses seguintes, algumas casas mais simples logo começam a aparecer, Valentina havia me falado que este condomínio é somente do chefe, as casas menores são dos funcionários para que possam morar com suas famílias perto. Paramos em frente ao portão principal onde Terry se identifica e me olham também confirmando nossa entrada e avisto a casa. Mesmo já tento visto antes, sua grandeza e beleza me surpreendem mais uma vez. Dá pra morar umas cinquenta pessoas facilmente neste lug
— Vamos tomar nosso café da manhã? — Valentina pergunta estendendo o braço para a direção da sala de jantar que está perfeitamente farta com todos os tipos de pão e bolo a nossa disposição— Claro — Respondo sorrindo mas continuo apreensiva relembrando das coisas que senhor Zumach falou que elas aprontaram com as outras babás e Valentina também alertou. Vou na frente com Val enquanto tento o máximo ouvir o que elas cochicham— Ela é muito bonita né? — Ouço uma delas cochichando com a outra me fazendo sorrir discretamente para que elas não percebam — É, ela parece uma modelo — Diz a outraTomamos nossos acentos, as meninas tomando as duas cadeiras na lateral e eu estou sentada na outra lateral de frente para elas deixando a cadeira na ponta vaga. Valentina disse que na mesa eu teria minha vaga definida no dia a dia, mas em eventos no qual o senhor Zumach teria que ir com as meninas eu sempre terei que sentar ao lado delas— O senhor James não está em casa, ele só poderá chegar na hora
— Tia Lunna nos perdoa, por favor não deixa a gente — Fala Clarisse chorando abraçando a irmã, provavelmente é ela que está mexendo no meu cabeloIsso quebra meu coração, ouvir elas dizendo isso, mas foi por um bem maior, elas precisavam parar de aprontar desta forma ou realmente alguém sairia prejudicado, pode ser na saúde ou judicialmente. Resolvo parar com a brincadeira, me sento no chão — Está tudo bem Tina, eu estou bem foi só uma brincadeira, eu não sou alérgica a pimenta —Justifico segurando as mãos geladas dela e logo olho as meninas chorando, e fico com os olhos cheios de lágrimas arrependida por ver minhas pequenas sofrendo, já estou tão apegadas nelas que não consigo me ver longe, arrependida pela brincadeira e abro os braços para acolhe-las e explico o porque fiz esse tipo de brincadeira e também pedindo desculpas por assustá-las. — Prometo que não vou fazer mais — Diz Clarisse segurando a minha mão com uma das suas enquanto a outra seca suas lágrimas— Eu também prometo