Balaço minha cabeça afastando meus pensamentos negativos, logo o elevador chega no térreo e as portas se abrem, assim que chego no trigésimo andar e as portas se abrem, sou presenteada pela vista do Rio Hudson, uma coisa mais linda, respiro fundo e me aproximo da recepção, uma moça sorri pra mim, retribuo o sorriso me aproximando de sua baía
— Senhorita Kalk?. — Me cumprimenta educada — Sim — Sorrio apertando sua mão — Por favor me chame somente de Lunna — Peço educadamente
— Prazer, sou a Úrsula. — Retribuindo meu aperto de mão
— Muito prazer, muito obrigada por me informar sobre a entrevista. — Agradeço
— Disponha menina, irei avisar ao senhor Zumach, que você chegou. — Diz pegando o telefone e digita um ramal do seu chefe efetua a ligação
Informa para o chefe que estou na recepção e seu nome me desperta curiosidade. Ele provavelmente é alemão, nome é diferente chega ser um tanto estranho na pronuncia— Tudo certo Lunna, o chefe está á sua espera — Acena para que eu a siga — Me acompanhe, por favor.
— Tudo bem.. — Respondo soltando minha respiração seguindo-a
Paramos na última porta que é enorme de madeira maciça escura, Úrsula dá duas batidas e não demora muito quando escutamos uma voz grossa forte dizendo ''Entre'', logo ela abre a porta e me apresenta
— Senhor, está é a senhorita Lunna Kalk — Anuncia, sorrio em agradecimento enquanto entro e recebo uma piscadinha em incentivo
Eu estava preparada para tudo, mas não estava preparada para o homem que estava me encarando intensamente como se conseguisse ler minha alma, seu olhar fazia com que meu corpo queimasse, aquela intensidade estava me sufocando.
❤
— Senhorita Kalk! — Chama a minha atenção e sinto minhas bochechas esquentarem de vergonha por ter ficado igual uma tonta olhando para ele. Sua voz rouca me arrepia e coço minha garganta para disfarçar enquanto ele se levanta me olhando com a sobrancelha erguida
— Olá — Cumprimento
— Sente-se por favor. — Indica a poltrona em frente a sua mesa enquanto toma o seu lugar novamente. Coloco em pratica toda a elegância que aprendi vendo as mulheres da alta sociedade se comportando em filmes.
— Estava estudando seu currículo, e devo confessar que me surpreendeu pela riqueza de cursos, experiências que você tem aqui. Na minha empresa não apenas prezo pelo currículo, mas também pela experiências dos chefes, entrei em contato com seus últimos chefes e todos falaram super bem de você — Diz — Observei que você trabalhou como babá, mesmo que tenha sido tão nova, quatorze anos, certo? — Me surpreende relatando sua investigação, e sem palavras apenas aceno afirmando minha experiência com a família
— Você ficou com eles por um ano — Relata lendo em sua pasta, um dossiê da minha vida para ele — Seu histórico escolar com notas excelentes, não posso deixar de perguntar o porque quer trabalhar de babá em tempo integral e minha assistente pessoal — Pergunta
— Bom, senhor Zumach, na verdade não enviei meu currículo para a vaga de babá, e sim para ser secretária, mas quando estava a caminho sua secretária me ligou informando que a vaga havia sido preenchida — Explico — Pórem ela comentou sobre essa oportunidade de emprego, como é algo no
qual já trabalhei decidi tentar, eu amo trabalhar, fui criada tendo em mente que nossa vida pode mudar a qualquer momento, que nada vem fácil se não corrermos atrás daquilo que queremos — Falo olhando nos seus olhos para demonstrando toda a minha confiança relatando minha vidaEle fica parado olhando pra mim, como se tentasse ver minha vida através dos meus olhos ou ver qualquer indicio de mentira em meu relato, o que me deixa completamente relaxada, porque em nenhum momento aumentei ou inventei, sou exatamente assim. Se passam alguns minutos e ele ainda está me olhando
e isso me deixa incomodada— Certo... você tem vinte e três anos? — Pergunta, eu aceno afirmando em resposta — Acha que consegue cuidar de duas crianças? — Pergunta observando alguma reação negativa ou de dúvida em mim
— Sim — Falo firme, mesmo em pânico.
— Senhorita Kalk, mediante nossa conversa senti firmeza em suas respostas, gosto disso nos meus funcionários. Por isso e outras coisas positivas que observei em você, estou te contratando — Finaliza fechando a pasta, agradeço sorrindo abertamente enquanto esfrego minhas mãos na minha saia
— Eu tenho que explicar umas coisas pra você — Informa — Minhas filhas tem regras e eu gosto que as sigam corretamente — Começa — O horário delas começam ás seis e meia devido á escola, pode ficar tranquila pois elas tem seu próprio motorista que também será seu — Relata — as vinte e uma horas gosto já estejam na cama e elas devem encerrar o dia com a lição feita — Explica, no decorrer da conversa comunica algumas atividades como natação, balé, aulas extras de espanhol e alemão
— Pode ficar tranquila será passado os horários para você — Avisa — E por último eu gostaria que atentasse em questão da tecnologia, sei que elas são apenas crianças, fazem muitas atividades, elas assistem desenhos sempre com a supervisão de adultos, e que você estimule sempre a parte da leitura
— Gostaria de saber se posso tomar a liberdade de bloquear esses vídeos se o senhor ou sua esposa se incomodariam — Informo
— Sou viúvo, acho que esqueci de informa-la, minha esposa faleceu durante o parto das meninas — Sua voz se torna endurecida, murmuro um sinto muito — Voltando ao seu ponto, acho muito importante e que você deve fazer isso, não sei se ficou claro, estou te contratando também para ser uma figura feminina para minhas filhas, vivemos apenas com nossa doméstica e ela foi minha babá quando criança mas sua idade me impossibilita contratá-la para cuidar das minhas filhas — Informa e concordo
— Acho que informei tudo, caso tenha esquecido de algo minha doméstica irá lhe repassar — Explicou e pego o papel de sua mão — Aqui está o documento de acordo com o seu serviço, nele está planos no qual terá direito, salário ... — Conforme ele fala vou seguindo com os olhos e quando paro no valor do meu salário disfarço um pequeno engasgo — Alguma objeção?— Muito obrigada pela oportunidade — Me levanto sorrindo abertamente incapaz de esconder minha felicidade mediante a este emprego. Aperto sua mão me despedindo olhando nos seu olhos, e novamente sinto um arrepio percorrer todo o meu corpo— Gostaria que fosse até minha casa, se possível amanhã mesmo para conhecer o local onde você irá morar e também as crianças. Será que tem disponibilidade? — Pergunta com sua boca se curvando em um sorriso pequeno e simples— Claro ficarei muito feliz em conhece-las, mais uma vez obrigada — Agradeço me virando para ir em direção a porta e sinto seu olhar queimando minhas costas— Disponha, até aman
A Empire Zumach é a empresa que herdei no lugar do meu pai, pois meu avô em seu testamento passou tudo o que ele tinha para mim, e não para o meu pai. Quando eu assumi a Empire, a empresa era bem sucedida, mas não com a fortuna incontável que é hoje. Trabalhei muito duro, dia e noite para fazê-la crescer, e hoje eu ser considerado o homem mais rico do mundo, com a empresa mais lucrativa do mundo. Minha sede de crescer ainda mais, faz com que eu não pare de trabalhar incansavelmente todos os dias para expandi-la ainda mais, o que gera a raiva incontrolável do meu pai.Chego na empresa passando direto pela barreira de segurança da garagem no subsolo, estaciono na minha vaga reservada, saio do carro arrumando meu blazer e ativando o alarme do carro indodireto para a entrada que dá acesso ao hall dos elevadores, aperto o botão do meu elevador privativo e clico o botão do trigésimo. Não demora muito chego no meu andar, cumprimento Úrsula que está na recepção— Bom dia Úrsula, traga-me um
Dois dias depoisMais cedoNão sei como prosseguir com a minha vida, com meu dia de trabalho. Já fazem dois dias da entrevista e ainda estou com a fisionomia dela na minha memória. A beleza dela é coisa de outro mundo, ao mesmo tempo que estou encantado, estou perturbado com um sentimento de que estou traindo a memória da minha mulherA Katherine não merece que eu a desrespeite sua memória assim, com esses pensamentos, podem me achar hipócrita pois me permito dormir com outras mulheres, mas sentir algo além do que sentir agora, isso eu sinto que não posso, não posso fazer isso com a mãe das minhas filhas que morreu para que elas pudessem viverNão consigo esquecer os olhos dela são os olhos azuis esverdeados brilhantes, como os das minhas filha que ficam azuis quando acordam ou choram e na maioria das vezes ficam verdes pois dizem que os olhos delas mudam dependendo da claridade. O que foi estranho no começo, pois os meus olhos são de um castanho escuro e Kate são azuis, o que pela ló
Desço o último degrau da escada e sorrio com minhas meninas correndo pelo gramado, o que é sempre assim, elas sempre voltam agitadas da casa de minha mãe, mas é uma reação boa, pois sei que foram apenas as três, quando minha mãe as levam e sei que meu pai esteve presente, elas voltam piores do que foram— Papai — Grita Alice correndo em minha direção sendo seguida por Clarisse— Oi minhas bebês — Pego minha levada no colo e logo repito o movimento com minha outra levada — Como foi na casa da vovó?— Foi tudo bem — Responde Clarisse e logo se aproxima como se quisesse falar em meu ouvido — O vovô não estava lá, então foi muito divertido, a vovó não ficou chorando e a gente brincou muito de chá da tarde— Isso é muito bom filha — Beijo a bochecha das duas — Vocês lembram né, se o vovô fizer qualquer coisa, é pra falar com o papai, e não ficar com medo, tá?. O papai é o melhor amigo de vocês, e vai sempre defender vocês— Tá bom papai — Fala Alice sendo seguida por Clarisse com um aceno
Depois de alguns minutos já estamos na estrada, mandei uma mensagem para Brooke falando o local escondido que deixei a chave reserva para ela e logo desligo meu celular para admirar a vista. Algo que já estou começando a sentir falta é de dirigir, uma das regras é que eu deveria sempre sair com as meninas com os seguranças ou com os seus carros que são blindados, e meu neném não é nada disso, é um simples recém-nascido que consigo arcar❤Não demora muito entramos no condomínio onde seria minha próxima moradia nos meses seguintes, algumas casas mais simples logo começam a aparecer, Valentina havia me falado que este condomínio é somente do chefe, as casas menores são dos funcionários para que possam morar com suas famílias perto. Paramos em frente ao portão principal onde Terry se identifica e me olham também confirmando nossa entrada e avisto a casa. Mesmo já tento visto antes, sua grandeza e beleza me surpreendem mais uma vez. Dá pra morar umas cinquenta pessoas facilmente neste lug
— Vamos tomar nosso café da manhã? — Valentina pergunta estendendo o braço para a direção da sala de jantar que está perfeitamente farta com todos os tipos de pão e bolo a nossa disposição— Claro — Respondo sorrindo mas continuo apreensiva relembrando das coisas que senhor Zumach falou que elas aprontaram com as outras babás e Valentina também alertou. Vou na frente com Val enquanto tento o máximo ouvir o que elas cochicham— Ela é muito bonita né? — Ouço uma delas cochichando com a outra me fazendo sorrir discretamente para que elas não percebam — É, ela parece uma modelo — Diz a outraTomamos nossos acentos, as meninas tomando as duas cadeiras na lateral e eu estou sentada na outra lateral de frente para elas deixando a cadeira na ponta vaga. Valentina disse que na mesa eu teria minha vaga definida no dia a dia, mas em eventos no qual o senhor Zumach teria que ir com as meninas eu sempre terei que sentar ao lado delas— O senhor James não está em casa, ele só poderá chegar na hora
— Tia Lunna nos perdoa, por favor não deixa a gente — Fala Clarisse chorando abraçando a irmã, provavelmente é ela que está mexendo no meu cabeloIsso quebra meu coração, ouvir elas dizendo isso, mas foi por um bem maior, elas precisavam parar de aprontar desta forma ou realmente alguém sairia prejudicado, pode ser na saúde ou judicialmente. Resolvo parar com a brincadeira, me sento no chão — Está tudo bem Tina, eu estou bem foi só uma brincadeira, eu não sou alérgica a pimenta —Justifico segurando as mãos geladas dela e logo olho as meninas chorando, e fico com os olhos cheios de lágrimas arrependida por ver minhas pequenas sofrendo, já estou tão apegadas nelas que não consigo me ver longe, arrependida pela brincadeira e abro os braços para acolhe-las e explico o porque fiz esse tipo de brincadeira e também pedindo desculpas por assustá-las. — Prometo que não vou fazer mais — Diz Clarisse segurando a minha mão com uma das suas enquanto a outra seca suas lágrimas— Eu também prometo
Donna ZumachSou Donna Zumach, mãe do James. Sou casada com Roy Zumach, pai do James, a trinta anos. Minha vida não é um mar de rosas, mais não posso julgar as circunstânciaspois eu procurei isso, se eu tivesse força tinha me separado, estou vivendo essa vidatriste não porque eu quero, e sim porque não tenho forças para sairSó continuo casada com ele depois de tudo o que aprontou, todas as surras, as traições porque não posso deixá-lo destruir meu filho, preciso proteger o James e minhas netas, Pois sei que Roy está planejando algo grande e não posso me separar enquanto James não sabe da verdade, e enquanto não descobri o que ele está planejandoSou uma pessoa muito calma, verdadeira, amo muito minhas netas, e nunca gostei da Katherine, mãe das meninas. Sempre soube que ela estava com meu filho por causa do dinheiro dele, devido sua fama na mídia, assim que a enfrentei ela fez de tudo para me separar do meu filho, inventando brigas, ofensas minhas para ela. Eu sabia e sei que meu fil