AnaluAinda estou meio atordoada com a imagem que cada vez mais se aproxima de nós. Enquanto as meninas estão comentando sobre eles, Pietro está inerte mexendo no celular com cara de pavor, e eu só estou passada. É difícil acreditar, claro que os irmãos maravilha são lindos, mas o que me choca mesmo é Santiago. Ele está vestido com uma calça preta social, com um blazer preto, mas a camisa por baixo do blazer é de um tom azul marinho.Isso mesmo, AZUL! Não é uma cor clara, é um tom bem escuro de azul quase chegando no preto, mas ainda sim só dele ter tirado o preto já é uma novidade. Não sei o porquê, não sei se foi uma exceção, a única coisa que eu sei disso tudo é que estou petrificada. Conforme eles chegam perto, meu coração parece que vai aumentando os batimentos, e quase sai do lugar pela boca quando eles param em frente à nossa mesa. O primeiro a me cumprimentar é Henrique, me levanto e dou-lhe um abraço. Em seguida mais retraído, Bruno se aproxima, ele apenas pega em minha mã
AnaluMesmo assustada respiro fundo, eu reconheceria essa voz a quilômetros de distância e agora passado o susto o cheirinho de seu perfume já fez eu ter cem por cento de certeza de quem se trata. Aos poucos ele tira a mão de minha boca e solta minha cintura. Me viro para ele enfurecida e digo:— Você não deveria me abordar desse jeito. Ficou louco, Santiago?E não deveria mesmo, se eu fosse cardíaca já estava caída aqui nesse chão.Ignorando o que eu disse, ele fala:— Sua bunda está sendo vista por todos os cantos da cidade e eu não gosto disso pantera.Engulo seco, eu sabia que isso iria acontecer, então como uma pessoa prevenida eu digo:— É o óbvio que está! Quando se tira fotos de calcinha para um trabalho e o mesmo é exposto em outdoor. E outra, quem você pensa que é para gostar ou não do que eu faço?Estalando a boca e balançando a cabeça em negativa, ele diz:— Surpreendente!Sem entender o que ele quer dizer com isso, pergunto:— O que é surpreendente?Sem pestanejar ele res
SantiagoUm mês atrás...Ela se foi, fico com o carro parado por uns segundos na esperança de que ela volte, mas não, ela fecha a porta atrás de si e entra para dentro de sua casa.Antes de acelerar com meu carro pego no porta-luvas um charuto, acendo e agora sim adentro cidade a fora. Ando sem rumo para poder deixar a mente tranquilizar, tento ligar o som para colocar qualquer música afim de me acalmar, mas ela não é bem vinda agora, e mesmo se fosse, nada fala mais alto do que o martelar de meus pensamentos.Eu não deveria sentir tanta raiva, eu fui um cara sincero, joguei limpo sempre, ela poderia fazer o que quisesse, menos se apaixonar.— PORRA!Soco com força o volante esbarrando na buzina fazendo um imenso estrondo pelas ruas do Rio de Janeiro. Mudo a rota e volto para meu castelo negro e vazio, que fica ainda mais escuro sem sua presença encantadora.Afim de me embriagar, encho um copo de whisky, viro um copo e até dois. Mas no terceiro a consciência me retorna, eu tenho compr
SantiagoDois dias antes do coquetel...No caminho de volta a mente martelava: "Eu preciso encontrar com ela, eu preciso vê-la, eu preciso dizer que eu não estou cem por cento curado, mas que eu quero tentar. E que só agora eu percebi que eu me tornei pior depois que ela se foi, ainda mais daquele jeito onde jogamos mágoas em cima um de outro. Sem sombras de dúvidas, nós precisamos conversar."Chego na rodoviária do Rio de Janeiro e me deparo com algo que abala todo meu ser. Fico paralisado, digo que totalmente, sem reação. O que vejo é uma foto de Ana Lúcia de costas, com a bunda toda à mostra, num gigantesco outdoor. "Que porra é essa que ela está fazendo?""Só pode ser um teste para cardíacos.""Se for, eu estou preste a infartar por um ciúme descomunal.""É um sentimento agressivo e perigoso, algo que eu nunca senti nem pela mulher que eu jurei que foi o amor da minha vida, mas pela minha pantera eu sinto."O meu celular toca me tirando da raiva que eu estou sentindo nesse momen
SantiagoEnfim é chegado o sábado, na frente do meu enorme espelho me analiso. Tudo é estranho e diferente. Apesar de ser uma blusa de cor escura, mas não é preto, é um azul marinho forte. E mesmo assim me sinto diferente. Então para me sentir mais seguro, vou até meu guarda-roupa e pego um blazer preto e jogo por cima. Olho novamente no espelho e agora sim, está do jeito que eu acho confortável para mim.Passo meu perfume, deixo os três primeiros botões da camisa azul abertos, dou um sorriso de lado e digo para mim mesmo:"A noite promete! Me aguarde pantera!"E prometeu mesmo!Assim que chegamos todas as atenções foram voltadas para nós, não que sejamos estrelas ou coisa do tipo, mas somos três homens elegantes e bem vestidos. Mulheres gostam disso, mas nenhum desses olhares me interessam, há não ser o da minha pantera. Com meu olhar varro o local rapidamente e lá está ela, sentada, me olhando com um olhar perplexo. Talvez pela cor da camisa, não sei! A única coisa que sei, é que e
AnaluE finalmente, eu disse o sim, que eu e ele esperávamos, a resposta que já estava guardada dentro de mim, só esperando a oportunidade de dize à ele..— E agora depois desse sim, como serão as coisas? — pergunto ansiosa e um pouco temerosa com sua resposta Sei que ele está se esforçando para mudar, mas tudo está muito recente, e ainda tenho um pouquinho de receito de que tudo isso seja mera ilusão.Ele se senta no sofá e me convida para sentar em seu colo. E assim eu o faço, e só após eu me acomodar, ele começa a dizer:— Eu não sei, juro que não sei! Mas nós vamos tentando, consertando erros, até ajustarmos uma forma que seja boa para nós dois.— Já é um caminho trilhado, temos apenas que conseguir seguir. — falo com meus braços em volta do seu pescoço — Isso mesmo minha menina inteligente, agora vamos nos curtir e matar as saudades desse mês longe um do outro.Ouvindo suas palavras, me viro de frente à ele e beijo seus lábios, suas mãos seguram em minha cintura com força e ele
AnaluAcordo de manhã e Santiago está sentado na beirada da cama me observando. Seus olhar está diferente, tranquilo e em paz. Ainda não consigo acreditar que tudo isso é real, e que sim, ele decidiu mudar, decidiu tentar ser alguém melhor por nós. Abro meus olhos com dificuldade, por causa da luz do Sol, que invadia o quarto. ...Sim! ...Sol! ...Claridade! ...Luz! "Ai meu Deus, como estou feliz!" — penso o encarando — Bom dia! — digo com uma certa timidez, afinal estou nuaE com o sorriso mais lindo do mundo, ele diz:— Bom dia, minha pantera!"Mal sabe ele, que a cada vez que abre esse sorriso, eu me apaixono ainda mais."— Está aí há muito tempo? — pergunto— Não muito... — ele responde sem tirar os olhos de cima de mim"Apesar saber que ele mente eu finjo acreditar."— Hum... Que cheirinho gostoso de café. — digo sorrindoMas logo um desespero me bate. Como está com cheiro de café, se ele está aqui e não na cozinha? Observando meu olhar de espanto e deespero, ele dá uma ris
AnaluNa volta para seu castelo demos risadas sobre assuntos banais, até chegarmos ao assunto de seus primos, eu aposto todas as minhas fichas que Renata ficou com Henrique, mas ele teima comigo que foi Bruno quem a levou embora.— Eles não combinam, são totalmente diferentes. — eu afirmoEntão Santiago dá um sorriso e diz:— E o que tem isso?Dou uma estalada de boca como se fosse óbvio e falo:— Renata é toda espoleta, Bruno quase não fala, já Henrique é como ela, agitado e mais pra frente. — olho para ele que continua com um sorriso — Está rindo de que? — dou uma beliscada fraca em sua costela— Você vê as coisas de uma forma óbvia, e não é assim, a gente se surpreende, a vida nos surpreende, nós somos oposto um do outro e estamos juntos. Eu aposto com você, que quem dormiu com sua prima foi Bruno.Ele é tão convicto do que fala, que tenho até medo de discordar dele.— Como você pode está tão certo disso? — pergunto curiosa— Sou um observador NATO Ana Lúcia, o pouco que fiquei per