AnaluSem muita paciência não dou nem sequer tempo para respirar, vou logo arrancando de dentro de mim todo o desconforto e como me senti mal com àquela atitude estúpida que Santiago teve minutos antes da nossa saída. — O que foi aquilo com seus primos? — minha voz sai alta e firmeEle me olha, vai até sua estante abre uma caixinha, tira um charuto lá de dentro, ascende, dá uma tragada longa e só depois responde.— Você não pode julgar uma conversa por ouvir apenas uma parte dela. — Ele sopra a fumaça pro altoAbanando a fumaça que vem em minha direção e engolindo a raiva que eu estou sentindo que agora é duplicada, tanto pela sua cara de pau e por subestimar minha inteligência eu digo:— Por favor, não tente contornar a situação... — digoMantendo toda uma calma, mas ele me pergunta:— E você acha que estávamos falando de que?Andando em círculos eu digo:— Você entrou feito um louco no quarto me pegou de jeito, me fez gemer alto e não se importou com isso. Ai hoje eu escuto seu pri
AnaluUma empolgação me consome, pego a chave e abro o portão. Logo em seguida abro a porta da sala e ascendo a luz. A casa é linda, simples, mas jeitosinha. É simplesmente a minha cara. Tem uma sala, cozinha, dois quartos e diferente do castelo dele, porque essa casa tem cores. Os móveis que tem aqui são todos lindos e novos, até parece que essa casa nunca foi usada. E parando para reparar ele havia me dito que a casa tinha apenas alguns móveis, mas olhando agora, tem tudo.— Santiago, a casa não tinha esses móveis todos quando você me falou sobre ela.Sorrindo ele diz:— Investimento querida...— Mas, como você fez isso? — pergunto curiosa— Tenho meus contatos. — ele fala me abraçando por trás e colocando o queixo no meu ombro— Eu não vou morar aqui de graça. — falo enquanto acaricio suas mãos — Claro que não! O contrato para sua moradia aqui está feito, tem que me pagar com dinheiro vivo e com seu corpo. — ele fala beijando meu pescoço me deixando arrepiadaNão me contendo de t
AnaluAcordo cedo para juntar minhas coisas. Hoje já é dia três de janeiro e quero me mudar antes do serviço retornar para evitar que seus funcionários me vejam aqui, principalmente Morgana. Eu não quero ter que ficar inventando desculpas ou coisa do tipo. Nosso dia hoje foi aquela correria, ele me ajudou a levar minhas roupas, organizei meu guarda-roupas e quando deu sete horas da noite ele foi embora. Pois segundo ele teria que ir no cassino hoje. Então aproveito a deixa para poder ir em minha antiga casa. Não quero muita coisa de lá, só meu travesseiro e uma coberta, o resto de minhas roupas, umas fotos e só.Assim que chego em frente à minha antiga casa sinto um frio na barriga e uma vontade de recuar. Mas ergo minha cabeça, abro o portão e entro decidida a não responder nada para eles. Vou fazer o que tem que ser feito e pronto. Assim que passo pela sala meu pai diz:— Sabia que voltaria.Sem responder passo por ele, abro a mala que eu trouxe e jogo tudo dentro dela. Os meus pai
SantiagoEstou trancado hoje o dia inteiro em meu escritório averiguando as papeladas dos cassinos, analisando o percentual de lucros e despesas junto com Sheila, que trabalha na área administrativa de lá. Como eu desconfiava, os livros daqui estão todos corretos, além de honesta ela sabe o que faz. Mas terei que viajar essa semana para São Paulo, desconfio de que algo por lá não esteja certo, então preciso saber de perto. Para finalizar essa reunião de negócios, peço para que Vera nos traga um vinho, e mais a noite vou buscar a minha pantera para dormir aqui comigo. Já fazem dois dias que não à vejo e durante todos esses anos de merda e solidão ela tem sido a minha melhor distração.Sheila apesar de fazer um trabalho impecável tem um grande defeito, de se jogar para cima de mim descaradamente e eu sempre me desvencilho. Não que ela não seja uma mulher atraente, porque ela é, e além de ser inteligente é visivelmente bonita e comível, mas não misturo serviço com sexo. Aliás não mistur
SantiagoEstaciono o carro na garagem do motel e já tenho vontade de avançar nela aqui mesmo. Só de imaginar um cômodo fechado com uma cama e ela junto meu corpo já entende que é sinal de se.xo e meu pau começa a implorar por libertação. Mas, não farei isso agora, primeiro preciso saber o que ela tanto tem para conversar, também apreciar sua inocência e sua curiosidade em conhecer um motel.Passo por ela e seu cheiro maravilhoso adentra em minhas narinas fazendo com que eu tenha vontade de chegar mais perto. Abro a porta, acendo a luz e ela fica feito uma criança reparando tudo. Fecho a porta, fico a observando e digo:— Viu? Nada que não tenha dentro de uma casa, um quarto banheiro e cama.Ela sorri para mim, e depois que acaba de fazer sua observação mental sobre o local, ela se senta na cama e diz:— Sente-se aqui comigo.— Se eu me aproximar demais não vou resistir à você... — falo sorrindo — Primeiro conversaremos e se depois for um bom rapaz poderá se aproveitar de mim e eu de
AnaluAté chegar em minha casa, me mantive firme feito uma rocha, mas a partir do momento que passo da porta para dentro o choro me invade. Tudo aquilo que estava preso em minha garganta se vai agora. Minha prima vem correndo ao ouvir meu choro com um pano de prato nas mãos.— Ana, o que foi? — ela senta ao meu ladoAo ver que ainda não tenho condições de falar, ela apenas me abraça deixando que eu chore em seu ombro. Depois de chorar até ressecar, passo as mãos no rosto para secar as lágrimas e então eu digo:— Acabou tudo Renata... — falo em meio à soluços— Mas você foi lá para pedir demissão, como isso aconteceu? Ele reagiu de forma tão ruim assim? — Renata pergunta— O que era para ser apenas uma demissão, virou um término de algo que nem havíamos começado direito. Eu invadi a privacidade dele dizendo coisas que podem tê-lo magoado, assim como ele também me disse coisas que me chocaram.— Caraca, eu sinto muito... — Renata fala boquiaberta— Não sinta Rê, nós somos incompatíveis,
AnaluO final de semana se passou como um foguete e no domingo a noite antes de dormir Santiago me liga, depois de eu ter deixado uma mensagem digamos que bastante desaforada por conta do valor excessivo na minha recisão. — Você não precisa me pagar a mais Santiago. Aquele valor é um absurdo e só quero o que é meu por direito. — já atendo indo direto ao ponto e sei que ele odeia isso— Eu sabia que você não aceitaria. — ele fala um pouco alterado— Se sabia disso, por que o fez então? — retruco no mesmo tom"É ruim que vou ficar por menos viu, é ruim hein." — penso — Eu só queria dá uma segurança a mais para você, mas como sempre você interpreta minhas atitudes do seu jeito errado.— Eu não preciso desse tipo de segurança, eu sei correr atrás dos meus objetivos. — grito sem paciência— Aceite, por favor! — ele baixa o tom de voz e já me deixa moleMas mantenho a minha postura e respondo firme:— Não Santiago, eu não vou aceitar. — falo e desligo o telefoneFui infantil? Óbvio que s
AnaluA semana passa voando, e na sexta-feira recebo uma proposta nova, um pouco estranha e ao mesmo tempo curiosa. Vou até a sala do senhor Pietro e então ele me diz:— Ana Lúcia, você já teve a curiosidade de fazer marketing?Arqueio uma sobrancelha e naturalmente eu digo:— Não, sonho em psicologia!Ele dá um sorriso e diz:— Me expressei mal, vamos reformular a pergunta. Você já pensou em tirar fotos? Brincar de modelar?Agora quem sorri sou eu. Eu modelo? "Jamais! Não tenho características, muito menos beleza para isso tudo." — penso — Não mesmo, isso não combina comigo. — afirmo Ele vira seu computador para mim e me mostra uma variedade de fotos minhas desde o primeiro dia que vim aqui até hoje mais cedo. E sem entender digo:— O que é isso? Claro que sei que tem câmeras por aqui, mas ter fotos minha é estranho.— São fotos suas sem que você perceba. Desculpa a minha intromissão, mas desde que você entrou aqui eu tive uma idéia, mas para isso precisava te trazer aqui para d