— Stacy, eu real...— Dou um passo para trás, me espremendo mais perto da mesa. — Realmente, não sei...não entendo porque está fazendo isso. Uma risada baixa escapou dela, seu olhar não mostrando diversão, ela sacode a arma novamente em minha direção e meu coração quase sai pela boca. — Eu estou fazendo? — Ela funga. — Eu não fiz nada. Aliás, eu não fiz nada nessa vida além de tentar ter uma família e ser feliz ao lado de um homem que me amasse. Mas você... — Ela trinca os dentes, os olhos enraivecidos embebidos com lágrimas não derramadas. — Você arrancou tudo de mim! Balanço a cabeça e fico em silêncio. Stacy está completamente fora de sua mente. Isso é mais assustador que posso dizer. A forma que ela me olha, não me deixa com dúvidas, ela não me deixará sair com vida daqui. — Stacy, — Uma lágrima que segurei, escapa pelo meu olho, e escorre até meu queixo. Tento me espremer um pouco mais na direção da mesa atrás de mim mas não há mais para onde correr. — Seja oque for que
ATENÇÃO ESSE CAPÍTULO CONTÉM GATILHOS(Violência não sexual explícita) continue por sua próprio conta e risco. DonnaOs olhos tem uma maneira curiosa de nos fazer enxergar mesmo na escuridão, primeiro, eles não captam nada, nem mesmo a sombra da sua mão na frente do seu rosto, mas depois as imagens vão entrando em foco, as coisas vão ficando claras. Foi assim que vi nitidamente o inimaginável, o improvável o impossível. Sebastian, meu ceifador, meu algoz. O diabo. Pisco uma ou duas vezes, totalmente horrorizada, mas também descrente do que estou vendo. Isso não pode ser real. Sebastian não está aqui! Não pode estar aqui.Acho que ele lê meus pensamentos, porque seus lábios puxam de uma maneira maligna, quando recuo mais. Minhas costas batendo na porta. — Você realmente pensou que eu não voltaria? — Ele diz. Sua voz mais rouca e ébria que o normal. — Você achou que eu não voltaria para você? — Ele estica a mão, seu dedo acariciando minhas bochechas, limpando as minhas lágrimas.
MEG Limpo minhas lágrimas enquanto ouço Stand by me do Oasis. Canções tristes me deixavam pior, mas eu não me importava de ouvi-las se eu precisasse chorar. Dirijo meu carro velho em direção a minha casa. Eu preciso ver a minha mãe, mesmo que eu saiba que ela seria a última pessoa a me dar colo e conforto. Ela, ainda é a única pessoa que sei que de uma maneira doentia me amava.Paro o carro na velha garagem e vou até a porta dos fundos. A casa em que vivíamos era velha, quase caindo aos pedaços. Com a minha ausência aqui, confesso que a casa parece quase abandonada. No momento em que penso nisso, meu estômago embrulha, sinto-me mal de deixar minha mãe aqui...doente, desamparada...em uma casa dessas. Assim que cruzo a sala, encontro a minha mãe dormindo no sofá. Ela ainda tem uma garrafa vazia de bebida na mão, várias latas de cerveja estão na mesa e a casa fede a merda. Pego um saco preto de lixo e começo a catar as latas vazias pela sala. Jogo o resto de uma ou duas garrafas va
Sem pensar qualquer coisa eu aviso: — Solte-a. — Ele me olhou de soslaio, mas não a soltou. Porém percebi que seu aperto se afrouxou, porque Donna tossiu e chorou. — Solte-a! Droga Sebastian. Sai de cima dela! — Eu estava gritando e chorando a arma ainda apontada em sua direção. Ele saiu de cima das coxas de Donna e se virou lentamente. Encarei ele tão nervosa que ouvia os batimentos cardíacos golpeando meus ouvidos. — Você...— Ele Soltou um risinho como se eu estar apontando a arma em sua direção fosse pouca coisa. — Você sabe usar isso? Hum? — Ele dá um passo em minha direção...— Uma menina tão pequena, não queremos que você cause um acidente... não é? — Pare, não dê mais um passo. — Aviso, orgulhosa que apesar das lágrimas, minha voz não tremeu. — Eu só estou tentando cuidar de você. — Ele sussurra, levantando as duas mãos em rendição. — Você sabe? Eu sempre cuido. — Fique longe de mim! — Dou um passo para trás, me afastando um pouco. — Eu...eu vou ligar para a Políc
A sensação eminente da perda, faz com que você encare a vida por uma outra perspectiva. Eu nunca pensei em me casar, ter filhos, formar uma família. Eu apreciava viver sozinho. Mas isso mudou quando a vi a primeira vez. Nunca, se quer pensei que amaria uma mulher, como eu amo a Heather. O simples pensamento de viver em um mundo onde ela não exista, me deixa com a sensação de que arrancaram meu coração com a mão e me deixaram sangrando, agonizando de dor. A dor, era colossal, me cegava. Eu li os lábios de Ambrose após ele falar com os policiais, eu só não conseguia entender, só não conseguia aceitar. Oque a Heather estava fazendo na Frank United. Co. na noite de ano novo? A noite que ela havia escolhido para que Frank morresse. Só podia ser uma pegadinha fodida do destino. Nada fazia sentido. Essa noite parecia a merda de um pesadelo. — Porra Wayne, respira. Você está ficando vermelho. O hálito de Connor soprou bem em meu rosto, me fazendo piscar e sair do transe. Eu olhe
— Eu não sei se você e seu...uh — Ela olha para Wayne com expectativa.— Amigo — Wayne completa — Sim, uh, isso, Amigo. Já puderam conversar, mas gostaria de levá-la para uma bateria de exames antes que você possa conversar e receba uma enxurrada de informações de quando estava dormindo. Okay? Eu balanço a cabeça, respondendo a ela, mas com os olhos em Wayne. Sua barba está grande e ele tem olheiras... está mais magro, isso não afeta a sua beleza, mas me mostra que ele esteve tanto tempo aqui, que mal teve tempo para si mesmo. — Tudo bem. — Ela sorri gentil, e com ajuda de outros enfermeiros me leva para fazer o restante dos exames. Volto para o meu quarto, quase uma hora depois. Estou exausta, apesar de ser levada em uma cadeira de rodas me sinto sonolenta e esgotada. Assim que passo pelo corredor onde está meu quarto, percebo Wayne parado na porta. Agora, ele parece melhor, mais como aquele Wayne que conheci. Ele está todo de preto, braços cruzados sobre o peito, cabelos
Steven ( Antes)O primeiro sinal que há algo errado, é quando estou próximo a antiga casa de Donna, uma ambulância passa em uma direção oposta a mim. Vejo luzes azuis e vermelhas, brilhando no fim da rua. Eu disse a mim mesmo, que as viaturas não estariam em frente a sua casa, mas acho que no fundo, eu sabia que era uma mentira. Os carros de polícia e uma outra ambulância passam por mim, e param, fechando um círculo entre a casa da Donna e a casa de Meg. Havia algo muito errado, eu praticamente pulei do carro. Eu não me preocupei em nem fechar a porta. A rua já estava com alguns curiosos, a frente da casa, rodeado de paramédicos, legistas e policiais. Eu corri em direção a entrada da sua casa mas fui parado pela polícia. — Desculpe senhor...aqui é a cena de um crime. Cena de um crime— Você não está entendendo! — Tentei passar novamente. — A minha mulher...minha mulher está lá dentro. — Sinto muito senhor, por enquanto só o pessoal autorizado. Não me pergunte como eu sa
DonnaEu já havia passado por isso antes, pela dor, pela humilhação, pela derrota, pela insegurança e medo. Mas, eu ainda não tinha passado pela perda. Eu estava acordada, olhos agitados por baixo das pálpebras, coração aflito e corpo dolorido. Eu senti que um dos meus braços estava engessado assim que acordei, eu estava familiarizada. Eu senti as costelas quebradas e o rosto cicatrizando. Mexi os dedos rígidos do pé, e os dedos da mão que não estava engessado, Mas, em nenhum momento, tive coragem de sentir a minha barriga. Eu fiquei assim, parada, como se ainda estivesse dormindo. Eu ouvi Steven, eu ouvi a polícia pedindo para recolher o depoimento, ouvi os médicos. Mas eu não abri os meus olhos. Eu não tive coragem. Porque abrir os olhos, era encarar a realidade deprimente, cruel e dolorida de tudo oque havia me acontecido foi real. E eu estava com tanto medo...tanto medo de que Sebastian tenha me tirado tudo.Eu fungo, quando uma lágrima desce pelo canto do meu olho,