CAPÍTULO 27

Arthur

Partimos ao anoitecer e enfrentando um aeroporto agitado, pois essa época é de alta temporada no sul do país. Pessoas em busca de frio, boa comida e paisagens paradisíacas para usufruírem a dois ou em família, como é meu caso.

Família.

Sinto uma vibração gostosa quando penso em nós três dessa forma, sem que pareça errado. A cada dia, o sentimento de deslealdade para com Guilherme ameniza, pois se fosse ao contrário, onde eu estivesse torceria para que meu irmão tivesse a sorte de tê-las em sua vida.

– Tio “Atú”! Olha! – Rebeca me mostra as luzes da cidade ficando cada vez menores, enquanto ganhamos o céu. – É pisca-pisca, mamãe?

– Não, meu bem. São as casinhas muito longe de nós, lá no chão.

– A gente não cai?

– Não, somos pequenos voadores de metal agora. – Aviso, tentando deixar a situação extraordinária para que ela não tenha medo.

Achamos graça quando sua boquinha se a

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