CAPÍTULO 25

Catarina

Para uma manhã que tinha todos os indícios de ser vergonhosa, quis o destino incansável no seu trabalho de me surpreender, que eu fosse honesta sobre o que realmente estou sentindo.

Assim, sem medo.

Confesso que a Catarina de dois anos atrás me jogaria no chão para uma surra de realidade que eu até posso compreender. Arthur e eu não nos impusemos rótulos para o que estamos vivendo, apenas vivemos. Para uma pessoa constantemente acostumada com planos, a surpresa tem sido grata companhia.

Arthur é um pouco mais entregue ao acaso do que eu, acredita na sorte e no inesperado. Ele diz que o destino deve possuir certo suspense, para que nossa vida não seja absolutamente tediosa.

Sou o exato oposto, mas temos lidado bem com nossas diferenças. Ele tem se habituado a fazer mais planos e eu a deixar as coisas um pouco mais livres.

Foi na liberdade da minha embriaguez que nos entendemos e nã

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