O dia foi estressante ao extremo. Além das demandas das Empresas Hoke, a Imperial Men’s recebia cada vez mais pedidos exclusivos. Por um lado, eu me sentia orgulhoso, mas, por outro, o trabalho era exaustivo.— Senhor — minha secretária entrou na sala com a expressão cheia de desgosto. — A senhorita Rizzo está aqui.Ela pronunciou o nome com visível desagrado.— Mande-a embora.— Tenho certeza de que vai querer me ouvir, Kai — a voz dela soou antes mesmo que a secretária pudesse reagir.Antonella entrou sem ser convidada — como sempre— como se fosse dona do lugar. Suspirei, pedindo com um olhar para minha secretária sair. Assim que ficamos a sós, pausei meu trabalho e a encarei.— O que você quer? Diga logo, antes que eu chame o segurança.Ela sorriu, debochada.— Você treinou muito bem sua marionete.Revirei os olhos.— Se for para falar bobagem, saia daqui.— Estou falando da garota que vive com você — rebateu.Isso chamou minha atenção. Estreitei os olhos, me questionando intername
Rubi estava a coisa mais fofa dentro de um macacão rosa, estava quietinha enquanto eu terminava de pentear seu cabelinho. Kai avisou que estava chegando poucos minutos atrás, então eu me adiantei e desci até o estacionamento com ela. — Eu teria subido — falou ao sair do carro. — Não foi nenhum esforço — respondi, sorrindo. — Estou ansiosa para saber onde vamos. Ele guardou o carrinho no porta-malas e a colocou no bebê conforto do carro. Rubi estava acordada e observando tudo, parecia até que também estava ansiosa para passear. — Vamos ter umas horas de tranquilidade — comentou. — Você parece tenso. O que está incomodando você? — indaguei. — Não vamos falar disso agora — disse, lançando-me um olhar rápido. — Tudo bem. — Vamos aproveitar o passeio — pediu. — É a nossa primeira vez. — Você está certo. Vamos aproveitar. Eu estava muito curiosa sobre a vida dele, principalmente sobre o que o incomodava, mas sabia que pressionar não era o melhor caminho. Não com ele. Kai dirigiu
Kai ficou quieto durante toda a viagem de volta para casa. Eu estava ansiosa e apreensiva sobre o que ele diria, mas precisava muito saber o que era. Por incrível que pareça, Rubi decidiu acordar nesse momento. No elevador, ele me abraçou apertado, beijou meu rosto e se manteve perto de nós o tempo inteiro. Quando as portas se abriram e saímos pelo corredor, encontramos Mike na nossa porta. — Oh, não sabia que estavam fora, acabei de bater. — comentou. — Estávamos passeando. Vem, entra. — convidei. — Na verdade, chegou uma encomenda para você, Cass, lá em casa. — disse, sorrindo. — Encomenda? Eu não pedi nada. — falei, confusa. — Vai lá ver. — apontou e deu de ombros. — E me dê ela aqui, o tio Mike estava com saudade, princesa. Rubi foi com todo gosto para o colo dele. Olhei para Kai, e ele me incentivou a ir. Então, fomos juntos. Entrei curiosa e confusa, mas gritei de animação assim que o vi. Peter estava parado na sala, rodeado de sacolas de presentes. — P
Acordar sentindo o abraço aconchegante do homem que você ama não tem preço. É uma sensação inexplicável, ainda mais incrível quando você passou anos fantasiando com isso. — Isso é tão gostoso — murmurei para mim mesma. Depois de alguns segundos, ouvi sua voz sonolenta: — E nós nem fizemos nada ainda. Foi impossível não rir. — Ainda — enfatizei. Virei-me de frente para ele e o abracei. — Eu quis dizer que é tão gostoso acordar assim. — E eu quis dizer que vai ser ainda melhor quando acordarmos fazendo outra coisa — explicou. — Kai — gargalhei levemente. — Vou conversar com a médica. Eu me sinto muito bem e deveria ir lá pessoalmente em vez de ligar. Vou marcar uma consulta. — Eu vou com você. — Você não tem que trabalhar? — perguntei, divertida. — Não quando você precisa de mim. Ele baixou o olhar para mim, e isso me derreteu ainda mais. Às vezes, nem acredito que estamos realmente vivendo isso. — Tudo bem, obrigada. Nesse momento, como em todos os dias, ouv
Havia muito a ser dito, mas havia muito mais a ser feito. Eu a peguei no colo e a prendi na parede. Cassidy estava tão insaciável quanto eu. E isso tornou tudo mais intenso. Nossas bocas procuravam uma a outra em uma urgência, Cassidy alisou meu corpo todo, suas mãos tocando em cada parte de mim, inclusive em meu pau, seu leve aperto o deixou ainda mais apertado na calça. — Eu te amo, Kai... — ofegou quando eu desci os beijos para seu pescoço. — Quero tudo com você, amor — sussurrei antes de beijá-la novamente. Estávamos em uma sintonia perfeita de beijos e chupões, suspiros e sentimentos não verbalizados, algo único, que eu não me lembro de ter vivido com ninguém, jamais. Cassidy é exatamente como eu penso e desejo que seja, ela é doce, gentil, carismática, e também é a safada quando quer ser, como agora. Suas mãos foram diretamente para o zíper da minha calça. Abrindo com uma rapidez admirável. Logo, eu já estava desabotoando a camisa e jogando no chão junto com a
Eu estava nas nuvens. Dei uma última olhada no espelho e sorri com a visão que tive. O vestido justo até a cintura, com uma saia levemente rodada, o véu em minha cabeça e a tiara. Eu realmente estava pronta para casar. O casamento estava prestes a acontecer. Eu estava no quarto do hotel onde seria realizada a cerimônia — algo simples, apenas com nossa família — mas, ainda assim, o dia mais importante da minha vida. Olívia havia acabado de sair com Ivanna. Eu estava sozinha, olhando pela janela, quando a porta se abriu e alguém entrou. — Cass. — Fechei os olhos e respirei fundo, segurando a emoção. — Oi, pai. — Respondi com a voz trêmula. — Você está linda. — Ele falou, emocionado. Nós nos abraçamos, e ele beijou minha testa. Eu estava ansiosa e eufórica, mal podia me conter de felicidade, mas havia um certo incômodo em mim. — Está preocupada com algo, querida? — perguntou. — Não, eu só... não sei, pai. Só um incômodo. — falei, incerta. — Filha, você tem certeza d
Acordei quando ainda estava tudo escuro. Sorri para mim mesma ao sentir o cheiro dele nos lençóis. Lentamente, fui abrindo os olhos e pisquei, confusa. A cama estava vazia. Rapidamente, levantei, vesti um roupão de seda e saí à procura de Kai. O quarto estava parcialmente escuro, mas pude enxergar que ele não estava ali. Ao abrir a porta, ouvi um som baixo, uma música tocando. Dei mais alguns passos e o vi, parado diante da grande janela de vidro. Havia um copo em sua mão. Kai vestia apenas uma calça e parecia perdido em pensamentos. — Kai — chamei. Ele se virou rapidamente na minha direção. Bebeu o restante da bebida e colocou o copo na mesinha ao lado antes de caminhar até mim. — Perdeu o sono? — questionou, acariciando minha bochecha com um gesto carinhoso. — Acordei e você não estava. Achei que tivesse saído. — Eu não te deixaria sozinha — afirmou. — Apenas acordei e decidi tomar uma bebida. — Às… — cerrei os olhos e olhei para o relógio na parede. — Três e quare
Dentro da aeronave, percebi que Kai parecia preocupado com algo, mas ele não disse nada. Continuava no modo “recém-casado”. Decidi questioná-lo depois. No momento, íamos aproveitar o ápice da paixão. A viagem durou muitas horas, mas Rubi não chorou nem estranhou a mudança. Chegamos já de noite, e um homem nos aguardava no saguão. — Olá, senhor e senhora Hoke, eu sou Matheus e serei o guia e tradutor de vocês — avisou gentilmente. Ele era um jovem muito simpático, de pele bronzeada - que eu achei perfeita- e cabelo cacheado. Com certeza fazia sucesso com as garotas. — Obrigado. Passaremos a noite no hotel, você fica no quarto ao lado, certo? — Sim, já recebi o roteiro, senhor — respondeu com o mesmo sorriso. — Pode me chamar de Kai. Ele nos levou para um hotel de frente para o mar. Fiquei deslumbrada com a vista dali. Era incrível . O lugar estava quente, mas a vista era encantadora. Matheus seguiu para o quarto dele, e eu e Kai começamos a organizar as malas. — Go