Capítulo 05

Archie Simons –

Tudo começou em um bar!

Não era de costume ficar acompanhado quando o frequentava, até por quê eu gostava de frequentar esses lugares sozinho e depois de um dia exaustivo de trabalho.

Pedi um “The Macallan 1926” e tomei vagarosamente. Enquanto me deleitava com o fino toque amadeirado da bebida, avistei uma garota sorrindo alegremente e gritando para todos que faltava pouco para o seu aniversário.

Ela estava rodeada de pessoas, mas nenhuma delas me chamou tanta atenção como ela.

Seus longos cabelos escuros, olhos azuis que realçava em sua incrível pele de porcelana e um batom vermelho nos lábios.

—O que estou pensando? – Esfreguei meu rosto me virando para o barman o estendendo o copo. —Mais um, por favor!

—Sim senhor! – Disse ele enchendo o copo.

—Quem é aquela garota? – Perguntei o vendo olhar para a mulher e sorrir.

—Aquela? Ela vem aqui as vezes com a amiga, mas é discreta com sua identidade. – Respondeu ele pegando um pano para limpar o balcão.

—Entendi! – Respondi me virando para o balcão e tomando a minha bebida.

Depois de um tempo, notei que havia um silêncio na mesa onde estavam e ao me virar, vi todos praticamente embriagados na poltrona, mas a garota em si não estava mais lá.

Me levantei para ir até a saída e ao pegar um cigarro e levar aos lábios, notei uma voz doze e embriagada ao meu lado.

—Sabe? Não deveria fumar. Tira todo o charme de um homem! – Disse ela.

Me virei para a olhar, arqueando as sobrancelhas.

—É médica?

—Pretendia, mas agora trabalho em uma merda de empresa que não me dá o devido valor! – Respondeu ela com um pouco de revolta no tom. —Nunca trabalhe para o Gruppo Simons!

—Simons? – Perguntei a olhando fixamente. —A quanto tempo está lá?

—Estou a cinco anos, mas precisei tirar uma folga. Amanhã retorno. Não é incrível? É o meu aniversário e parece que estou indo para a guilhotina! – Disse ela mostrando-se alterada.

Sorri ladino, mas ela estava bêbada demais para perceber.

—Espero que tenha um bom retorno, senhorita...

—Gostosa! – Disse ela me apontando um dedo. —Sou uma baita gostosa e levei um fora do meu namorado no meu aniversário, tendo que vir beber com meus amigos depois de planejar uma noite incrível.

—Certo! – Falei ameaçando sair, mas ao dar um passo ela me chamou.

—Ei! É sério isso? – Disse ela me fazendo virar para a olhar.

—Pois não?

—Acha mesmo que não vi como estava me olhando, senhor charmoso? Não vai ao menos me oferecer uma bebida ou dar uma desculpa para me levar com você? – perguntou ela com um riso.

Dei mais um passo até ela e me coloquei bem próximo, tendo aqueles olhos inebriantes sobre os meus.

—Quer mesmo vir comigo? – Perguntei a vendo sorrir.

—Hm! Eu quero!

—Não está com medo? Posso ser um homem mau!

—Você não é! Se não, teria pegado qualquer uma ao invés de me comer com os olhos a noite toda. Posso te contar um segredo?

—Conte! -Respondi a vendo colocar as mãos sobre meus ombros e ficar na ponta dos pés.

—Sou virgem! – Disse ela me tirando um rosto.

—Certo! Você ganhou. – Respondi segurando a mão dela e a levando comigo para o hotel da minha família.

Ela era calorosa e elegante. Confesso que, nenhuma outra mexeu comigo por pouco tempo como ela.

Eu a despi, apreciando cada curva do corpo dela e mesmo vendo que sua embriaguez estava extrema, eu não resisti.

Como uma mulher foi capaz de me fazer perder o controle em tão pouco tempo?

Ela era bonita, sensual, mas havia algo a mais nela. Era como uma criança pedindo para ser amada e escondendo toda sua necessidade de ser protegida, atrás de um sorriso e palavras diretas.

E naquela noite, pela primeira vez em toda a minha vida, eu amei uma mulher.

Com intensidade e carinho, eu a fodi ouvindo os sonetos da voz dela gemerem e pedir por mais. E sabe de uma coisa?

Ela realmente era virgem. Então, por que mentiu sobre ter um namorado?

Naquele momento, senti que havia algo pelo que responsabilizar. Eu não a queria apenas por uma noite, queria ela por mais vezes.

Não era a primeira vez que eu a via ali, bebendo com a amiga, mas era a primeira vez que ela me chamava tanta a atenção.

—Por favor, mais! – Pediu ela com a voz manhosa, mostrando um semblante angelical.

Merda, eu estava mesmo caído por uma mulher?

E assim, fomos mais uma vez, como se algo em mim pedisse também por aquilo.

Acabamos adormecendo e ao acordar, decidi tomar um banho a encontrando adormecida. E assim que terminei, escutei o barulho da porta bater.

Eu simplesmente não acreditei que ela tivesse fugido logo pela manhã, como alguém que estivesse devendo e confesso que, aquilo me irritou.

Eu então me vesti apressadamente e sai do quarto encontrando meu assistente no saguão me aguardando.

—Senhor Simons, bom dia!

—Dylan, sobre a mulher que acabou de sair. Pele clara, cabelos longos escuros, altura mediana e um corpo médio.

—O que devo fazer? A recompensar? – Perguntou ele me acompanhando até o carro e ao abrir a porta para mim, o olhei nos olhos.

—Dessa vez não. Descubra tudo sobre ela! Encontrei a pessoa que minha avó tanto pediu. – Respondi entrando no veículo o vendo fechar a porta e correr para o lado do motorista.

Ele ligou o veículo e começou a dirigir, me olhando algumas vezes pelo retrovisor interno.

—Devo avisar a senhora Simons?

—Não há necessidade ela logo descobrirá com o seu jeito astuto. – Respondi o encarando de volta, —Apenas faça o que te mandei. Descubra tudo o que puder sobre essa mulher e não a perca de vista.

—Sim senhor! – Respondeu ele rapidamente, levando a atenção para a direção.

Eu então, encarei a vista pela janela e sussurrei.

—Eu irei torná-la minha!

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