LANA DEVAN48 horas, 57 ligações não atendidas, 152 mensagens não vizualizadas. Foi o inferno agonizante que fui jogada durante dois dias de pura ansiedade, medo e preocupação. E agora fui jogado em outro inferno, um inferno que diferente do outro, não consigo enxergar o fim, porque agora ele provavelmente está morto. Se ele morreu....eu fui condenada ao inferno, em vez disso. Não satisfeito com todos os traumas que me causou, com todo mal que me fez, meu irmãozinho ainda me tira o amor da minha vida, o pai do meu filho após mandar ele para morte em seu próprio lugar, e ainda me esconde isso! Era pra ser ele! ELE! Que maldito prazer sádico Stefan tem em me fazer mal? Esses pensamentos e perguntas fazem minha perna fraquejar novamente, e nem sequer parei para pensar como elas foram fortes o suficiente para me trazer até aqui. O caminho de volta pra casa foi uma verdadeira tortura e aqui acaba meu limite de resistência, eu cedo ao fraquejar das pernas, me jogando em um dos últimos d
LANA DEVANDesde o ocorrido, não quis ver ninguém, embora minha mãe e meu pai tenham vindo me visitar e tentado me consolar, não pude não recebe-los e devo admitir que a presença deles me trouxe um breve alívio, mas não é o suficiente. Nada é. falei com Stefan apenas uma vez e pra mim foi o suficiente para me deixar pior. Não posso acreditar que Katherine escondeu algo tão importantes, algo que poderia ter evitado tudo isso, poderia ter feito acabarem com a Bratva da raiz...e ela não disse. Eu sinto raiva por isso, dela, do Stefan por ter mandado ele no lugar. Raiva de tudo.- Estevan, eu vou na sede buscar as coisas que....que o alexander deixou por lá, não quero perder nada dele...já basta o ter perdido. Preciso de tudo, todas as memórias...pode vir comigo? Por favor, leve mais um segurança. - Claro, eu acompanho. - Eu percebo a pena em sua face, seu tom, e principalmente no seu olhar. Nesse momento sou alvo da pena de todos, sempre odiei isso mas até eu tenho pena de mim agora. Co
LANA PETROV - Eu sei que ela não quer ver ninguém mas eu quero saber onde ela está... Insista, por favor. - Paro no corredor do segundo andar, ouvindo a voz de Katherine ao longe.- Olha, senhora...não quero comprometer meu emprego, a senhora Lana já disse diversas vezes que se recusa a atender qualquer um a menos que venha junto a uma notícia do senhor Petrov.Caminho lentamente em direção ao iniciar do corredor, me aproximando das vozes. - Diga que se não descer, eu vou subir. - Fala obstinada. - Agora. - sua voz se torna rígida e autoritária dirigida a Maura, e isso me causa uma imensa irritação. Além de não respeitar a minha vontade de ficar longe de todos eles, cobras mentirosas, ainda entra na minha casa e força a minha empregada a obedece-la. - Infelizmente não posso senhora, e a porta está trancada. sempre está.Paro no início da escada, na parte superior, olhando para baixo. - Maura, mande proibir a entrada na portaria, de todos.- Eu não sou todos, eu sou a primeira dam
LANA PETROV — Entre. Passo pela porta e Stefan fica surpreso ao me ver fora de casa depois de todos esses dias, ainda mais aqui, para falar com ele. — Precisa de alguma coisa?— Do meu marido de volta. - respondo óbvia e arrogante, e ele cerra os lábios, assentindo. — Só que isso parece um sonho muito distante então vim falar com você sobre vingança, sobre justiça. — Senta. - Pede e eu nego. — Eu vou ser rápida. Eu não quero esperar vocês conseguirem provas contra Yuri, não quero esperar vocês tentarem entender os motivos e a maneira com qual ele e Bruno mataram o Alexander, então vou usar a forma mais rápida de fazer isso. — O que está planejando, Lana? - Arqueia a sobrancelha, desconfiado. — Se eu sou um dos motivos pelos quais ele fez isso, eu sou a única que pode fazer ele confessar.— Estava pensando em tortura, todo mundo confessa quando está com dor, inclusive, ia começar isso hoje. Também cansei de esperar e caçar por respostas pacientemente.— Continue preocupado em caç
Encaro a mesa de café da manhã, sentindo meu estômago revirar e a sensação piora quando, mais um dia, vejo o lugar de Alexander vago. Assim que levanto o olhar, vejo a presença de Morgana, em pé, em silêncio. Não a vi chegar.—Segunda Dama, você não comeu nada, na verdade, nem tocou na comida... Você precisa se alimentar.— Tem...tudo aqui. - olho em volta da mesa farta. — Mas não tenho vontade de comer nada.— Seu bebê precisa que você coma. - se inclina sobre a mesa.— Aqui. - Pega um pouco de leite quente e mistura com chocolate em pó. — Eu sei que é coisa de criança mas quando eu não queria comer, a Death fazia pra mim e abria meu apetite. Tome.Olho para a xícara, cerrando os lábios. — Aí...leite. - balanço a cabeça. — Peguei uma pequena aversão a leite esses dias...mas, em contra partida está com achocolatado...- pendo a cabeça. — Okay...- bebo um pouco, e balanço a cabeça em aprovação, sorrindo em aprovação. — É bom mas não sei o suficiente pra abrir o meu paladar, eu acho.
2 dias depois...— Mãe... onde quer chegar com isso? - cruzo os braços.— Que é muito estranho essa aproximação repentina. Eu conheço a Morgana desde que ela era uma criança, e eu sei que ela é muito esperta e obstinada, ela queria o Alexander e detestava você, queria fazer a cabeça dele e foi só ele sumir que virou sua melhor amiga?— Eu sei que é de se desconfiar...só que é sincero. Eu sei disso, ela me ajudou tanto...me contou tantas coisas que Alexander falou sobre mim, me contou sobre a vida dela. Se ela fosse fingir, não ia se comprometer tanto...— Acha mesmo que não? - cruza os braços também e eu fico em silêncio.— Ela foi criada no mesmo ambiente que eu, e lá somos bem dedicados quando se trata de fingir. Era um modo de sobrevivência, de estratégia para ter o que que quer e ela queria Alexander.— Mas não tem mais como ter ele, ele morreu, mãe. Só temos que aceitar. E ela me disse que foi tudo por ego, é uma mulher carente e ele foi bom com ela, mas a rejeitou amorosamente e
ALEXANDER PETROVQuando paramos em frente a mansão de Stefan e saímos do carro de braços dado, a cara de todos os seguranças vão ao chão, e eu peço silenciosamente que continuem em suas posições, sem fazer alardes ou irem atrás de alguém para estragar a surpresa.Todos achavam que Lana havia vindo desacompanhada, não puderam me ver na entrada já que o vidro do carro é escuro demais. Assim que pisamos no hall, o choque continua daí em diante até o caminho feito no salão principal de festas e cerimônias da casa. As portas duplas de madeira polida estão fechadas, mas dá para ouvir as vozes de dentro e toda a movimentação, então fico com Lana por um minuto apenas escutando.- Estamos aqui apenas com nossas memórias por ele, do irmão, amigo, filho, e Subchefe que era. - A voz de Stefan dá início ao discurso em homenagem a minha memória, sinto que sua voz embora esteja forte, está fazendo um grande esforço para se manter assim e esconder a tristeza, e acabo sorrindo ao imaginar sua surpres
LANA PETROVEstar aqui, agora, olhando pelo lado de fora a enorme mansão do Stefan sabendo que vou entrar lá para me refugiar e não por obrigação tomada de medo, é algo que não entra direito na minha cabeça. Eu poderia ir para a casa dos meus pais, mas não quero ouvir ninguém tentando me fazer mudar de ideia e nem tenta justificar ou amenizar as atitudes de Alexander, só quero espaço para engolir tudo isso.Caminho pelo hall, deixando a mala em frente a escada que dá acesso aos andares superiores, tudo está apagado, não tem uma só alma em vista, e ainda são 21h, não é normal. Vejo só uma luz baixa vindo da sala, como de um abajur e caminho até lá.o mini bar no fundo da sala, rodeado de copos e garrafas de bebidaNinguém....Subo para o andar de cima, caminhando pelo corredor dos quartos, bato na porta do quarto dele mas nada...voltando, vejo há uma porta ao fundo com uma fresta aberta e é até lá que eu caminho. Se não me engano, Kate disse que aquele seria o quarto do bebê...Assim