Encaro a mesa de café da manhã, sentindo meu estômago revirar e a sensação piora quando, mais um dia, vejo o lugar de Alexander vago. Assim que levanto o olhar, vejo a presença de Morgana, em pé, em silêncio. Não a vi chegar.—Segunda Dama, você não comeu nada, na verdade, nem tocou na comida... Você precisa se alimentar.— Tem...tudo aqui. - olho em volta da mesa farta. — Mas não tenho vontade de comer nada.— Seu bebê precisa que você coma. - se inclina sobre a mesa.— Aqui. - Pega um pouco de leite quente e mistura com chocolate em pó. — Eu sei que é coisa de criança mas quando eu não queria comer, a Death fazia pra mim e abria meu apetite. Tome.Olho para a xícara, cerrando os lábios. — Aí...leite. - balanço a cabeça. — Peguei uma pequena aversão a leite esses dias...mas, em contra partida está com achocolatado...- pendo a cabeça. — Okay...- bebo um pouco, e balanço a cabeça em aprovação, sorrindo em aprovação. — É bom mas não sei o suficiente pra abrir o meu paladar, eu acho.
2 dias depois...— Mãe... onde quer chegar com isso? - cruzo os braços.— Que é muito estranho essa aproximação repentina. Eu conheço a Morgana desde que ela era uma criança, e eu sei que ela é muito esperta e obstinada, ela queria o Alexander e detestava você, queria fazer a cabeça dele e foi só ele sumir que virou sua melhor amiga?— Eu sei que é de se desconfiar...só que é sincero. Eu sei disso, ela me ajudou tanto...me contou tantas coisas que Alexander falou sobre mim, me contou sobre a vida dela. Se ela fosse fingir, não ia se comprometer tanto...— Acha mesmo que não? - cruza os braços também e eu fico em silêncio.— Ela foi criada no mesmo ambiente que eu, e lá somos bem dedicados quando se trata de fingir. Era um modo de sobrevivência, de estratégia para ter o que que quer e ela queria Alexander.— Mas não tem mais como ter ele, ele morreu, mãe. Só temos que aceitar. E ela me disse que foi tudo por ego, é uma mulher carente e ele foi bom com ela, mas a rejeitou amorosamente e
ALEXANDER PETROVQuando paramos em frente a mansão de Stefan e saímos do carro de braços dado, a cara de todos os seguranças vão ao chão, e eu peço silenciosamente que continuem em suas posições, sem fazer alardes ou irem atrás de alguém para estragar a surpresa.Todos achavam que Lana havia vindo desacompanhada, não puderam me ver na entrada já que o vidro do carro é escuro demais. Assim que pisamos no hall, o choque continua daí em diante até o caminho feito no salão principal de festas e cerimônias da casa. As portas duplas de madeira polida estão fechadas, mas dá para ouvir as vozes de dentro e toda a movimentação, então fico com Lana por um minuto apenas escutando.- Estamos aqui apenas com nossas memórias por ele, do irmão, amigo, filho, e Subchefe que era. - A voz de Stefan dá início ao discurso em homenagem a minha memória, sinto que sua voz embora esteja forte, está fazendo um grande esforço para se manter assim e esconder a tristeza, e acabo sorrindo ao imaginar sua surpres
LANA PETROVEstar aqui, agora, olhando pelo lado de fora a enorme mansão do Stefan sabendo que vou entrar lá para me refugiar e não por obrigação tomada de medo, é algo que não entra direito na minha cabeça. Eu poderia ir para a casa dos meus pais, mas não quero ouvir ninguém tentando me fazer mudar de ideia e nem tenta justificar ou amenizar as atitudes de Alexander, só quero espaço para engolir tudo isso.Caminho pelo hall, deixando a mala em frente a escada que dá acesso aos andares superiores, tudo está apagado, não tem uma só alma em vista, e ainda são 21h, não é normal. Vejo só uma luz baixa vindo da sala, como de um abajur e caminho até lá.o mini bar no fundo da sala, rodeado de copos e garrafas de bebidaNinguém....Subo para o andar de cima, caminhando pelo corredor dos quartos, bato na porta do quarto dele mas nada...voltando, vejo há uma porta ao fundo com uma fresta aberta e é até lá que eu caminho. Se não me engano, Kate disse que aquele seria o quarto do bebê...Assim
Assim que meus pais saem do quarto do hospital depois de muito tempo mimando a mim e ao bebê, o sono me bate com força mas a porta recebe mais uma batida e quando digo entre é Stefan quem aparece.Com certeza deve ter encontrado com nossos pais no corredor, depois da conversa com minha mãe, ela parece ter diminuído a fúria e chateação com relação a ele, por ele ter me acolhido em sua casa e tentado cuidar de mim, é um avanço mas ainda não foi o suficiente para que ela e meu pai quisessem perdoar ele, ainda não confiam completamente na mudança dele. E eles tem razão...mas vejo que ele está tentando, e sei que não vai demorar para provar isso e ganhar o perdão de nossos pais. Eu ter perdoado Já um grande passo para eles fazerem o mesmo, já que se sentiriam muito mal em perdoa-lo se isso fosse me deixar mal. — Posso? — Entra. - chamo com um sinal da mão. — Achei que não viria, você odeia hospitais.— Quero conhecer meu sobrinho e saber como está. — Melhor...você viu nossos pais?— No
ESTEVAN O'NEILL - Você só tinha que me obedecer... Ficar longe da minha mulher, não ficar fazendo fofoquinhas para causar brigas entre nós, nos primeiros dias do nascimento do meu filho. - Ele me encara com as mãos no bolso..- Eu? Não vou te responder, já vi que é normal aqui vocês delegarem a culpa das próprias atitudes para qualquer outro. Até um mero segurança...- minha voz se torna melódica ao dizer a última frase.- Estevan... Você fez muito pela minha mulher enquanto eu estava fora e só por esse fato você está vivo ainda. - dá ênfase na palavra.- Porém eu voltei e você não se afastou, estou curioso? Era um plano suicida ou apenas uma forma de querer atenção?- Ela precisava de ajuda, e eu ajudei. Ela quis me ver, você me chamou, e eu fui. Ela me perguntou sobre o que houve com a Morgana, e eu contei. O que há de errado? - Vai continuar usando a ironia? Porque o Dovre aqui não gosta muito de você. - Indica com o queixo homem de dois metros que o olha mortalmente. - Nem você
PENÚLTIMO CAPÍTULOLANA DEVAN Dia seguinte....- Passou o dia inteiro no quarto, não vai comer nada?- Não estou com fome. - digo seca, curvada sobre o berço com o queixo na base da grade, admirando Alessandro. Eu vim as 6h da manhã para poder ficar com ele, acho que devem ser meio dia, mas o tempo passa rápido quando estou com ele. Eu poderia passar a vida toda aqui, apenas olhando para ele, velando seu sono calmo.- Mas precisa comer para dar de mamar para nosso filho. - ele se aproxima lentamente, e sorri ao olhar para dentro do berço. Faço uma careta com um pensamento que tenho.Ele vai agir mesmo como se se preocupasse verdadeiramente?- Eu estou bem, tomei café da manhã.- Já são meio dia. - Olho o relógio, confirmando o chute que eu dei mentalmente sobre o horário. - Vou mandar Martina prepara algo... A menos que você tenha outro lugar para almoçar. Conheço ele, está jogando verde para ver se eu falo algo sobre o tal noivo, algum compromisso. Não vou contar a ele que deixei
Coloco a bolsa sobre a cadeira da mesa, ao lado oposto do dele. Ele se senta na sua, no seu lugar de chefe, pronto para tratar seja lá o que eu tenha vindo falar com ele.- Eu vou te fazer muitas perguntas, e você vai responder todas elas. - decreto e sua sobrancelha continua franzida. - Okay...- sibila com a voz rouca. - E sobre o que são essas perguntas?- Sobre tudo, só responda. - Como uma entrevista?- Sim, até que se torne uma intervenção.Vejo que ele está curioso e impaciente, me olhando como uma criança arteira. - Qual seu maior medo, Stefan? - Perder o controle das coisas. - responde de imediato.- Por que? - Porque se eu não tiver controle sobre as coisas, eu as perco. Eu perdi o controle da Katherine e ela foi sequestrada com meus filhos, eu perdi o controle com você e perdi os melhores anos da vida da minha irmã, e decepcionei meus pais. - Seu medo é perder o controle sobre as pessoas.- corrijo firme. - Sim, e sobre mim mesmo principalmente, e agora vejo o quanto a