— Tire a roupa. - A voz rouca sussurrando em meu ouvido arrepia todo meu corpo a medida que o ar quente que sai de sua boca entre em contato com minha pele febril. — Sem abrir os olhos.Sigo sua ordem, sentindo seu olhar faminto em mim mesmo sem abri-los. — Agora fique sobre os joelhos e abra os olhos. - Sinto o som de seus passos no carpete, se aproximando ainda mais por trás de mim.Abro os olhos, me impressionando com a visão. Este era um cômodo desconhecido por mim, mais uma porta entre as dezenas nesta casa que eu nunca sequer tentei abrir por pensar ser mais um quarto de hóspedes entre tantos, só que agora me vejo na obrigação de conferir cada cômodo antes ignorado.Tudo no ambiente é roxo e preto, duas das quatro paredes são preenchidas com chicotes, chibatas, cordas, braçadeiras e outros objetos para prender e punir. As outras duas tem barras e uma cruz na parede onde tenho certeza que hora ou outra estarei presa recebendo uma dolorosa e prazerosa punição. — Quando montou es
Procuro Lana com o olhar assim que entro no hall da casa, tudo está silencioso e vazio, os empregados todos fora de vista. Subo as escadas também não a vendo por todo caminho e presumo que esteja na biblioteca ou no jardim de inverno como de costume, mas vejo que não assim que chego a porta de nosso quarto, me deparando com a mesma entre aberta. A cena que vejo faz meu sangue gelar em um milésimo de segundo, um bolo se força na minha garganta e uma dor atinge meu estômago, como se uma tempestade fria estivesse acontecendo dentro de mim. - Melhor não...e não aqui..- Estevan diz a ela, sentado na cama com ela em seu colo, suas mãos envolta do quadril da minha mulher e os olhos bem focados em seus seios fartos devido a gravidez. - Calma, ele vai chegar mais tarde hoje. - Engulo em seco, eu havia dito a ela que tive problemas com Estevan e demoraria mais, porém consegui me desviar disso para vir ficar com ela por mais tempo. - E por que não aqui? É meu quarto, estou gostando de ter você
Vejo ele caminhar em direção a mesa de café da manhã, já servida. Sua expressão está impassível, não tem como eu saber o que ele pensa ou o que sente. Quando ele se senta a mesa, o mesmo silêncio que pairava quando eu estava sozinha, perdura.Beberico do copo de suco, o olhando em expectativa de que diga algo, ou ao menos, me olhe. — Bom dia. - Falo depois de ver que o silêncio perduraria ainda mais caso eu não abrisse a boca.— Bom dia. - Responde seco, erguendo dois dedos para que a empregada parasse de despejar o café na xícara. Ela se afasta.— Vai ficar assim comigo, Alexander?Pela primeira vez hoje, ele coloca os olhos em mim. — Assim como? Ele questiona sério, mas não há como não pensar que ele está sendo dissimulado. Como pode não ver como está agindo?— Você sabe...- Minha voz trêmula tristeza, não gosto dessa situação, não gosto de vê-lo assim.— Eu estou estressado... Terei um dia cheio hoje e tive uma noite mal dormida. - Fala a última parte olhando para o nada, sei q
Da sala ouço vozes altas perto do hall, e me levantando para ver do que se trata e não demora para que eu reconheça a voz de Estevan e Morgana. A medida que me aproximo percebo mais ainda os tons de confusão.- Já foi um erro a senhora ter passado do portão. A senhora não é autorizada a entrar na propriedade, não sem a autorização da patroa ou da companhia do Subchefe.- Jura? - A vejo barrada na porta, rindo desafiadora para Estevan. - Não vou deixar...- Outra voz diz imponente.- Um homenzinho como você não para uma mulher como eu. - Ela força a passar por ele, sendo parada por Estevan. - O que é isso? - Ganho a atenção de todos ao aparecer na soleira da porta- Olá, senhora. - Cumprimenta pomposa, sorrindo ainda mantendo contato visual com Estevan que nos separa, ficando entre eu e ela. Ela para o lado de fora, e eu para o lado de dentro.- Três passos para trás. - Ordeno a ela, erguendo. - Pelo pouco que eu ouvi, já deixaram claro que você não é autorizada a entrar nesta casa, e
Estevan Flashback on Não olhe assim para mim e vá fazer o que eu aducadamente pedi. - Ela diz com ironia mas já está perdendo a paciência com o outro segurança que faz a guarda externa junto a mim. — Não pode passar, senhora. - Mais um de nós entre em sua na frente e seu olhar passa por cada um de maneira ansiosa. — Já foi um erro a senhora ter passado do portão. A senhora não é autorizada a entrar na propriedade, não sem a autorização da patroa ou da companhia do Subchefe. - Informo a ela de maneira mais didática. Seu olhar me fura como uma faca a cada segundo que ela usa para me analisar de cima a baixo. — Jura? - pergunta sorrindo, como se eu tivesse dito uma grande estupidez, o que logo me faz revirar os olhos. — Pela vida da minha mãe. - falo usando o mesmo cinismo.— O que é isso? - Ouço a voz de Lana se aproximando.— Um homenzinho como você não pariu para uma mulher como eu. - Empurra o outro segurança, parando em minha frente.— Olá senhora. - Ela diz a Lana, sorrin
LANA PETROVJogo a cabeça para trás quando fecho a porta atrás de mim, soltando uma alta risada enquanto corro para minha cama, atirando meu corpo contra o colchão macio. Idiota maldita, finalmente você perdeu! E agora vai aprender da pior forma que não se entra no meu caminho. Foi impagável ver a cara da Morgana quando Alexander ameaçou destruir ela apenas com um olhar triste e choroso meu. Já estou farta de entrarem no meu caminho e eu não vou mais ser uma idiota sonsa que briga explicitamente, eu vou matar todos na unha. [...]— É...amanhã meu marido sai de viagem então só vai estar eu aqui. - Falo mexendo nos cabides do closet com o celular entre o ouvido e o ombro.— QUEM VOCÊ ESTA CHAMANDO PRA MINHA CASA. - Alexander invade o ambiente aos gritos com o olhar cerrado, me fazendo pular no lugar de susto e acelerando meus batimentos. Não demora a arrancar violentamente o celular da minha mão. — Me dá isso aqui!O suficiente para fazer meu sangue subir, de novo. — Fala porra...
STEFAN DEVAN — Aqui, senhora. Tome a água com açúcar. - A empregada entrada para Katherine o copo, e ela pega ainda trêmula, os pelos do braço visivelmente arrepiados e o olhar que ela tem de pânico é como uma faca no meu peito. — Bebo tudo de uma vez ainda - Como assim eles foram emboscados? - Vira sua atenção para mim, a pergunta como um clamor de esclarecimento e antes que eu abra a boca para tentar dar algum parecer, mais passos são ouvidos até a presença de Gregory e Kelly nos distrair — Soubemos o que aconteceu, alguma noticia do meu filho? - Seus passos ficam ainda mais rápidos em nossa direção quando nos vê.— Diga que sabe onde está meu filho, Stefan... por favor. - Kelly súplica com a voz embargada e olhos cheios de lágrimas — Não por hora, mas estamos em uma busca frenética...- Sussurro, mal tenho forças para dar firmeza a voz. — Ah, meu Deus...- sua mão vai para a testa. — O que vamos fazer? - Katherine joga outro questionamento..— Precisamos cumprir o protocolo..
YURI Passo pelo lugar silencioso, o dia nublado e cinzento está frio e um vento gelado sopra meu rosto. Olho para os lados discretamente enquanto caminho em meio aos túmulos, alguns vazios por cima, outros cobertos de flores e presentes, balanço a cabeça em negativo, é tão visível após a morte a importância que você fez no mundo, alguns esquecidos na eternidade e outros tão lembrados, causando saudades e dor. Está aí a diferença entre minha mãe e meu pai. Chegando ao aglomerado de poucos pessoas em volta da cova aberta, os olhares se direcionam para mim e imediatamente se ouve o clic do engatilhar das armas, todas apontadas para minha cabeça e peito. Eu sendo um membro da Salazar, é óbvio que e ganharia a total atenção dos seguranças da Brava. Após passar apenas um segundo parado no lugar, volto a caminhar para perto de Bruno, o que faz com que barulhos ainda mais altos de armas maiores ecoem a minha volta. - O que faz aqui, Yuri? - Bruno pergunta assim que paro ao s